capítulo 11

318 59 16
                                    

— Diga uma coisa que te deixa para baixo — Disse Wanda ao ler a carta que acabara de retirar. A noite de jogos havia iniciado há algum tempo, primeiramente com uma rodada de adivinhações, seguindo para construção de uma pequena torre de madeira, mas agora o grupo brincava de obedecer o que pedia nas cartas que estavam devidamente posicionadas na mesinha de centro da pequena sala.

— A dor de Helena Carter nunca ter ganhado aquele Oscar de melhor atriz — Respondeu Lila com o seu sotaque carregado, ganhando um olhar de compreensão da Agatha. — O Nsync ter acabado — Comentou a fotógrafa num suspiro sofrego.

Wanda afagou as costas da mulher protetoramente - mesmo que não entendesse o motivo da tristeza repentina dela - E as crianças igualmente confusas, murmuravam algo incertas sobre o assunto. — Está tudo bem. Vamos lá! Coisa pra baixo. Bart, sua vez.

O Garoto negou ao pedido, ele sabia exatamente o que lhe deixava triste, mas com uma Agatha insistindo em saber seus sentimentos, não repensou as próximas palavras — Quando minha família não tem tempo para mim. — Lila que estava ao seu lado numa poltrona, abraçou o irmão lhe confortando com palavras acolhedoras.

Wanda respirou fundo, chateada. Ela estava certa de que uma hora ou outra conversaria com Clint e Laura sobre suas ausências em relação ao filho caçula, principalmente agora que a mulher carregava outro Barton em seu ventre, e Wanda estava disposta em ajudar as crianças nessa nova etapa de suas vidas.

Agatha que percebeu a quietude da Maximoff diante da lamentação do garoto, se retirou do sofá que dividia com a doutora e seguiu com passos pesados para fora dali.

E Wanda finalmente voltou para sua realidade, a realidade em que não existia Clint ou Laura, e sim Natália, sua ex esposa e mãe dos seus filhos. Então a mulher seguiu apressadamente a fotógrafa para lhe dar alguma desculpa qualquer. — Aggie, ele não está falando de agora, espere!

[..]

— O que foi aquilo agora há pouco? — Cerca de algum tempo depois enquanto conversava com a fotógrafa, Wanda se direcionou até a ala em que ficava a cama em que as crianças iriam dormir, exigindo explicações. — Foi sem querer — Respondeu Lila pelo irmão.

— Sim, eu sei que foi sem querer,  eu sei que vocês tem problemas reais com sua família e o quanto tudo é tão doloroso. Mas veja bem, foi você quem quis vir para cá nadar com os golfinhos — Disse direcionando o sermão á Cooper — Ou ficar em pé, já que nem mesmo sabe nadar.

A mulher parou em frente as crianças e pôs as mãos no quadril, respirou fundo uma ou duas vezes e repensou. Não era certo descontar sua chateação nos pequenos — Tudo bem, me desculpem, mas vocês podem segurar as pontas por pelo menos dois dias até a gente voltar para Los Angeles? Podem agir como profissionais ? 

As crianças concordaram com um “sim, senhora” e a morena Prosseguiu — Obrigada, é só até eu sumir com vocês num desastre de trem ou algo assim.

— Não seria mais fácil num acidente de carro ? — Murmurou Cooper, e a mulher teve que controlar seus sentimento, aquela sensação de nostalgia ruim que provavelmente lhe invadiria — Isso ou uma explosão científica. Mas a boa notícia é que vai acabar logo, então venham aqui me dar um abraço e dêem risadas também, sim?

As crianças levantaram da cama com o pedido e logo abraçaram a mulher que retribuiu o ato enquanto dizia num tom consideravelmente alto frases alegres, o suficiente para Agatha notar que estava tudo bem entre ela e os pequenos, novamente.

— Crianças? — Disse a fotógrafa adentrando o local com um telefone na mão — Desculpa interromper, mas eu acabei de ligar para Pepper e nós conversamos que vocês e sua outra mamãe, vão ter tempo de sobra amanhã porque eu ela vamos passar o dia Inteirinho no spa!  

My little fake bride (Wantasha)Onde histórias criam vida. Descubra agora