Capítulo VI

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Adorava dias chuvosos, mas não gostava quando tinha que sair da minha cama para ir trabalhar. Depois de descer do metrô corri o máximo que podia até o prédio mas cheguei toda molhada estava tentando tirar um pouco de água de mim na entrada,  quando Wakasa chegou simplesmente do nada tinha cinco dias depois de ter dormido na casa dele não conversamos ou falamos sobre isso, acho que estava certa seria só aquela noite mesmo.

_ Nossa, coelhinha parece que você tava nadando na correnteza.
Ele sorriu, para mim enquanto falou.

_ Não me chama desse jeito aqui.
Só conseguia falar isso é fiquei olhando para ver se alguém tinha escutado.

_ Aliás, vai fazer o que hoje?
Wakasa me perguntou.

_ Depende, você tá me chamando para fazer alguma coisa?
Perguntei.

_ Pelas nove te busco na sua casa.
Falando isso simplesmente saiu andando e me deixou ali, já tava ficando cansada dessas saídas dele.

°°°
Não sou uma pessoa que gosta de surpresa a ansiedade que senti o dia todo imaginando aonde Wakasa me levaria, provavelmente para sua casa mas uma das suas características que recentemente descobri e que era bastante imprevisível.

Em questão de trabalho o dia foi bastante tranquilo, ninguém da gangue tinha sido preso hoje então fui liberada mais cedo para a casa o que me deu mais tempo para sofrer esperando para as nove horas da noite, o tempo não passava de maneira nenhuma e eu me adiantei em tudo já estava pronta as oito então resolvi ver um filme para distrair até o horário, escolhi um de terror que tava passando era bastante clichê a garota conhece o bonitão e acaba confiando nele que a leva para seu porão e a mata então ela ressuscita e acaba com o bonitão.

Quando Wakasa finalmente chegou apesar de estar exatamente no horário marcado, na verdade eu que era bastante apressada, desci as escadas do meu apartamento um pouco nervosa, não deveria ter visto esse filme que nem cheguei a ver o final, agora estou muito paranóica pensando que estou confiando no Wakasa e no final disso vou acabar morta, o que era bem provável não tinha muitas pessoas que sentiriam minha falta tenho certeza que uma gangue teria facilidade de se livrar de um corpo, droga não deveria ter assistido esse filme já tinha medo suficiente agora tá me assustando com a sombra.

_ Você parece nervosa?
Ele me disse, quando me aproximei.

_ Quem te disse isso?
Falei pensando se poderia estar lendo meus pensamentos.

_ Seu semblante.
Sua resposta foi rápida.

_ Estou meio paranóica, por causa de um filme.
Falei e estava mesmo, antes de sair mandei minha localização para minha amiga e falei para ficar me mandando mensagem. Fico brincando de andar com gangues e nem percebi que posso estar me colocando em perigo.

Montando em sua garupa, cruzamos a cidade era tão linda nesse horário a noite, lembro do meu pai me dizer enquanto ainda estava vivo, Tokyo e linda mas nada se compara com a vista da cidade a noite Tokyo nasceu para ser noturna.

Chegamos de fora de um galcão e fiquei pensando por favor continua com a moto não para nesse galpão escuro e sombrio que provavelmente esta cheio de plástico para facilitar na limpeza do meu sangue, só conseguia lembrar de todos os episódios de Dexter uma das minhas séries preferidas mas me ensinou que a pessoa que você mais confia pode ser um serial killer.

Quando entramos era um espaço grande, depois de entrar com sua moto fechou o portão e fiquei ali no cantinho esperando o que poderia acontecer. Descendo da sua moto se aproximou de mim e disse:

_ Pronta?

_ Não!!
Quase gritei.

_ Mas você nem sabe o que vamos fazer.
Ele me disse.

_ E o que vamos fazer?
Perguntei.

_ Vou te ensinar a andar de moto.
Ele sorriu para mim, e então percebi que tinha várias motos e um espaço bem grande cheio de marcas de pneu de freiadas.

_ Porque, você vai me ensinar?
Perguntei.

_ Você falou que queria aprender, naquele dia lá em casa.
Nem me lembrava direito de ter falado sobre isso, só agora que me recordei estava na banheira quando falei isso agora estava aqui pronta ou não para tentar andar.

Ele trouxe uma moto mais pequena para perto de mim e disse:

_ Você tem que sentar nela.

_ E se eu me matar, ou pior se matar você ou destruir o lugar.
Agora o nervosismo estava batendo com tudo no meu corpo.

_ Não vou deixar isso acontecer, tô do seu lado.
Suas palavras eram encorajadoras, então resolvi tentar depois de aprender como acelerar e as outras coisas perguntei antes de tentar andar um pouco.

_ E se eu cair?
Perguntei.

_ Do chão você não vai passar.
Ele riu, mas isso só me deixou nervosa.

Tudo bem, e como andar de bicicleta você consegue escutou tudo direitinho e não acelera muito e só arrancar então eu me entreguei e confiei que ia conseguir.

_ Você tá vendo isso eu tô andando de moto, Wakasa.
Depois de algumas voltinhas, já tava me achando a motorista não era um bicho de sete cabeças, afinal eu consegui dominar esse dragão.

_ Se concentraaa...
Ele nem deixei ele terminou de fala e cai com tudo no chão, mas estava tão devagar quase parando o tombo foi , meio em câmera lenta, correndo até mim e vendo se tinha algum machucado visível notei que estava muito preocupado pela maneira que me olhava e verificava meu corpo.

_ Me desculpa.
Falei rápido.

_ Por cair?
Ele perguntou.

_ Não, eu tô bem por cair com sua moto.
Falei pensando que poderia ter causado um estrago fez um barulho bem alto quando atingiu o chão.

_Tudo bem, não é a minha.
Ele disse me ajudando a levantar.

_ De quem é?
Perguntei enquanto ajudei a levantar a moto do chão.

_ Não tenho idéia, de alguém da gangue.
Não sei porque o som dessas palavras saiu despreocupado.

_ Não pode ser, o que eu fiz estraguei a moto de um desconhecido que provavelmente vai querer me matar.
Só conseguia ter pensamentos que a pessoa teria, se descobrisse que alguém tinha tombando a sua moto.

_ Relaxa, só quebrou o retrovisor e não precisamos contar que fomos a gente.
Wakasa me disse.

_ Nãoo, podemos fazer isso.
Falei.

_ Podemos.
Ele me respondeu.

Eu concordei com a cabeça então tomara que ninguém me pegue nessa mentira não tenho dinheiro para pagar uma moto, notei que ele segurou minha mão e me puxou para um beijo que respondi e imediato senti meu corpo todo fervendo com seu toque e quando me beijava apertava com força minha bunda fazendo eu soltar gemidos baixos entre os beijos.

_ Acho que temos que ir agora, antes que alguém pegue a gente no local do crime.
Ele disse.

_ Uma ótima, idéia.
Me soltei dele, para irmos embora.

_ O que você comer?
Wakasa me perguntou.

_ Pizza!!!!!
Gritei aproveitando meu dia, como uma garota deliquente.

°°°
Depois de comermos pizza e compramos algumas cervejas em uma loja de conveniência Wakasa me levou para ver a vista da cidade de um bairro mais no alto da colina, que dava para ver tudo daqui era muito bonito.

Ficamos bebendo cerveja e lembrando do meu tombo em câmera lenta, depois que a cerveja acabou ele me chamou para sua casa aonde não podia recusar um convite tão bom desses.

Wakasa ImaushiOnde histórias criam vida. Descubra agora