BOA LEITURA!!!
Minha cabeça está pesada o dia todo. Mal consigo me concentrar em algo, meus pensamentos fogem, voltam para o passado, vai até Cibele. Hoje foi um daqueles dias... aquele evento foi tão desgastante. Kennedy ronronou subindo no meu colo.
— O que você quer, garoto? — ele miou se aninhando.
O interfone tocou, coloquei Kennedy de lado e fui atender. O porteiro disse que Rebecca está aqui. Não apenas eu que estou de volta a cova dos leões. Permitir sua entrada. Destranquei a porta e voltei para o sofá. Ela bateu na porta.
— Está aberta! — falei alto o suficiente para ela ouvir. — O que aconteceu? Seu ex, não tão ex... — me calei ao ver que não se trata da Rebecca.
— Desculpa ter mentido. — Stella falou fechando a porta atrás de si.
— O que você quer na minha casa?
— Chris, aquilo que tivemos não pode ser nossa conversa de... de... — ela deu alguns passos na minha direção.
— Fique onde está. — ela parou. Seus olhos em mim me fizeram voltar no dia em quê a beijei pela primeira vez. Antes disso, pensei muito em me aproximar, mas quando comentei com meu pai, ele disse para ter cuidado e tive, adiei até não poder mais.
— Decidi que nós não podemos terminar assim. — inacreditável.
— Isso foi resolvido há muito tempo, Stella. O que tínhamos acabou! Então você não tem poder de decidir término algum. — tentei ser firme.
— Eu sei que não tenho poder sobre nada Christian. Mas eu mereço mais do que aquela coisa que você chama de conversa, que foi no estacionamento. Tivemos algo Chris, foi real, foi de verdade. Tivemos um filho e você simplesmente foi embora, acreditando que eu terminaria por uma carta!
Como ela ousa vir aqui na minha casa e me acusar de faze-la sofrer pelo modo que eu arrumei para amenizar a minha dor? Eu tive que ir. Eu tive que ir.
— Eu não fui simplesmente embora, Stella. Você me fez ir. Eu tinha que ir.
— Eu estou aqui por quê... Por favor, não me manda embora. Por favor, só escuta. Me dar uma oportunidade de... — trinquei os dentes.
— O quê? — praticamente cuspi as palavras — O que tem mais para me dizer? Você disse que ficou aqui me esperando, mas eu era tão importante a ponto de espera treze anos, o que duvido muito, porque não foi procurar? Você sabia exatamente onde eu estava. Sempre soube. Não fui tão importante para você depois que ele foi embora. Depois que perdemos nosso filho. Que você falou que foi culpa minha! Eu não tive culpa, Stella. Você não podia me culpar por uma coisa que não estava sob o meu controle. Sei que eu não tive culpa, mas você me fez de alguma forma me sentir culpado. Naturalmente sentir isso porque eu não podia fazer nada para diminuir a sua dor, para que ele ficasse, crescesse e se tornasse um homem maravilhoso. Eu não pude fazer nada. Eu sinto muito, mas você perdeu seu tempo vindo aqui. Não quero e não vou ouvir nada do que você tem a dizer, porque não há o que você diga que vai mudar o fato...
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Amor com culpa (concluída)
Random2° LIVRO CONTEÚDO +16 🔞 CONCLUÍDO! Nossas dores não podem ser sanadas por uma mágica. Mas podemos aprender a conviver com elas, com o passar do tempo, e seguir em frente. Viver é sofrer, disse um poeta. Que pena que existam tantos poetas insensívei...