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Abri os olhos devagar tentando lembrar onde estava e por que estava. Sol.
Sorri um pouco vendo o quanto ela ficava linda daquele jeito.
Tirei o cabelo castanho que cobria seu rosto e analisei as sardas que cobriam seu rosto claro.
Pareciam constelações.
Ela toda parecia um céu inteiro. Cheio de estrelas, astros, planetas e outras coisas. Que eu não via a hora. De conhecer.
Ver ela ali me fez ter inspiração de fazer uma coisa que eu não fazia a um tempão.
Peguei meu celular e desbloqueei o mesmo indo no aplicativo notas.
Criei uma nova nota e escrevi rápido o que eu tinha pensando antes que eu esquecesse.
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Era pequeno. Três linhas. Três linhas de pura revolução que aquele serzinho de 1,60 tinha feito em mim em tão pouco tempo.
Me assustava pra caralho, me assustava o fato de eu me importar tanto, de eu a querer tanto. Me fazia duvidar das minhas próprias promessas internas.
— Bom dia... — ela disse num sussurro rouco, uma voz manhosa que deixou meu corpo quente.
— Bom dia — respondi sorrindo.
— Você dormiu bem? — ela perguntou.
— Melhor impossível — menti, rindo, eu estava com dores no corpo por ter ficado a noite toda em uma só posição, encolhido naquela cama pequena, mas fora aquilo, tinha sido uma das melhores noites da minha vida.
Ela sorriu e olhou pra mim. E eu percebi o quão perigoso aquilo era.
— Tenho que ir pra aula — disse me levantando devagar.
— Tudo bem, pode usar o banheiro da frente — ela diz — Acho que vou dormir mais um pouquinho — continua, manhosa.
Eu sorrio e abro a porta do quarto de Sol.
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