Capítulo 02

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Subi as escadas correndo para o meu quarto, que não é só meu, terei que dividir com Naomi e Cloe

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Subi as escadas correndo para o meu quarto, que não é só meu, terei que dividir com Naomi e Cloe.

— Stella! — parei ao ouvir a voz da minha mãe. Me virei.

— Sim, mamãe?

— Pode me explicar o que foi aquilo na praia?

Na praia?

Engoli em seco, mão atrás das costas.

— Do que a senhora...

— Com o filho dos Harris.

— Christian. O nome dele é...

— Não me importo que nome ele tem. — ela veio até mim com passos largos. Segurou no meu braço com força. — Não ouse nos envergonhar, Stella.

— Eu não fiz nada. Não aconteceu nada.

— Que continue assim. — soltou meu braço com um solavanco. — Iremos jantar fora. Se arrume e a sua irmã.

— Sim, senhora.

Quando ela desapareceu ao dobrar o corredor, conseguir respirar direito. Com a mão no peito, me encostei na parede.

Não sei o motivo nem me atrevo a perguntar, mas minha mãe não gosta muito dos Harris. Ela põe um sorriso no rosto, usa a gentileza fingida quando os recebe.

— Você não me contou que vamos jantar fora! — olhei para Naomi que está vindo até mim. — Aconteceu algo? Está chorando?

Estou?

Passei as mãos nos olhos, estou chorando.

— Não é nada. Só bati com o dedo do pé naquele móvel.

— É terrível quando isso acontece. — se agachou me ajudando a levantar.

Se for para eu ter filhos e ser como minha mãe, Deus que livre a criança dessa tormenta. Estar no mesmo cômodo que ela, me faz ficar em alerta todo o tempo. Cuidado como senta, fala, se meche, prestar atenção em como as pessoas me tratam, para não ser usada como ponte até nossa família, o negócio da família, sem contar que tenho que fazer tudo isso só por ser mulher.

 Cuidado como senta, fala, se meche, prestar atenção em como as pessoas me tratam, para não ser usada como ponte até nossa família, o negócio da família, sem contar que tenho que fazer tudo isso só por ser mulher

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— Foi o quê? — Cloe perguntou.

Estou fazendo babyliss no cabelo dela, combina com o laço azul que ela quer tanto usar.

— Porque da pergunta? — olhei para seu reflexo no espelho, da penteadeira.

— Está ofegante. Está preocupada com algo? É com a sua festa de aniversário? Já está tudo arrumado. Vai ser lindo.

— Ela tem razão. Parece nervosa. — Naomi saiu do banheiro já arrumada. — Foi pelo, o que aconteceu mais cedo? — cochichou no meu ouvido.

— Não aconteceu nada.

— Eu pedi, para o Christian te entregar a manta. Não queria ficar lá fora. Ventava muito. Sua mãe viu vocês lá. Ela ficou um tempão na varanda olhando vocês.

— Só jogamos conversa fora por um tempo. Depois nada.

— Ele é bonito. — minha irmã disse. Terminei de fazer babyliss, prendi uma mexa de cada lado da parte da frente, próximo à orelha com alguns grampos. Ela balançou a cabeça animada, fazendo seus cachinhos recém-feitos, balançarem.

— Os laços. — ela me entregou. — Gostei. — disse sorrindo. Ela é tao fofa. Nem o jeito da mamãe a faz mudar, tomara que ala continue assim. Todo mundo vai ama-la.

— Ficou bom mesmo. — me agachei, encostando o queixo em seu ombro. Lhe beijei a bochecha.

— Vocês nem se esforçam para ficarem lindas. — Naomi falou como se isso fosse algo importante. Encontrar a cura do câncer é mais importante.

— É falsa essa sua afirmação.

— Diz isso, porque é bonita. Agora quem não é... — apontou para si mesma.

— Stella, posso ir agora?

— Vai lá. Toma cuidado para não amassar a roupa, nem se sujar, senão a mãe nos mata.

— Agora que a sua irmãzinha saiu... — sorriu sugestiva — Me conta o que deixou dona Charlotte vermelha igual um pimentão?

— Nada, eu te disse, não aconteceu nada.

— Ele é bem bonito, Cloe tem razão. — notei o jeito que ela me olhou, como se esperasse uma reação minha.

O que ela quer que eu diga? É fato que ele é bonito, quem tem olhos, vê então não preciso enfatizar nada.

— Sim. — seu sorriso aumentou — Trouxe mais coisas que o normal, se quiser algo.

— Ahhh! Eu quero! — se jogou em mim, me beijando a bochecha.

Naomi começou a olhar tudo que tinha no meu armário, enquanto falava de não sei o que, não prestei muita atenção. Elas têm razão, estou agitada.

...

O jantar correu tudo bem, sem nenhuma surpresa. Nada voou do prato, ninguém repetiu. Chegando em casa, as pessoas se dividiram, uns ficaram do lado de fora jogando conversa fora, o caso do meu irmão e o amigo dele e para variar, Naomi está com eles. Minha mãe, está fazendo sala para o senhor Jeremy e o filho, senhora Harris, foi verificar o filho mais novo que deixou com a babá e também por Gina para dormir. Meu pai está indo colocar Cloe na cama, ela está fingindo que está dormindo só para ele carregá-la no colo, como se fosse necessário fingir, era só ela sorrir-lhe.

Arrumei a cama, cobertas para que ele a coloque na cama.

— Estava fingindo? — meu pai perguntou se fingindo de bravo quando a colocou na cama e ela riu.

— Não papai.

— Não? Então me mostre. Feche os olhinhos. — ela fez, daí ele começou a fazer cosquinha nela.

— Já chega papai! — pedia rindo — Socorro! Socorro!

Peguei rápido o celular, começando a gravar.

— Está bem! — ele ergueu as mãos, olhou-me depois para minha irmã, que balançou a cabeça.

— Não!

Antes que eu conseguisse sair, meu pai me pegou nos braços como se eu não pesasse nada, me colocou na cama me fazendo cocegas com Cloe, que gritava tanta coisa que não deu para entender.

— O que está acontecendo aqui? — minha mãe gritou. Olhamos na direção dela, logo atrás da minha mãe, está Francesca, Scott, Liam e Christian.

— Estamos nos divertindo meu, amor. — meu pai disse com a maior tranquilidade, como se aquele olhar da minha mãe não fizesse até o inferno congelar.

— A tarefa era simples, David. Colocar Cloe para dormir.

— Foi divertido, mamãe! — Cloe disse pulando no colo do meu pai.

— Aposto que sim. — ela varreu o quarto, parando seus olhos em mim e naquele momento, quis me esconder.

Meu pai se desculpou com Francesca, pois talvez tenhamos acordado o filho dela. Colocou Cloe para dormir e saiu. Todos saíram. Não tive coragem de descer, encarar minha mãe principalmente. Assim, me deitei com Cloe e dormir.





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Próxima atualização, sábado e segunda-feira.

Amor com culpa (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora