Wakasa Imaushi

Capítulo V

Depois de tomar banho e aproveitar bastante da banheira maravilhosa que ele tinha na sua casa, vesti minha roupa para ir embora.

_ Você vai dormir aqui?
Wakasa tentou parecer frustado mas tava trocando os lençóis o que me fez rir um pouquinho o deixando bravo.

_ Não amanhã eu trabalho.
Falei dando minha justificativa.

_ Você sabe que trabalhamos no mesmo lugar, né?
Ele me apontou o óbvio.

_ Sei, mas tenho que trocar de roupa e já está muito tarde.
Ah verdade que não queria incomodar.

_ Você deixa suas roupas lá para trocar.
Lembrei do dia do elevador, tava revelando demais meus segredos.

_ Não quero incomodar.
Fui sincera.

_ Não vou te falar nada coelhinha só deita aqui.
Disse enquanto acabou de trocar os lençóis, sua cama parecia bem confortável e macia então não discordei e pulei nela para me deitar minha calça tava apertada e eu odiava dormi com roupas me apertando, olhei para Wakasa com piedade e apontei para minha roupa, ele foi até seu armário e me trouxe uma blusa de frio que quando tirei minha roupa e vesti ela por cima da lingirie parecia um vestido era perfeita para dormir, observei que só estava de cueca.

_ Você não sente frio?
Perguntei.

_ Hoje você vai me esquentar.
Falou e me puxou para deitar me abraçando, eu puxei a coberta que estava na cama tampando nossos corpos.

_ Você tá frio.
Era a verdade, Waka precisava se esquentar, então puxei sua mão e apertei mais nosso abraço não era acostumada a dormir com alguém desse jeito mas ia me esforçar para manter ele aquecido.

°°°
Minhas pálpebras estavam pesadas quando meu celular começou a dispersar demorei a perceber que não estava na minha casa, lembro de dormir abraçada com Wakasa mas acordei quase do outro lado da cama, lembrei que deveria ter avisado que talvez me mexesse um pouco durante a noite não conseguia achar meu celular, me levantei para procurar tava muito alto e tava com tanta sono, parecia uma tortura.

_ Porque você acorda tão cedo.
Ele reclamou.

_ Não tô achando meu celular.
Falei o procurando em todo quanto, e seguindo o som mas não achava em lugar nenhum, vi que Waka se levantou e foi até minhas roupas e encontrou meu celular e parou o despertador.

_ Não pensou em olhar aqui?
Ele me perguntou.

_ Não penso tão bem, quando acabei de acordar.
Falei tentando parecer sincera, mas a verdade que perco tudo e quando acho depois de muito tempo estava muito na minha cara.

_ Já que acordamos forçados, vamo fazer um café.

Assenti com sua frase e o segui para fora do quarto, enquanto ele fazia o café lavei a louça do jantar de ontem o que disse para não fazer, mas queria ajudar de algum jeito quando a cafeteira apitou já peguei uma xícara que vi e fiquei perto dele segurando dizendo silenciosamente que queria café, pegando a xícara da minha mãe me serviu mas não me devolveu a xícara e saiu pegando um prato cheio de panquecas se sentou na mesa.

_ Ei.
Chamei sua atenção.

_ O que?
Ele me respondeu de volta.

_ Você roubou minha xícara!!!
Enfatizei.

_ Tecnicamente ela é minha.
Sua resposta me deixou brava, mas peguei outra xícara e me servi e sentei do seu lado pegando uma panqueca para mim, comemos em silêncio não porque não tínhamos assunto, mas sim porque estava delicioso e não tinha tempo para conversar enquanto devoramos o café da manhã.

_ Coelhinha, você meio que se transforma quando dorme.
Quando ele falou isso já sabia.

_ Por isso não queria dormir aqui.
Fui sincera, ele me deu um sorriso muito divertido.

_ Você roubou meu travesseiro uma seis vezes e me destampou que perdi a conta.
Suas tiveram um tom divertido.

_ Me desculpa, minha mãe fala que sempre fui assim não posso dividir a cama com pessoas.
Confessei para ele sobre um defeito que tinha.

_ Tudo bem, você é muito fofa quando estava dormindo e roubando as cobertas.
Parecia que Wakasa estava se divertindo, porém ele me chamou de fofa que delícia ouvi essas palavras não devo me emocionar tentei acalmar meu coração, esse homem não podia existir acho que sonhei com essa noite então apertei minha mão com a unha para ver se sentia dor, senti então não era um sonho.

°°°
Chegamos juntos no prédio da organização, fiquei nervosa que alguém notasse Wakasa parecia tranquilo e despreocupado.

Quando entramos no elevador, ele tirou do seu casaco da gangue um pirulito e colocou na boca e me perguntou depois:

_ Você quer um pirulito?

_ Não obrigada.
Falei mostrando a garrafinha de café que tinha roubado da sua casa não consigo viver e trabalhar um dia sem café era uma viciada. Nesse momento percebi como me passou tranquilidade algo que queria sentir o tempo todo estou nervosa com algo que pode acontecer, sempre esperando qualquer coisa acho que ele era o oposto sei que era bastante sério mas deixava para se preocupar quando algo realmente acontecia o que era o certo o que deveria fazer, mas impossível para um cérebro tão pessimista como o meu.

Depois de me despedir fui até minha sala, e percebi que tava atolada de coisas para fazer sentei e comecei só quando alguém me chamou que notei que nem tinha trocado de roupa, mas não me preocupei em trocar nem a usei por muito tempo ontem a noite estava limpa e me sentia confortável.

°°°
Depois do meu serviço resolvi passar no shopping para comprar algumas roupas estava precisando de calças novas e adicionar mais preto no meu armário, quando terminei minha faculdade passei mais tempo me vestindo como as pessoas queriam e não do jeito que eu queria só percebi isso agora, apesar de não odiar o estilo que estava vestindo talvez eu possa misturar os dois igual fiz ontem então escolhi peças curingas que davam para usar em qualquer ocasião, um vestido preto tubinho, calças jeans e uma nova calça de couro.

Quando percebi estava em uma loja de sapatos e gastando o que não tinha dividindo no cartão, comprando coturnos e botas para mim comprei uma de salto maravilhosa minha panturrilha ficou linda, não consegui resistir senti que aquele sapato tinha sido feito para mim.

°°°
Quando cheguei em casa e claro que me arrependi de ter comprado tanto quando abri o aplicativo do banco e notei que ia ter que penar para pagar no final do mês, endividada porém elegante.

Resolvi pedi algo para comer, já tava na merda mesmo então tudo bem um lanche não vai me matar.