Capítulo 29

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"Conforto na Tribulação."
By: LS Roy.

Já havia se passado um tempo considerável que estava naquele lugar escuro e frio

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Já havia se passado um tempo considerável que estava naquele lugar escuro e frio.

O ambiente estava escuro como uma noite sem estrelas e sem o seu satélite natural para ilumina-la. Sem a claridade, não havia como se esquentar, então as ondas que se propagava dentre aquele vácuo emitiam pequenos sons, nada muito audível porém consistente. Se tinha certeza da existência dessa propagação de ondas sonoras invadindo o seu ser, que clamavam para que a garota despertasse.

Sabia que a sua senhoria não gostaria nada de vê-la assim, então precisava, ao menos por ela e seus amigos resistir a forte sensação de fadiga e desânimo, precisava fazer um esforço por eles.

Ela não queria acordar, mas sabia que precisava. Ela não queria abrir seus olhos e encarar a realidade, mas sabia que se era necessário.

─── O que você acha de observarmos as nuvens? ─── aquela voz calma e suave alcançou finalmente a sua consciência, a fazendo abrir seus olhos rapidamente e procurar pela pessoa dona desta voz.

Seus olhos (Cor dos Olhos) se contraiu levemente ao se deparar com a imensa claridade que havia do lado de fora. Um sol estridente e fervoroso esquentava sua pele em um modo consolador. O Nara tomava todo o cuidado possível com a garota, que estava agora debilitada, com suas pernas fraquejando pelo excesso de tempo que havia passado dormindo e sem se alimentar, colocando suas mãos com cuidado ao redor de sua cintura, um cuidado esse que parecia que a menina era feita de porcelana rachada, que com um toque mais forte acidental poderia desmancha-la.

─── Logo logo, o Naruto trará a turma para levarmos você em uma churrascaria, precisa se alimentar... ─── falou o moreno preocupado enquanto se sentavam no gramado esverdeado, com suas cabeças apoiadas em um enorme tronco de árvore que era rodeado dentre suas raízes por algumas margaridas.

─── Ótimo! É uma ideia perfeita! ─── exclamou enquanto sorria docemente para o garoto que estava ao seu lado, este que a encarou por breves segundos.

A (Seu Nome) Uchiha estava feliz e aliviada por não ter se rendido e não ter agarrado a desesperança, estava alegre por ter escolhido acordar, até porquê, ele estava lá.

Era inacreditável como esta pessoa fazia tamanha diferença para a sua vida, e independe de onde estiver, ele sempre irá estar lá, sempre lhe acolherá. Agora, era automático encontrar a sua paz naquele rapaz.

E era este ponto que Shikamaru não entendia.

O Nara não conseguia entender em como sempre ganhava aquele sorriso dela, um sorriso brilhante e tão alto de si, e em como ela parecia depositar sua felicidade e confiança nele. Ele não se enxergava como um porto seguro de alguém, não se via o suficiente para ser amado por alguém.

Shikamaru se alto via como uma personificação da irrequietude, com uma alta turbulência que corria dentre sua mente ao seu coração, como uma batalha constante que não se encerrava mas graduava conforme suas questionações aumentavam, e as sombras o continuavam a perseguir. Por isso odiava guerras e lutas, elas representavam aquilo pela qual odiava de si mesmo, mostrava-o aquilo que tentava esconder de si próprio. Mais questionações, mais bagunçado ele ficava, e era isso que ela causava nele. E não podia deixar de se perguntar em como ela conseguia sentir conforto na sua tribulação.

(Seu Nome) Uchiha cresceu em caminhos banhados de sangue, de noites escuras e mau iluminadas. Era de se surpreender que o local pela qual ela estava começando a se encaixar parecia mais desorganizado que ela mesma. Talvez seja apenas pontos de vista diferentes que se alto-completam, talvez ela apenas já estivesse se acostumado com o fim para qual estava caminhando ao contrário do jovem rapaz. Ela já havia se rendido ao Vale do Fim, e o que necessitava agora, era de alguém que realmente a aceitasse do jeito que ela é, com suas mãos sujas de vermelho carmesim, e uma mancha em seus olhos que surgiu após ter visto muitas coisas.

