Capítulo 4 - A Descoberta

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Durante muito tempo, a maioria das memórias que Lizzie tinha da infância eram felizes

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Durante muito tempo, a maioria das memórias que Lizzie tinha da infância eram felizes. Dias quentes de verão cheios de amor e luz, e a certeza de que a mais forte tempestade passaria. E, por um tempo, pelo menos, sempre passaram.

Contudo, existe um momento em nossas vidas que tudo que nos mantém seguros, escapa por nossas mãos. A maioria de nós luta para recupera-lo. Mas, isso não é possível. Porque o caos chegou. E ele é inevitável.

A primeira semana de volta ao lar, não fora a mais agradável para Lizzie.

Os pesadelos continuavam, mas, dessa vez, ao menos ela tinha seu pai para acalma-la e acariciar os seus cabelos até que conseguisse voltar a dormir. Mas, nem mesmo todo o carinho e amor de Joseph conseguia fazer com que a filha voltasse a se sentir completamente à vontade em sua própria casa. Já que Lizzie fizera questão de se manter distante dos irmãos, e de sempre lançar olhares irritados para Mia.

Agora, ela estava no seu quarto, sentada em sua mesa, misturando um liquido em um Becker, e o mexendo com um bastão de vidro.

- Acho que você deveria estar em outro lugar – diz Andrea, adentrando o quarto da filha – Não acha?

Lizzie é rápida em entender sobre o que sua mãe está se referindo. O café da manhã em família na sala de jantar.

- Não estou com fome, mãe – diz Lizzie, sem se dar ao trabalho de virar para olhar para a sua mãe – Eu desço para tomar café da manhã mais tarde.

- Quando não tiver mais ninguém, estou certa?

- Já vai começar a reclamar? – pergunta Lizzie, parando de mexer o líquido e se virando para olhar para sua mãe.

- Eu sou a sua mãe, reclamar faz parte – diz Andrea com um sorrisinho, aproximando-se da filha – Quer conversar?

- Não – diz Lizzie, voltando a se concentrar no líquido dentro do Becker.

- Querida, as coisas não podem continuar assim – diz Andrea – Seus irmãos, a Mia...

- Eu não quero mais saber da Mia, já tomei a minha decisão – diz Lizzie com firmeza, levantando-se e se virando para a sua mãe – E quando eu quero uma coisa, eu vou até o fim. Igual a senhora.

- Lizzie...

- Não vai me convencer a fazer o que quer dessa vez, mãe – diz Lizzie – Passei muito tempo me importando mais com a sua opinião do que com a minha. E não é assim que deve ser. Porque se eu continuar me oprimindo para te agradar, eu seria apenas um fantasma. Eu tenho opinião própria e vou expressá-la, porque ela é tão importante quanto a sua.

Um suspiro de alivio escapa dos lábios de Lizzie após pronunciar as palavras. Era como se um enorme peso tivesse saído das suas costas. Audrey estava certa no que dissera sobre como colocar o que sentia para fora era libertador. Ela não precisava continuar perdendo a sua vida fazendo o que os outros queriam. Não tinha que provar nada a ninguém.

The Gryffindor Princess ϟ Harry Potter [3]Onde histórias criam vida. Descubra agora