CHAPTER 04

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COLE SPROUSE

Talvez eu estivesse mentindo ao dizer que não estaria ancioso com o jantar. Parecia um pouco estranho saber que a mulher que eu odeio e - secretamente - desejo virá a minha casa jantar.

Bem, não é um jantar nas circunstâncias que eu queria, mas mesmo assim não deixa de ser um jantar a dois na minha casa.

Como trabalhei em casa na sexta-feira, consegui terminar a maioria das minhas coisas mais cedo para
preparar o jantar. Fiz algumas compras durante a tarde, então comecei a preparar a comida por volta das cinco. Decidi fazer camarões grelhados com risoto, salada Caesar e batatas assadas com cranberries, bacon e amêndoas. Além disso comprei um bolo de chocolate pronto em uma loja de sobremesa já que não tinha o dom de preparar doces.

Eram apenas sete quando finalmente pude tomar um banho e esperar que Lili viesse.

Meu reflexo no espelho me agradava, eu estava bonitinho. Usava um suéter verde-escuro com jeans e botas de couro preto. Deixei as mangas  arregaçadas querendo expor mais meu braço.

Olhei mais uma vez para o relógio digital na escrivaninha e praguejei ao ver que ela estava atrasada, atrasos são comuns mas...ela está atrasada   quarenta e oito minutos.

Ela sabe como provocar alguém, sabe que detesto atrasos e faz isso como provocação.

Quando pensei que teria que agir como um homem das cavernas e ir atrás dela, a campainha tocou e eu corri até a porta.

Eu vou precisar de um banho frio depois do jantar - pensei quando dei de cara com a loira na minha porta -

Ela usava um suéter cinza justinho que caía vários centímetros acima dos joelhos - deixando suas belas pernas a mostra - e botas de couro de cano alto que me faziam achar que ela não usava nada por baixo do pano do suéter.

Não fique duro, não fique duro.

Está atrasada, senhorita Reinhart.

- Acabei esquecendo que iria jantar com você - sorriu falsamente e passou por mim exalando seu cheiro doce

- Vamos à cozinha.

Em silêncio ela me seguiu, pedi a ela que pegasse um abridor enquanto escolhia algum vinho no balcão.

Minha mão roçou na dela quando  peguei o objeto. Um calor passou por mim com o toque fugaz – prova do quão desesperado eu estava pelo menor contato.

Era muito patético eu me sentir assim.

A rolha fez um leve estalo quando eu abri a garrafa e servi o vinho. Sentamo-nos um de frente para o outro nas banquetas e dei graças a Deus quando ela quebrou o silêncio.

Então ele deu uma fungada profunda.

- Eu detesto te fazer elogio mas a comida tem um cheiro incrível, a propósito.

Eu estava pensando a mesma coisa sobre você – como você cheira bem. Pensei antes de me levantar.

- Me sinto melhor depois de um elogio seu - pisquei e sorri quando ela revirou os olhos - Vamos comer antes que esfrie.

Lili e eu estávamos no caminho certo para acabar com a garrafa de vinho enquanto saboreamos os camarões com risoto que eu tinha feito.

- Eu fiz uma lista mental e queria repassar com você - falei depois de alguns minutos

𝗱𝗮𝗻𝗴𝗲𝗿𝗼𝘂𝘀 𝗹𝗶𝗲𝘀 • 𝘴𝘱𝘳𝘰𝘶𝘴𝘦𝘩𝘢𝘳𝘵  Onde histórias criam vida. Descubra agora