FernandaCheguei à casa de Raul e o encontrei na cozinha sentado à mesa junto com Clara e dona Rosa.
- Bom dia!
- Nandaaa!!! - Clara saiu da mesa e veio correndo, pulando em meu colo.
- Oi princesa! - Ela envolveu meu pescoço com seus bracinhos e me apertou forte, passando suas pernas ao redor da minha cintura.
- Eu amei que você vai ficar com a gente hoje, meu padrinho Bruno também vem.
- Então, o nosso domingo vai ser muito legal! - Digo caminhando até a mesa para me sentar. Dona Rosa me olha com um sorrisinho maroto no rosto e sei muito bem o que passa na sua cabeça. Ela sempre deixou entender que torcia por mim e Raul. Não sei de onde ela tirou essa ideia, mas não posso negar que ela esteja certa. Afinal, realmente há algo entre nós.
Sento-me com Clara em meu colo e direciono meus olhos para Raul que me oferece um lindo sorriso fazendo com que meu coração erre algumas batidas.
- Oi.
- Oi. - Ele responde.
- Vamos brincar, Nanda? - Clara sugere e me certifico se ela já tomou seu café.
- Não, ela só me enrolou e não comeu nada. - Raul responde.
- Primeiro, vamos comer e depois brincar. - Digo.
- Ahhh! - Clara resmunga.
- Sem a, mocinha! Olha só que mesa linda e cheia de coisas gostosas.
Dona Rosa nos interrompe chamando Clara para trocar o pijama. Estranho, pois sou eu que sempre a ajuda a se trocar.
- Mas é a Nanda que sempre me ajuda a escolher minha roupa. - Clara argumenta, dizendo o mesmo que pensei.
- Você só quer saber da Nanda, tudo é Nanda. Nanda pra cá, Nanda pra lá. E eu? Fiquei de lado, abandonada.
Dona Rosa reclama forçando na dramatização e Clara gargalha achando graça da crise de ciúmes da senhora.
- Acho que ela está com ciúmes da gente, Clara. - Brinco.
- Tá bom, Rosalita! Vou deixar você escolher um vestido para mim hoje.
Acho graça em como Clara é esperta e extremamente carinhosa. Ela sai abraçada com dona Rosa da cozinha e encaro Raul que está sentado ao meu lado.
- Vem cá. - Ele diz estendendo sua mão em minha direção.
Sorrio e me levanto. Ele me coloca sentada de lado em seu colo. Envolvo seu pescoço com meus braços.
- Senti sua falta.
- Isso é impossível! - Falo. - Eu estava aqui até poucas horas.
- O que eu posso fazer? Estou viciado nos seu beijos.
Não tenho tempo de responder. Raul me beija, levando embora qualquer linha de raciocínio. No momento em que sinto seus lábios nos meus eu sou só sentimentos. Uma miríade deles.
Sinto sua língua envolver a minha em uma dança sensual. Ele me aperta em seus braços e meu corpo se arrepia de desejo. Saboreio seu gosto e ofego quando ele morde meu lábio inferior.
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Laços de Amor (CONCLUÍDA)
Historical FictionFernanda, envolta pelo calor familiar de uma fazenda em Minas Gerais, nutria em seu coração o anseio de desbravar o Rio de Janeiro. Determinada a realizar seu sonho, ela parte para a cidade maravilhosa, onde sua vida toma um rumo inesperado ao cruza...