 A Uchiha apertou a mão do rapaz enquanto ainda via as nuvens caminharem lentamente sobre o céu, em sua face estava refletida  amais bela descrição de conforto que já vira. Brilhava como uma chama ardente em um dia de inverno, como uma camada acolhedora e reconfortante que nunca presenciara, uma tranquilidade transcrita em seus olhos. Ela o queimava, mas era de um modo bom, como uma água quente que lava, restaura, relaxa e traz a mais pura leveza da Terra, como uma pena que vaga sem rumo entre toda a extensão dos ares, às vezes demonstrado infinitos.

E infinito era, o tamanho daquilo que sentia pela garota, algo incomparável ou simplesmente impossível ser medido, estava amostra para os seus olhos como uma exposição de artes em uma galeria, só que eram pinturas que retratavam todos os seus sentimentos embaralhados que se resumiam em uma pessoa. A rosa da paixão havia finalmente terminado de florescer.

Estava mais convicto do que tudo, ela o amava e de algum modo encontrava conforto em sua alma. Para ele, parecia que a companhia dela fazia as nuvens irem mais devagar, o tempo se tornar mais lento, tudo tão calmo e intrigante.

Ele riu involuntariamente, soltando um suspiro fraco que passou desapercebido pela Uchiha que vagava dentre seus pensamentos. Tantas promessas feitas apenas com o intuito de proteger e acolher a garota se tornou algo a mais, e suas ações não iriam mudar, ela precisava de apoio agora, e a menina sabe que Hamaji não gostaria que ela ficasse relembrando o passado, mas que seguisse com a sua vida, nada era mais importante que ajudá-la a escolher novos caminhos.

Shikamaru quer mais do que nunca, fazê-la desviar do Vale do Fim, mas para a (Seu Nome), o que era mais importante, era acalmar a turbulência que girava em torno da alma do menino. Felizmente, não deixaria que a vingança venha tomar o lugar do princípio que a Sra. Hamaji havia lhe ensinado, o amor. 

Esta simples palavra com confusões, misturas de sentimentos, variedades de proporções, infinitas definições que rodeava pelo mundo, tinha que ser sentida por todos.

Não basta apenas conhecê-la, tem que senti-la.

A flor tem que florescer em todos os tipos de solos para transformá-los em solo fértil, ou seja, em um bom estado, onde há saúde, paz e prosperidade. E é necessário termos ela e compreendê-la para demonstrar para aqueles que a não tem. 

Dizer que se é necessário, todos sabemos, mas não sabemos como lidar com eles. O amor é algo complicado, que bagunça e confunde a mente do usuário, é necessário esforço e perseverança pois será provado por ele, e os jovens, estavam dispostos a fazerem isso, pois a convicção neles já nasceu desde que olharam nos olhos um do outro, que havia algo pela qual um podia ajudar, onde um podia se tornar o pilar do outro. Resistentes e firmes pelas mão de Deus, que podiam depositar a sua confiança e simplesmente agarrar as chaves do laço eterno um do outro.

Não havia nenhuma representação mais simbólica do que podia lhe servir, era algo esplendido para ser decifrado. A chave não é tentar achar uma resposta para o amor, e sim, simplesmente apenas senti-lo, pois o humano tem a facilidade de transformar nas mais simples coisas em grandes quebra-cabeças, e há coisas que simplesmente só é necessário o aproveitar e curtir do momento.

Estava tudo, finalmente, tão calmo como o belo céu azul, quanto ao conforto que a Uchiha procurava e a paz que o Nara cobiçava terem encontrado nos braços um do outro.

Não haviam mais dúvidas, depois de tantas aventuras e situações vivenciadas juntos. Sabiam, e tinham total convicção, de que a paz e o amor que encontrariam, seria nos braços um do outro. 

Continua...

𝙁𝙇𝙊𝙍𝙀𝙎𝘾𝙀𝙉𝘿𝙊 | Imagine Shikamaru Nara.Onde histórias criam vida. Descubra agora