CHAPTER 09

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LILI REINHART

Acordei no sábado de manhã frustrada e mal-humorada, mas consegui me
concentrar e cuidar da casa e das compras. Cole havia sumido, me deixou um bilhete dizendo que teve um compromisso e não pôde ficar.

Porém, no domingo de manhã, eu não tive tanta sorte. Acordei com um sobressalto, arfando e tremendo, meu
corpo todo suado e contorcido em meio aos lençóis de algodão. Tive um sonho
tão intenso que até cheguei a um orgasmo; Cole e eu estávamos na sala da sua cobertura, mas desta vez completamente nus. Ele estava deitado de costas e eu o cavalgava, meu corpo deslizando para frente e para trás, subindo e descendo em seu pau.

Ele me tocava por inteiro: ao lado do rosto, no pescoço, entre os seios, até chegar nos quadris, onde guiava meus movimentos. Eu me despedacei quando nossos olhos se encontraram.

- Inferno, inferno! - resmunguei caminhando até a cozinha.

Talvez uma dose de cafeína tiraria meu mal humor. Tenho um almoço com Camila as onze e tenho alguns minutos para me arrumar.

Liguei o chuveiro e, enquanto esperava a água esquentar, meus pensamentos
começaram a divagar novamente. Ele me propôs uma amizade mas disse que poderíamos transar. Isso não seria ruim, exceto pelo fato; podemos enjoar um do outro e eu terei que aturar ele no trabalho todos os dias.

Isso não é hora para pensar nessas coisas, preciso aproveitar o agora.

Tomei banho e me arrumei rapidamente para meu almoço com Cami. Nos víamos todos os dias na academia mas minha preguiça surreal resultou na interrupção dos nossos encontros.

Pensei em contar a Cami sobre minha nova relação com Cole. Por quase um ano ela escutou minhas reclamações sobre o quão idiota ele era, e com certeza ficaria histérica em saber que estávamos transando. Afinal, ela mesmo diz que amor e ódio fazem parte da mesma moeda. De certa forma, ela já previa o que aconteceria.

Duas horas depois, eu estava sentada com minha melhor amiga, bebendo uma batida de champanhe e frutas no pátio de nosso restaurante favorito, conversando sobre homens, roupas
e trabalho. 

- Então eu estive certa o tempo todo?

- Talvez, não é como se estivéssemos algo sério. É tipo um caso.

Ela sorriu, a safada gostava da situação.

- Hoje eu pude pensar melhor, sabe? Não vou arriscar minha carreira por causa disso.

- Não se prive de um sexo delicioso por que tem medo de arruinar sua carreira. Você não tem nada a perder Lili.

- Claro que tenho.

- Não, você trabalha por diversão. Sabe que tem dinheiro para viver mais três vidas sem botar esse traseiro para trabalhar.

Revirei os olhos. Ela estava certa. Meu receio era algo muito maior. Envolvia meu bom coração partido e apaixonado pelo meu chefe. Esse era meu medo.

- Não, Cami. Eu vou acabar com isso de uma vez.

- Vou anotar isso de lápis, algo me diz que em alguns dias você me ligará dizendo que cedeu a tentação.

𝗱𝗮𝗻𝗴𝗲𝗿𝗼𝘂𝘀 𝗹𝗶𝗲𝘀 • 𝘴𝘱𝘳𝘰𝘶𝘴𝘦𝘩𝘢𝘳𝘵  Onde histórias criam vida. Descubra agora