capítulo 13

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"- É assim que  ele faz amigos?" | part 1

A princesa Charlotte estava mais agitada do que seu habitual, o que era surpreendente. Seu pai já havia dito logo estaria de volta, pois suas "férias " estava quase chegando ao fim, e ela não tinha progredido em quase nada a respeito do problema mais recente. Para piorar, Muriel não queria mais se envolver e Alastor sumiu antes mesmo dela pedir ajuda ao próprio.
Enquanto andava de um lado pelo outro no escritório, pensava em como resolver este inconveniente e bem quando ela estava prestes a entrar em crise, batidas leves na porta chamam sua atenção.

- Charlie? Aquele cachorro babaca voltou, disse que conseguiu algo-. A voz da sua querida Vaggie adentra o escritório junto a sua figura, acalmando momentaneamente a princesa, em seguida seu rosto se ilumina ao escutar sobre o que se tratava a notícia.
Pulando rapidamente até a garota envolvendo seus braços ao seu redor.

- Isso é incrível Vaggie! O mande vir !- Charlie tenta seu melhor para não demonstrar sua ansiedade falhando miseravelmente enquanto arruma o cabelo e vai para seu assento. Sua companheira por outro lado suspira indo fazer o que lhe foi pedido.

Sem demora, Muriel adentra o tão familiar escritório deixando uma pasta com alguns documentos cair sobre a mesa.

- Não quero conversar sobre, aí tem tudo o que você precisa e o que pude... lembrar.
-. A voz do demônio maior estava presa a garganta e continha uma leve tensão, seu corpo robusto estava contraído e fechado mal conseguindo manter contato visual.

Charlotte por sua vez, notou os sinais de desconforto no mesmo e apenas concordou balançando a cabeça enquanto pegava os documentos para analisa-los.
A medida que lia as páginas, sua garganta fechava, se tornando difícil engolir. Tentava manter a respiração estável, já Muriel, aguardava silenciosamente no canto da sala. Longos minutos passaram-se, a atmosfera era tensa, quando Vaggie se fez presente na sala, Charlie tomou coragem para começar.

- Bem.. sua irmã é um pouco excêntrica-. Vaggie se aproxima também pegando alguns documentos.

- Pode-se dizer assim- Muriel concorda em um tom baixo.

- Ela é um tanto cruel, e você disse que se lembra vagamente dela ter ligação com algum tipo de prática pagã, isso torna mais difícil, ela pode ter adquirido mais poder após sua morte e... tudo isso-. A princesa brinca com seus dedos de cabeça baixa, voltando novamente a ficar ansiosa.

- Mas de uma coisa é certa, ela não consegue matar muitos demônios usando os artifícios que possui já que um pecador precisaria de uma arma angelical pra fazer isso -. Desta vez Vaggie se pronúncia colocando os papéis sobe a mesa.

- então ah uma possibilidade muito grande dela esta torturando os que não morreram-.

As palavras de Muriel fazem a princesa sentir um arrepio na espinha. Mais um momento de silêncio os atingem e um pensamento percorre a mente de Charlie.

- Talvez Alastor esteja procurando ela por si mesmo... é provável que ele a encontre mas, também é certo que ele não vai trazê-la de imediato-. A atenção volta para Charlotte e dessa vez, ela sente a tensão tomar conta de cada músculo do seu corpo.

- Não se preocupe, talvez ele só esteja ocupado com suas coisas de rádio ou algo assim...- Vaggie tenta conso-lar sua parceira enquanto afaga sua cabeça.

- É mais provável que ela se canse desse jogo... quando vivo ela gostava de montar "espetáculos " dramáticos para chamar minha atenção e me forçar a encontrá-la, como se fosse uma brincadeira inocente de se esconder, logo logo ela vai se cansar e vir até onde estou... não vai demora muito.

Charlie ouvido o que Muriel dizia, abraça Vaggie fortemente, em uma prece silenciosa de que ele esteja certo.

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⚠️!! Contém Gore. Descrição brevemente detalhada!! ⚠️

Em um lugar longe dos olhares demoníacos  da cidade, onde criaturas obscuras e o Miasma se juntava ao próprio ambiente infernal, grunhidos baixos e agonizantes espalhavam-se pelos arredores de uma estufa. Seu interior era mal iluminado, era feito com vidraça opaca e adornos de madeira densa e escura, seu teto havia muitas plantas robustas e exóticas. Correntes com ganchos afiados também estavam ligados ao teto. Era um espaço grande com ar requintado, possui plantas tanto aéreas quanto terrestres. Entretanto, em seus ganchos estavam muitos e muitos pecadores, dilacerados, desfigurados. Seus corpos fracos curavam-se lentamente da tortura, algumas partes haviam derretido externamente e outros internamente por conta de venenos e composto químicos puros. Poucos pecadores que estavam acordado e mais curados que o restante, agonizavam e tremiam de medo, implorando em meio a lágrimas e maldições para que aquele ser doente parece de tortura-los.
A demônio responsável pelo lugar, lia um livro pacificamente, sentada em uma poutrona, de costas para sua bela estufa. Em sua mesa estava adornada com anotações e amostras, estudar o ecossistema do inferno a fez se sentir como uma criança descobrindo o mundo, sua cauda  balançava de um lado para o outro calmamente demonstrando sua concentração nas palavras do livro. Sua orelha contraiu-se, alguém de fora estava se aproximando com uma intenção assassina, isso a divertia, talvez fosse seu querido irmão. Ela não ia mentir para si mesma, estava esperando que fosse ele, fazia tempo que não via seu irmão mais novo.

A medida que o intruso se aproximava, a mesma pode sentir um breve aborrecimento se instalar no seu peito. Aquele não era seu irmão, podia ter certeza.
Sua atenção é pega por uma forma no canto da parede, uma figura esguia e sorridente a encarava com interesse.
Mais uma vez sua orelha se contraí ao escutar um breve som de estática, então seu livro marcando a página que havia parado e pede para a figura se aproximar da sua mesa, a sombra por sua vez, flutua alegremente até ela e voa a sua volta parando finalmente na sua frente.

- Você aparenta ser bastante gentil pra alguém que exala o tipo de energia assassina que você exalou enquanto estava a minha procura - . Sua voz soa divertida enquanto ela se inclina, apoiando-se sobe a mesa.

A sombra por sua vez soltou um zumbido feliz com o elogio e finge inocência arrancando uma risada baixa da demônio diante dele.

-  O demônio que te convocou... é assim que ele faz amizades?~

Seu tom era de desdém, parecia que você atraiu a atenção de muitos, e seu irmão não se esforçou nem um pouco para encontrá-la.

- Bem, ele não precisa se dar o trabalho de vir, como estou cansada de esperar, eu mesmo vou até ele -. Ela então se levanta fazendo um sinal com uma das mãos para que a sombra sumisse do seu campo de visão. Tomando noção do cenário que estava atrás de si, ela mentalmente se parabeniza, era uma obra de arte magnífica.

Olá! Não morri, feliz ano novo!
Eu fiquei com bloqueio criativo fudido, mas consegui fazer algo, desculpa os erros ortográficos se tiver, eu postando sem revisão, como sempre.
Eu ia desenhar o cenário pra vcs conhecerem melhor a irmã do Muriel, mas sem tempo pra finalizar o desenho.
Por enquanto ele assim  (rascunho) :

Espero que tem gostado lá leitura ! Obrigada pelo apoio

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