Amianto

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            20 DE FEVEREIRO DE 2006



Samantha Fraser se encontrava em seu pequeno quartinho, a linda garotinha de cabelos longos e loiros, os olhos azuis.

A pequenina brincava com sua boneca de casinha, seu quarto tinha apenas uma cama de solteiro e um espelho na parede. Ele ficava no fim do corredor onde quase ninguém entrava, os pais de Sam nunca deram tanta importância a filha mais nova, eles mesmo deixavam bem claro que o nascimento da Sam foi um erro.

Isso era o que mais irritava Emma, a garota mais bonita do prédio, cheia de pretendentes na escola e a que todos adoravam. Mas Emma odiava o jeito que seus pais ignoravam a existência de sua irmã, tinha acabado de fazer um dia do aniversário de sua irmã e eles nem se lembraram.

Emma todas as noites chamava Millie para dormir no carro com ela, e quando amanhecia a mais velha colocava Sam de volta no seu quarto para os pais não descobrirem.

A porta do quarto da pequena Sam se abriu, trazendo um sorriso no rosto dela.

Emma trará um cupcake com uma velinha acesa em cima, ela entregou para Sam que sorria como se nunca tivesse sorriso antes, a pequena fechos os olhos e assoprou a vela fazendo um pedido, "Para seus pais amarem ela como amam Emma!"

-- Eu te amo pequena. - Emma falou com a voz embargada. -

-- Eu também te amo muito. - Sam respondeu -

Os olhos negros de Emma começaram a lacrimejar fazendo Sam se preocupar com a irmã, mas Emma precisava ser forte.

-- Não deixe que eles mintam para você. - Emma disse firme-

Sam se assustou e obviamente ela se referia aos seus pais que sempre falaram para ela que Sam era doente.

-- Quando eu for embora, dê um jeito de fugir. - Emma disse -

Os olhos da pequena se arregalaram e antes que ela pudesse questionar, Emma abraçou a menina e passou as suas mãos pelos cabelos de Sam que estava assustada com aquilo, como assim ela iria ir embora? Fugir?

GATILHO!!   TW//SUICÍDIO

A tarde passou voando, e todos exceto Emma, estavam em suas camas.

A girafa está sentada na cadeira em frente a sua penteadeira, o reflexo de seu rosto inchado de tanto passar noites e noites chorando, fez Emma só pensar que aquilo era o certo. Ela se levantou e caminhou até a sacada do prédio em que moravam.

Suas mãos que tremiam, abriram a porta levando os olhos fundos de Emma a admirar a noite escura e a rua vazia, todos do prédio já dormiam e ninguém suspeitava o que Emma faria naquela madrugada.

A garota tirou uma tesoura do bolso e cortou a corda que seus pais tinham colocado na sacada quando ela era pequena, assim que ela cortou um pedaço grande para que pudesse passar, Emma jogou a tesoura longe e se sentou no murinho onde antes se encontrava a corda amarrada.

E naquela manhã do dia 21 de Fevereiro, a síndica que levava o lixo para a rua, encontrou o corpo de Emma esparramado no chão com uma poça de sangue ao redor.

Samantha acordou com as sirenes e os gritos de sua mãe, a pequena correu para o quarto de Emma e viu que a mesma não estava alí enroscada da cama. Sam desceu as escadas do prédio de pija a mesmo, e viu o tumulto lá embaixo ao de todos do prédio se encontravam aflitos e desesperados.

A pequena observou o corpo de Emma no chão e começou a entrar em desespero, ela gritava o nome da garota e puxava os cabelos longo, mas nada se comparava a dor que ela sentiu ao ver o corpo de sua irmã mais velha alí, sem vida.

-- Sua merdinha. Você jogou ela lá de cima!!! - Os gritos do seu irmão faziam Sam ficar mais assustada -

Mas não era culpa dela, se pelo menos Charlie Fraser deixasse de querer dormir todos os dias na casa de seus amigos e abrir os olhos para enxergar a realidade de como Sam era isolada naquela casa, mas é como dizem, algumas pessoas só enxergam o que querem. E esse foi um dos motivos de Emma, a garota tinha sua saúde mental destruída, mas seus pais só a viam como a "filha sem nenhum defeito."









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Esse capítulo é mais para mostrar como a Emma vai ser muito importante.

Boarding school for girl, SameenaOnde histórias criam vida. Descubra agora