𝐂𝐨𝐧𝐟𝐥𝐢𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐨 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐝𝐨| Onde o passado de que tentou fugir ou esquecer retorna e com ele trás seus maiores conflitos.
𝐍𝐚𝐭𝐚𝐥𝐲𝐚 𝐈𝐯𝐚𝐧𝐨𝐯 nunca imaginou que realizaria o sonho de ser livre, de poder ter uma vida só dela, suas...
Natalya acordou naquela manhã um pouco tarde — já que normalmente acorda às 07:00 — e sentiu um vazio do lado da cama, normalmente Tony está lá. Ela então olhou o relógio e achou que ele estivesse com a filha, Amélia Maria acordava por aquele horário.
Ela seguiu até o banheiro e fez sua higiêne matinal, após se vestir, foi ver onde o marido e a filha estavam.
— Meu Deus — ela fala rindo da maneira que a filha estava, um dos pés fora da cama que continha uma grade baixa ao redor, o cabelo totalmente bagunçado deixava a cena ainda mais engraçada.
— Mamãe...? — a menina fala tentando levantar — Ajuda o meu pé, mamãe — ela aponta para o pé enganchado.
Natalya vai até a filha achando extremamente fofa a maneira em que ela estava, suas bochechas rosadas e seus olhos azuis brilhantes a seguindo, um sorriso no rosto... Cheio de sono.
— Eu te perguntaria se viu o seu pai, mais ao que tudo indica, não — ela dia pegando a menina no colo.
— Ele veio aqui, mamãe — Amélia Maria fala — Senti ele né dar um beijo na bochecha, e depois eu dormi
Onde Tony estava? Esse era o maior questionamento de Natalya.
— Estou com fome — a menor fala.
— Vamos comer
Logo as duas estavam na cozinha, Natalya entregou a filha uma tigela com cereais e leite — e algumas frutas — , e pegou café para ela mesma. Enquanto tomava seu café e observava a filha comer, ela pegou o celular para mandar mensagem ao marido.
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— Seu pai quer morrer — Natalya fala largando o celular na mesa.
— Isso vai ser engraçado — Amélia Maria sussurra para si mesma sorrindo.
Para falar a verdade uma parte de Natalya talvez já soubesse o que estava para acontecer, nenhuma das mensagens que mandou para o marido foram visualizadas. Ela não queria ter que começar a se preocupar com o paradeiro de Tony, apesar de sentir aquela coisa tomando conta de seu corpo. Suas preocupações eram muitas, e a dor de seus sentimentos era terrível.
Então ela sentiu seus pulmões serem fechados automaticamente, da mesma maneira que sempre fechara quando tinha suas crises de pânico — obtidas nesses cinco anos — agarrou com força a ponta da mesa, fechando os olhos, sentindo tudo a sua volta começar a girar. Ela sabia que não seria capaz de suportar aquilo novamente... Ainda mais sozinha com sua filha. Mesmo o clima estando perfeitamente sereno e o sol nem estar quente o bastante, ela começou a suar como se estivesse corrido toda uma maratona. Os seus primeiros pesadelos pareceram acertar suas memórias, ela havia visto tudo aquilo a muito tempo atrás... Por quê não deu atenção? Se não tivesse confundido com apenas sonhos, aquelas visões — talvez — pudessem tentar evitar aquilo.