vinte e um

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Thiago

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Thiago

Sol tinha ido dançar com as meninas na pista de dança e eu jogava baralho com Zero e o resto do pessoal.

A festa tava chata, eu não estava bebendo quase nada por que tinha que dirigir e sabia que poderia estar fazendo coisa muito melhor agora.
Ver a Sol dançando daquele jeito só reafirmava mais esse pensamento.

Eu gostava muito do que tínhamos, mas eu sabia que ela não.
Eu sabia que ela queria mas, e também sabia que eu não podia dar, nem se tentasse.
Eu era egoísta de continuar magoando ela com aquilo, mesmo sabendo que isso não daria em nada.

Mas eu nunca disse que era um cara decente, e um dia eu tomaria coragem de dizer pra Sol que ela merecia algo melhor que eu.

Depois que ganhei mas uma rodada me encostei na cadeira e observei Sol, e logo depois Mount chegando perto da mesma, meus punhos fecharam quase instantaneamente.

Não só por que eu não aguenta a ideia de ver o Mount estando a centímetros dela depois do dia da sorveteria, mas por que também agora isso tinha deixado de ser um pouco sobre a Sol e tinha virado quase uma rixa entre mim e Mount.

Se ele soubesse que todos os dias do último mês a Sol dormiu agarrada nos meus braços, ele com certeza desistiria.

As pessoas pensavam que a gente só se pegava de vez em quando, mas eu e ela, nos sabíamos que tinha algo a mais, eu sabia que tinha, por mais que não quisesse admitir.

— Vocês nunca mais vão ser amigos mesmo? — Zero pergunta ao me ver observar com atenção todos os movimentos que Mount tem com Sol.

— Quando ele parar de agir que nem um merda talvez —

— Ele é afim dela, de verdade, você acha que é só uma coisa que ele quer pra ganhar de você mas não, ele realmente é afim dela —

— Que ele tenha sorte com isso então — digo rindo ironicamente, conheço a Sol, sei que ela não faria isso.

— Qual é a sua com a Solzinha hein? —

— Por que tá chamando ela assim? — pergunto de supetão, sem saber muito o por que e ele parece assustado, mas também surpreso — Minha história com a Sol é entre eu e ela, ninguém precisa se meter ou saber de algo —

— Tudo bem Thiago, tomara que saiba o que está fazendo, por que se alguém for sair machucado disso, eu tenho certeza que não vai ser você — e então se levantou e saiu, indo pra outro lugar e me deixando sozinho com meus pensamentos.

Dei um gole no meu enérgico e olhei pra Sol de novo, parecia feliz, ria e dançava com os amigos, ela is ficar bem sem mim se eu fizesse uma merda bem grande algum dia, o que todo mundo sabia que ia acontecer.

• • •

— Trouxe pra você — digo dando um pratinho com aperitivos pra Sol, que sorriu com o gesto, observei o colar em seu pescoço e sorri percebendo pela milésima vez o quanto era perfeito pra ela.

— Você tá incrível hoje — diz colocando um pedaço de queijo coalho na boca.

— Eu sou incrível sempre Sol — digo com uma falsa pretensão enquanto seguro a cintura da mesma.

— Sabe o que te faria mais incrível? — diz e eu espero o favor que ela iria pedir, a mesma ri com gesto e então diz.

— Trazer uma coquinha gelada pra sua garota favorita —

— E o que eu ganho com isso? — pergunto com uma das sobrancelhas arqueadas.

— O que você quiser — responde e ri, com a repetição de um diálogo nosso já dito antes.

— Tudo bem vou lá buscar — digo, por tinha muitas coisas que eu queria e ela podia me dar.

Dou meia volta em direção a mesa de bebidas e pego uma Coca Cola servindo em um copo descartável.

— Thiago! —

— Eaí Juliana — respondo enquanto a loira pula nos meus braços me abraçando desajeitada.

Juliana era a loira que tinha impedido que eu ficasse com a Sol na nossa primeira festa juntos, lembro que quase brigamos por causa disso, foi divertido.
Parece que foi a séculos atrás.

— Porra você tá sumido né — comenta mexendo nos cabelos — Não ta bebendo hoje? — pergunta, observando o refrigerante nas minhas mãos.

— É pra Sol — respondo e ela parece supresa.

— Então os boatos são verdade? Vocês estão se pegando mesmo? — rio com a sinceridade.

— É, acho que são — dou de ombros.

— Mas não é nada exclusivo né? Isso eu não poderia esperar de você... — diz então chegando mais perto de mim, e eu percebo suas intenções.

— Não, não é nada exclusivo — respondo.

— Isso é bom Thiago, tá afim de sair depois daqui? — pergunta e eu penso por alguns instantes.

Não havia nada me segurando ou me impedindo, mas no momento que eu olhei pra trás e vi Sol sorrindo enquanto conversava, escutando o que uma pessoa aleatória dizia como se fosse a coisa mais interessante do universo, me senti impedido de ir.

— Eu to de boa hoje Ju, fica pra próxima — respondo e saio antes que ela diga algo mais que me faça duvidar da minha decisão, por que por algum motivo, me senti bem com ela.

— Eu to de boa hoje Ju, fica pra próxima — respondo e saio antes que ela diga algo mais que me faça duvidar da minha decisão, por que por algum motivo, me senti bem com ela

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