treze

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Sol

Já passava das quatro quando eu e Mount saímos da sorveteria

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Já passava das quatro quando eu e Mount saímos da sorveteria.

— O sorvete daqui é muito bom mesmo, obrigada por ter me convidado — agradeço o mesmo que sorri.

— Ah que isso, eu que agradeço por você ter vindo — ele responde — Vai como pra casa? Eu posso ver um uber pra você — ele diz.

— Não, que isso, eu vou de metrô, moro aqui pertinho — respondo e ele faz uma careta.

— Tem certeza? Eu posso mesmo pagar um uber, ou só te deixar no metrô, as estações são meio loucas aqui em São Paulo — continua ele e eu nego.

Eu sabia que o metrô aqui era uma loucura, mas eu precisava me habituar já que eu morava aqui agora e também não tinha carro.
E eu queria um tempo sozinha, pra pensar naquele show do Thiago de horas atrás, era quase como se estivesse com ciúmes.

Mas ciúme era posse.
E Thiago não tinha posses.

Provavelmente era só aquela coisa de "me beijou, não pode beijar meu amigo" que alguns homens tem - e que é achava ridículo -.

— Relaxa Mount, qualquer coisa eu ligo pra você ok? — digo e ele parece ceder mais.

— Tá bom, mas liga mesmo — ele diz e eu concordo — Tchau Solzinha — e me puxa pra um abraço o qual eu correspondo.

— Tchau Mount, obrigada por hoje — digo deixando um beijinho na bochecha do mesmo.

Ele me aperta um pouco mais e me da um beijo na bochecha logo depois me soltando.
Nos despedimos de novo e e sigo meu caminho.

Nos despedimos de novo e e sigo meu caminho

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Eu odiava metrôs em São Paulo.

Não fazia ideia de onde estava e meu celular não tinha bateria.

E estava chovendo.

Me abrigava numa parada de ônibus me preparando pra enfrentar a vergonha de pedir informação para algum estranho.

Me sentia uma criança que não sabia pegar um ônibus pra própria casa.

E eu estava com frio pra caralho, mas que merda por que eu não aceitei a carona do Mount?

Escuto uma buzina atrás de mim e não me viro imaginando ser um daqueles tarados desocupados fazendo graça.

— Sol! — dessa vez eu me viro.

— Thiago? — pergunto.

— Porra o que você tá fazendo aqui? — ele grita do carro mas não me deixa responder, só sai do carro tirando o próprio casaco preto jeans e colocando em cima da minha cabeça.

Ele segura minha cintura com a outra mão e me conduz até sua HB20 preta.

Quando abre a porta do passageiro pra mim e eu entro ele da uma volta no carro e entra no banco do motorista.

— Porra Sol... — ele murmura desligando o ar condicionando pra evitar que eu sentisse mais frio.

Então olha pra mim afastando o cabelo molhando do meu rosto.

— Que merda por você tava aqui? Sabe que bairro é esse? — ele pergunta.

— E..Eu tava tentando voltar pra casa de metrô, ainda não conheço direito São Paulo então... — começo.

— E por que aquele cretino do Mount não pagou um uber pra você voltar pra casa? — ele pergunta com uma raiva desnecessária.

— Ele ofereceu mas... -

— Mas nada! Olha o seu estado porra, se você estivesse comigo isso não teria acontecido... —

Deito a cabeça no banco com frio e cansada demais pra insistir.
Ele da a partida no carro seguindo pela avenida sem olhar pra mim.

Ele da a partida no carro seguindo pela avenida sem olhar pra mim

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estrelas, calango Onde histórias criam vida. Descubra agora