Narrador...
Em algum lugar do passado... Anos atrás, Stella deu entrada na emergência do hospital Providence. Os batimentos do coração do bebê, quase não eram ouvidos. Quinze minutos após entrar na sala de parto, Chris rompeu as portas do hospital adentro com o coração já lhe avisando pior, numa sala não muito longe de onde agora Chris corria, Stella se recusava a fazer forças até que seu namorado chegasse para lhe segurar a mão. Para lhe dar apoiou e ele mereceria estar presente nos primeiros minutos de vida do filho.
— Ele está vindo! — esbravejou para uma enfermeira ao seu lado. — Ele está vindo. Fizemos planos para esse momento. Ele não pode...
— Seu filho vai morrer se ficar mais tempo. Faça força empurrando. — a parteira exigiu. Stella procurou os olhos da mãe em busca de apoio, que estava ao seu direito.
— Ele está vindo. — disse com tranquilidade e nesse momento, um Chris suado e já vestido devidamente entrou no quarto, correu para o lado da namorada, que sorriu abertamente para ele. "Estou aqui e nunca vou sair do seu lado." O rapaz sussurrou no ouvido dela.
Em menos de cinco minutos, um menininho, apesar de ser prematuro, gritou a plenos pulmões.
Chorando Chris olhou para seu filho nas mãos da enfermeira que o limpou, colocando-o na incubadora. No primeiro pre-natal, ficaram sabendo que a gravidez seria de risco, caso chegasse no estágio final seria um milagre. De certa forma foi.
— O meu bebê. — Stella estendeu a mão na direção em que estão levando-o seu filho.
Lhe foi dito, que o veria ainda hoje, que o parto foi antes do tempo, devido à dificuldade de nutrição, devido uma placenta malformada, como já tinham lhe dito. Seu filho precisará de ajuda de aparelhos, para respirar, por exemplo, só irá para casa depois que estiver igual ou próximo a um recém-nascido não prematuro. Essa foi a maneira mais resumida e leve que seu namorado conseguiu lhe dizer naquele momento, apesar de ouvirem ele chorar.
Enquanto Stella dormia, Christian perambulava pelo, os corredores a procura da ala pediátrica, encontrou. Conseguiu ver seu pequeno filho, que nem escolheram um nome para ele. Ele sentiu seu peito apertado e chorou. Testa encostada no vidro, se sentiu um inútil, um nada.
Uma hora depois, Stella acordou e viu seu namorado segurando sua mão enquanto dormia, a posição em que ele está lhe causará dores pensou. Uma batida de leve na porta foi ouvida, uma médica pediátrica, e seus familiares a reboque. Charlotte, David pais da Stella, Francesca e Jeremy pais do Chris. Ao notar a cara deles Stella já sabia serem portadores de notícias ruins. E foram. Com um grito estrondoso, Stella abraçou Chris ao receber a notícia de que seu filho não resistiu. O pequeno viveu apenas seis horas. A cena todo foi melancólica e de parti o coração do mais frio dos homens. Minutos depois, a enfermeira Cooper que acompanhou desde a chegada deles ao hospital, trouxe um pequeno embrulho entregando a mãe da criança, que estava mais calma. O silêncio reinou no quarto, ninguém se atreveu a dizer nada. Christian com o braço entorno da namorada, que pegou a criança no colo aos prantos.
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Amor com culpa (concluída)
Random2° LIVRO CONTEÚDO +16 🔞 CONCLUÍDO! Nossas dores não podem ser sanadas por uma mágica. Mas podemos aprender a conviver com elas, com o passar do tempo, e seguir em frente. Viver é sofrer, disse um poeta. Que pena que existam tantos poetas insensívei...