Epílogo - Parte final

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Hoje era sexta-feira e teríamos uma noite de pizzas na casa dos meus pais. Eu estava morrendo de vontade de comer pizza de vários sabores e como o nascimento de João estava previsto para acontecer em menos de duas semanas estava aproveitando a oportunidade de ter todos os meus desejos atendidos.

A gravidez tinha chegado naquela fase que eu ouvira muito falar. Sem posição para dormir, sem jeito para andar, sentar ou fazer qualquer coisa. Tudo me deixasse extremamente desconfortável e a minha mãe acreditava que no máximo eu aguentaria até no começo da próxima semana, onde haveria mudança da lua. Estava ansiosa, queria tanto conhecer o rostinho do nosso bebê.

Já estava tudo preparado para a chegada do nosso menino e vinha tentando convencer a minha sogra a passar uma temporada conosco. Era óbvio como ela ficava muito mais disposta quando vinha nos visitar e mesmo que nossa convivência tenha melhorado muito ela ainda se escondia na dor do luto. Era impressionante como ela não conseguia superar a morte do pai de Raul, o amor dos dois deve ter sido muito forte.

Estava meio deitada, meio sentada numa poltrona na sala, aguardando Raul terminar uma ligação de trabalho. Não dirigia mais com o estágio avançado da gravidez, então só podia ir para casa dos meus pais com ele ou se alguém viesse me buscar. Pela janela de vidro observava a noite estrelada quando ouvi Clara se aproximando.
Ela agachou-se nos meus pés e beijou a minha barriga - Oi mamãe! - Clara era doce, carinhosa, uma filha dedicada, tinha todo mundo na palma das mãos, era tão educada e tratava todos com respeito. Eu tinha tanto orgulho. João remexeu-se e fiz uma careta pelo incômodoque senti. Ele sempre ficava agitado quando ouvia a voz da irmã.

- Ele ouve a sua voz e já fica todo animadinho! - Clara sorriu e passou a mão por toda a minha barriga.

- Está mais dura, vovó Bia disse que é sinal de que ele está para nascer.

- Você está ansiosa, né?!

- Sim, será que ele vai gostar de mim, mãe?

- Como se fosse possível ele não gostar de você. Vem cá! - a minha filha sentou-se no meu colo e ficamos grudadinhas até o pai dela aparecer. Fomos para casa dos meus pais e encontramos a cozinha cheia, como costume de toda sexta a noite.

Reparei em todos que estavam sentados à mesa. O meu pai, meu irmão, Rafa e Marcela, que depois de muitas idas e vindas, parecia terem se acertado. A mesa estava lotada e a minha mãe, tia Teresa e mais umas mulheres que trabalhavam aqui, cuidavam do forno e do preparado das pizzas. O cheiro estava maravilhoso e a mesa servida com sabores variados da massa. Peguei um prato e o meu marido me serviu. Clara já estava com um pedaço nas mãos comendo e a conversa rolava solta e divertida.

Eu acreditava que a felicidade era a consequência de momentos. Nem sempre estávamos felizes, mas tínhamos que saber reconhecer quando deveríamos apenas aproveitar e sentir. Esse era um desses momentos e eu estava completamente feliz por saber que os meus filhos cresceriam naquele lugar. Rodeados de carinho, de liberdade, cuidado e principalmente cercados por tantos laços invisíveis de amor, laços que nos manteriam unidos para sempre.

FIM.

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Estávamos nos despedindo para voltarmos para casa. Clara estava dormindo e o meu cunhado Fernando estava carregando-a para a nossa camionete. No topo da escada avistamos um farol na estrada. Já era tarde para visitas, ficamos observando o carro se aproximar, e mais perto constatamos ser um táxi. Quando a porta finalmente foi aberta, não acreditei no que vi.

- Renata? - Estar diante da minha irmã após anos, era no mínimo muito estranho. Durante todo esse tempo raramente mantinhmos contato por telefone, nem mesmo quando Clara ficou doente ela apareceu. O seu descaso abriu um abismo entre nós, no momento em que mais precisei não pude contar com ela, ela não fez questão de sequer saber sobre a saúde da minha filha, e isso era imperdoável. Com o tempo eu simplesmente a deixei de lado, se não fosse por Fernanda nem sei o que teria sido da minha mãe, pois a minha esposa era a única pessoa que conseguia convencê-la a nos visitarmos e aqui conosco na fazenda ela recebia um fôlego diante da sua depressão.

Renata era egoísta, pensei que a sua mudança para outro país seria algo temporário, mas ela simplesmente esqueceu da sua família. Quando o meu pai faleceu, nós herdamos uma fortuna. A minha irmã fez questão de receber a sua parte da herança, e eu com a minha, mais a da minha mãe, que deixou que eu administrasse a sua parte, multipliquei o que tínhamos. Eu sempre quis honrar o trabalho e esforço do meu pai e consegui.

- O que você está fazendo aqui? - Perguntei sem fazer questão em ser educado, ela não era bem-vinda, ainda mais sem ser convidada. O único sentimento que existia entre nós, da minha parte era mágoa.

- Olá, irmãozinho! Também estava com saudade de você.

Não acreditei no seu cinismo e me questionei se ela sempre foi assim e eu não enxerguei. Ela não fez questão de cumprimentar ninguém, ignorou a minha família como se eles não estivessem presentes.

- Você não é bem-vinda aqui. Não me lembro de tê-la convidado.

Pude ver o ódio nos seus olhos com as minhas palavras. Renata era altiva, nariz empinado, riquinha metida a besta, sempre foi muito mimada.

- Eu preciso falar com você a sós - Disse soberba, com uma expressão tediosa, quem era ela? No que se transformou a minha irmã, ou será que ela sempre foi assim?

- Pode falar e seja rápida.

- Eu não vou falar na frente deles, Raul. - A expressão que ela tinha de superioridade era nojenta.

- Eles são a minha família. - Respondi exaltado.

- É um assunto pessoal. - Insistiu.

- Não me interessa, fala ou saía. - Fernanda colocou a mão no meu ombro e respirei fundo. Eu estava perdendo o controle. Não iria admitir que essa abusada fosse desrespeitosa com a minha família.

— Eu preciso de dinheiro. Estou falida!

Continua...

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Olá, queridas leitoras! É com gratidão que chego a esse final. Estou aliviada e feliz por ter conseguido. Quando comecei essa história eu tinha ela todinha na minha cabeça, mas transformar as ideias em palavras é tão difícil...
Agradeço as minhas fiéis leitoras que tiveram paciência e me esperaram. Durante um tempo eu pausei o livro, pois não conseguia escrever. Todas as mensagens, curtidas, comentários de vocês são tão importantes. Eu amo ler o que vocês escrevem sobre os capítulos, é um estímulo enorme.
Obrigada de coração a todas vocês, minhas leitoras do Wattpad e Noveltoon.

Eu gostaria de agradecer uma leitora em especial, que sempre comenta e me mata com os seus palpites (pois na maioria das vezes ela acerta kkkkkk) @carolOlegario3 é uma leitora do wattpad e eu amo interagir com ela. Obrigada pelos seus comentários, pois muitas vezes eles me ajudaram a não desistir.

Esse livro termina com a aparição de Renata,  irmã de Raul, mas essa é outra história...
Até breve ❤️

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Olá, para você que chegou até aqui! A história de Fernando e Renata já está disponível aqui, no meu perfil. Nos vemos lá?

Laços de Amor (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora