Capitulo 12

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Anteriormente

- Esse demônio tem uma ligação com você... Ela foi sua irmã em vida...

Agora

Laços de sangue| part. 1

Irmã? Apesar de  ter passado um tempo considerável no inferno, não tive lembranças alguma de uma irmã.
Fui capaz de lembrar de alguns momentos traumatizantes que aconteceram no passado mas... uma irmã?
Creio que a expressão de confusão foi nítida em meu rosto, pois a princesa logo começou a falar desenfreadamente, explicações e desculpas que não eram necessárias, mas não ousei interromper.

- T-talvez quem sabe esses vazios nas suas lembranças sejam ela ?

- Isso faz sentido.- Falo baixo e distraidamente começo a divagar.

Muriel não notou a expressão surpresa e orgulhosa de si que a princesa fez, foi a primeira vez que ele concordou com ela em algo que ela disse sem ser um pedido. Tal ato a fez comemorar internamente, mas logo voltou sua atenção para o assunto.

- Não sabemos ao certo onde ela está, é como se não tivesse rastros...

Voltando sua atenção novamente ao que Charlie falava, o mesmo fez uma careta, Como um simples pecador poderia "sumir" e aparecer sem que o Senhor do inferno notasse ou sequer encontrasse sua presença? Parecia algo difícil de acreditar.

- Mas porque toda essa comoção por um simples pecador que tem ligação comigo? O que ela tá fazendo que até chamou atenção da família real?

Charlie encolhe-se enquanto brinca com seus dedos dando uma risada sem graça.

- É que... estamos no anel do orgulho e... ela conseguiu matar mais da metade da população local, o que interfere bastante na divisão de poder entre os lordes daqui.

Notando o que a mesma está tentando dizer entrelinhas, Muriel solta um suspiro audível massageando suas têmporas, não era possível ele ter uma irmã tão idiota e inconsequente.

- Então basicamente... ela desestabilizou o domínio de alguns lordes, o que acaba gerando reclamações com o overlords e chega até o seu pai?

- Sim! - Charlie diz animadamente.

- Então você vai me pedir para que eu encontre ela já que compartilhamos uma vida em conjunto?

- Isso! Isso! Exatamente! Você poderia fazer isso ? Porfavor...- A princesa junta suas mãos em frente ao rosto olhando para o demônio que estava a sua frente.

- Não.- O maior fala desmanchando qualque feição que tinha feito e caminha em direção a porta.

Rapidamente Charlotte joga seu corpo entre ele e a porta, impedindo que ele sequer encostasse na maçaneta.

- Como assim não? Vai ser perfeito! Você vai encontrar sua irmã e conversar com ela, talvez até trazer ela para o hotel! Meu pai concerteza vai pensar que minha ideia está dando certo!.- Muriel olhou-a com os olhos semiserrados por um bom tempo. Era patético um ser com tamanho poder ter uma personalidade fraca e medíocre como aquela. Ele não se importava em reencontrar sua irmã ou ajudar a princesa a receber aprovação do pai, nao eram problemas para ele, mas ele sabia que essa discussão o tomaria mais tempo se negasse novamente.

- Tudo bem... me deixe passar e eu vou começar começar procura-la.-

Vendo que o demônio canino resolveu ajuda-la, Charlie comemorou saindo da frente do mesmo e esperando ele sair para saltitar pelo cômodo, em sua mente, ele se importava e demonstrou empatia por sua situação o que era um bom sinal e aumentava sua esperança na redenção do seu povo.

Por outro lado, Muriel tratou de sai da vista de qualquer um que estivesse no hotel, não queria ser importunado, não tem energia para interações indesejadas; seus pensamentos já estavam turbulentos o suficiente,  como ele vai fazer para encontra-la ? Talvez ele usasse seu poder atual para obter informações das mortes... Mas se nem Lucife a encontrou, porque ele encontrará usando seu "poder"? Suspirando aborrecido, toma a decisão de buscar respostas em suas lembranças.

- Isso vai ser tão incômodo...- O pecador murmura para si mesmo.

Passando-se longas semanas de pesquisas de informações, Muriel foi capaz de coletar alguns relatos de demônios que conseguiram fugir a tempo. Eram inúteis, apenas descrições da sua forma de matar, parecia que ele estava em um jogo cansativo de gato e rato.
Sua tal irmã, da qual não tem lembranças, gostava de flores e venenos, matava de forma poética e dramática, totalmente tedioso no seu ponto de vista.
Cogitou a ideia de que quando vivo, ela o ajudou em suas caçadas e com seu açougue.  A única memória que consegiu ter com ela até então, foi que sua queria irmã era a mais velha entre ele e que praticava coisas estranhas.
Chegou a passar tudo o que conseguiu coletar para a princesa, e desde então, vem descansando longe do hotel e dando total atenção ao seus territórios, lhe rendendo choramingos da princesa.

Algo que o demônio não sabia é que Alastor também estava a procura de sua irmã,  encontra-la o deixaria em bons termos com Charlie e com o próprio rei do inferno e tal fato iria contribuir ainda mais para seus planos, além de ajudar na sua imagem pública.
A pesar  de tais motivos calculados, o cervo demoníaco queria ver com seus próprios olhos e em primeira mão quem seria o demônio que teria virado o anel do orgulho de ponta cabeça com sua chegada, não suportava essas notícias e falatório incansável sobre essa criatura.  Seu orgulho foi abalado e seu egocentrismo não o deixaria descansar até colocar esse pecador em seu devido lugar.

Oi oi!
Bem, consegui postar mais um capítulo! Espero que estejam gostando do caminhar da história.
Passar por um bloqueio criativo é horrível, tentando escrever esse capítulo acho que umas 3 vez, mas fé no pai que o capítulo sai...
Até a próximo

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