Riddle Supremacy | Tom & Mattheo + S/n

THE TRUE

•Boa leitura, não esqueçam da estrelinha e dos comentários, amo vcs•

S/N POV'S

Um mês. Um maldito mês, que se alguém perguntasse o que eu fiz, a resposta seria simples: dormi, chorei, e desejei sumir.

As dores físicas haviam sumido, porém eu continuava pedindo algumas poções para Papoula, poções essas que me faziam dormir mais que o necessário, mas que me ajudavam a fugir da realidade dolorosa que eu me encontrava.

Sem exceção, cada vez que eu dormia, eles apareciam em meus sonhos.

Tão reais, tão perto, que no momento em que eu acordava, só conseguia chorar por estar de volta a essa porra de mundo, sem eles ao meu lado.

Eles haviam me traído, traído a todos, eu e Potter quase morremos, aquilo era o que mais me doía, eu me sentia uma idiota por ter confiado em quem não merecia. Os dois eram filhos de um dos maiores (se não o maior) bruxo das trevas de todos os tempos, o que mais se podia esperar?

As aulas haviam voltado a alguns dias, alguns poucos alunos não regressaram para Hogwarts após o escândalo do sequestro, aquilo já havia se tornado notícia em todo lugar, graças ao Profeta Diário e a sua escritora, Rita Skeeter.

Eu e Potter éramos motivo de fofoca e murmurinho por todo lado, não que eu já não estivesse acostumada, mas ainda assim evitava ao máximo sair de meu dormitório, apenas para assistir algumas aulas e fazer breves refeições (isso quando o fazia).

•••

Sexta-feira, uma semana completa de aulas, não sei como consegui sobreviver sem faltar uma única vez. Tudo me remetia a eles, os conteúdos...fáceis demais, Tom os teria na ponta da língua, nem sei porque frequentavam a escola.

O frio do fim de janeiro era claro como a fina neve que ainda caia lenta e preguiçosamente dos céus. A maioria dos alunos estavam em suas cobertas, sentados à frente das lareiras de suas Salas Comunais brincando, bebendo cerveja amanteigada e conversando uns com os outros, enquanto eu estava sozinha na biblioteca, envolta em minhas grossas roupas de frio, adiantando alguns trabalhos que meus professores fizeram questão de passar logo nos primeiros dias de aula.

Em minha opinião, eu estava lidando bem com tudo o que havia acontecido. É claro, eu chorava incontáveis vezes por dia, não parava de pensar em Tom e Mattheo, dormia apenas para vê-los em meus sonhos, mas, apesar disso, a dor não me incomodava tanto, era como se eu tivesse me conformado a viver sem eles, mesmo que ainda doesse...

Sem perceber, a atenção que estava no pergaminho a minha frente é tirada pelo anel em meu dedo.

Aquilo pertencera a eles e eu sabia, mas agora estava comigo, como? Não sei, mas estava em meu dedo anelar esquerdo, aquela pequena joia não me deixaria os esquecer, mesmo se eu quisesse, ao olhar para aquele anel, me vinham imagens de momentos felizes que passamos juntos, era como se todas as tristezas e dificuldades não tivessem acontecido.

Confesso que em primeiro momento eu havia tentado destruir o tal anel, não tendo sucesso de maneira alguma, com qualquer feitiço. Depois da quarta tentativa, percebi que ele não iria se desfazer, então aceitei usá-lo, apenas para que minha consciência ficasse em paz (isso, minha mente ficava extremamente inquieta quando eu não o usava).

Lágrimas sorrateiras se formam em meus olhos, deixando minha visão brevemente embaçada. Um barulho irritante vem da janela, me assustando e tirando minha mente de tais pensamentos.