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-----Seokjin cantava alegremente dentro da cela fechada e inteiramente branca que lhe rodeava. Estava na solitária há dois dias e podia dizer que já estava acostumado a olhar para as paredes, lençóis, travesseiro, luz, teto, e chão inteiramente brancos. Concordava que era uma tortura, mas não ligava.
As luzes piscavam com a ideia - estúpida - de fazer com que ele perca a noção do tempo.
Mal sabiam os guardas que ele era bem inteligente e havia contado o tempo, desde que entrara ali.
Quando chegou, era cinco horas da tarde. As luzes se apagaram as cinco e meia, e ascenderam de novo às sete horas, o horário de recolher era feito às nove horas da noite, ou seja, eles estão tentando fazer com que seu sono ficasse desregulado, queriam o ver descontrolado e desequilibrado.
Queriam que ele dormisse das cinco e meia até às sete horas, e qualquer um que não tivesse a noção de tempo ou não fosse inteligente o suficiente, acharia que já estava de manhã.
Sentou-se na cama calmamente, enquanto a mulher de vestido, luvas, boina e prancheta brancas, adentrava o local com um pequeno carrinho, também branco, que estava seu jantar.
Nesse exato momento eram oito horas da noite, hora do jantar.
— Seu almoço. — A voz robótica tão conhecida por si disse. Seokjin quis rir.
Comeu calmamente, enquanto vez ou outra sentia o olhar da mulher em si.
— Você é enfermeira? — questinou baixo, mas já sabia a resposta. Mastigava calmamente, como se o arroz branco — a única comida no prato — fosse a coisa mais gostosa que já havia provado.
— Sim. — respondeu simplista.
— Marque na sua prancheta que meu jantar está finalizado.
A mulher arregalou minimamente os olhos e suspirou fundo, seria quase imperceptível se Seokjin não estivesse a olhando severamente, mas ainda assim, calmo o suficiente para fazer a mulher se desesperar.
— N-não é o jantar — Limpou a garganta e seus olhos se fecharam um pouco. — São uma da tarde. — disse afrouxando a pequena gravata branca.
Seokjin se limitou a revirar os olhos e acenar com a cabeça em confirmação.
Não estragaria o show, não até estar do lado de fora novamente para contar a sua estratégia e montar novas com seus amigos. Seus informantes lhe disseram que havia chegado alguém novo e que estava andando com August, e podia jurar que escutava a sádica risada de Hoseok por todo o pátio.
Ele era obsecado pelo August.
O baque alto do trinco da porta sendo aberto revela um Hyungsik.
— Então você está aqui de novo? — Questinou ele passando a língua nos lábios enquanto admirava as nádegas proeminentes de Seokjin que estava de bruços.
Encarou-o por alguns segundos antes de estralar a língua no céu da boca e sentar com a postura assustadoramente ereta na beirada da cama.
— Meu deus! — gritou estridente com as mãos nos lábios, Hyungsik arregalou os olhos e olhou para trás em busca de algo que fizesse jus ao comportamento do outro. — Como você descobriu que eu estou aqui? Você me enxerga? — disse se levantando e colocando as mãos dramaticamente no peito.
Hyungsik fechou a expressão e suspirou de alívio ainda com a face fechada.
Seokjin riu tanto que teve que levar as mãos até o estômago e limpar as lágrimas que desciam de sua face.
Riu alto, parecia um ganso. Os meninos o chamavam assim.
— Você é um imbecil, Seokjin. — Exclamou alto, tirando as algemas e colocando nos pulsos do rapaz. — Infelizmente, você tá liberado. — disse rente ao ouvido do mesmo enquanto apalpava e roçava nas nádegas do mesmo.
Seokjin nada dizia, apenas aproveitava. Ele gostava de foder com Hyungsik de vez em quando. Ainda mais quando não tinha ninguém. Ou melhor. Quando não tinha ninguém que valia a pena.
— Vamos lá.
Caminhou calmamente pelo corredor de iluminação baixa e foi jogado em uma sala de canto. Foi liberado das algemas e sentiu quando Hyunsik o empurrava com força dentro de sua cela.
Seokjin estava de volta ao pátio, de volta para a cozinha, e de volta para ele.
Sim, estava de volta para Kim Namjoon.
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-----Minha primeira vez escrevendo uma parte mais pra frente, espero que tenham gostado
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CELA 1306 | Jjk + Pjm
Fanfiction[ hiatus temporário! ] A cadeia para si sempre fora um conto maligno digno de histórias de terror que seus pais contavam para si na hora de dormir e Jimin sabia que jamais se colocaria na posição de ser preso. Isso era oque ele achava, até ser acu...