Capítulo 12

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Cheguei em casa depois de quase levar postes, placas e lixeiras junto comigo

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Cheguei em casa depois de quase levar postes, placas e lixeiras junto comigo. As pessoas gritavam na minha direção, mas eu percebi que aos poucos, começava a dirigir um pouco melhor.

Não!

O certo seria dizer que eu dirigia menos mal.

Entrei na sala da recepção e logo fui recebido por uma Coraline esbaforida. A minha irmã estava corada e pulava sem parar, e ela simplesmente não conseguia dizer nada com nada.

Comecei a ficar preocupado, achando que a Cosette tivesse ido até ali ameaçá-la ou até mesmo a Manoela, e então tentei acalmar ela, colocando as minhas duas mãos em seus dois ombros e a encarando.

Eu tentava passar calma, mas estava muito nervoso também!

— Fala devagar! ― eu disse.

— A Bianca está lá em cima ― ela disse, entre tremeliques. ― No seu quarto!

Céus!

Quando isso iria acabar?

Mais uma garota louca?

Era só o que me faltava!

E raios, quem era Bianca?

Qual importância ela tinha para a Coraline conhecê-la tão bem assim?

Fiquei olhando para a minha irmã, completamente desnorteado. E o pior era que tudo aquilo só me atrasava mais de ir atrás da Cosette e sabe-se lá o que ela pretendia fazer com a Fernanda.

— Não vai subir? ― a minha irmã perguntou, com olhos preocupados. ― Ela estava mexendo nas suas coisas. ― Coraline abanava os braços e parecia que iria explodir. ― Eu tentei xingar, mas ela me ignorou!

Seja lá quem for, era eu quem deveria descobrir!

Subi as escadas e a Coraline ficou me observando com apreensão. Eu pude sentir o seu olhar pelas minhas costas, enquanto eu avançava cada degrau, mesmo sentindo que as minhas pernas iriam virar geleia muito em breve.

Virei o corredor e ao entrar em meu quarto, me deparei com uma garota loira e muito baixa. A moça tinha uma face angelical. Ela mexia em um álbum de fotos, parecendo procurar alguma coisa.

Ela não parecia ser alguém do qual eu deveria ter medo, mas resolvi ir com cautela.

Cocei a garganta, para ver se ela notava a minha presença e no mesmo instante em que Bianca se virou, eu pude ver que os seus olhos azuis eram ácidos e contrastavam muito com a sua pele clara e todo o seu ar de bonequinha de porcelana.

Aquele olhar era maldoso e sagaz.

E daquilo eu tinha medo.

— Pelo que eu vejo, você sentiu a minha falta... ― ela disse e a sua voz tinha uma manha, de quem sabe jogar. ― Até mesmo guardou as nossas fotos juntos.

Verdade Invisível - A Chance Para Uma Nova Vida - (Finalista Wattys 2023)Onde histórias criam vida. Descubra agora