Capítulo7

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— Ana! Ana! Hey, acorda! — Escuto Antonie me chamar.

Saio do meu transi e o vejo agachado a minha frente.

Quer porra, eu estava sonhando com esse cretino acordada?

— Hum? O que foi?

— Estava sonhando acordada?

— Não, eu... não é da sua conta. O que você quer?

— Eles vão abrir a porta do elevador.

— Ai meu deus. — Eu o empurro para trás. — Eu preciso colocar as minhas... — A porta do elevador se abre. Cinco homens, um deles o concierge nos encaravam assustados. — Não, não é nada disso que vocês... estão pensando. Nós só estamos assim porque... — Engulo a seco. — Passamos muito calor dentro desse elevador.

— Senhora, não temos o direito de pensar em nada. — Disse, o concierge educadamente.

Antonie se levanta do chão e pega as suas roupas.

— Demorou em? Mas um pouco alguém teria morrido aqui dentro de desespero. — Antonie me encara com um sorriso maquiavélico, antes de sair do elevador e seguir em direção a porta do seu quarto.

Pego as minhas roupas. Entro no quarto onde Antonie estava hospedado. A fama faz jus ao que eu estou vendo. É clássico, deslumbrante, magnifico e luxuoso. Melhor do que as minhas teorias e as cenas de filmes.

— Esse quarto é muito bonito. — Elogio.

— Vale o preço. — Ele sorri.

— É muito caro assim?

Antonie sorri debochado.

— Se é caro? O dinheiro que eu pago na diária desse quarto compraria uma minivan.

— Então porque você está aqui?

— Porque eu gosto do hotel. Sempre me hospedo aqui. Mas estou pensando em comprar um apartamento. O que acha?

Dou de ombros. Finjo não me importar.

— Faça o que quiser com o seu dinheiro. Onde fica o banheiro?

Ele gesticula.

— Eu vou... pegar uma roupa para você.

— Você não pode simplesmente colocar as minhas roupas na secadora?

— Você não está com pressa de ir embora?

— Sim. Muita pressa.

— Então.

Antonie me guia em direção ao banheiro. Tomo um banho quente. Vou para o quarto enrolada na toalha. As roupas que Antonie havia me emprestado estava sobre a cama.

— Cinco copos? — Escuto Antonie questionar.

Olho em direção a porta do quarto assustada.

— O que?

— Você está cambaleando enquanto tenta vestir a calça.

— Foram cinco copos.

— Hum... — Ele se aproxima. — Então você era uma mulher sozinha, em uma rua deserta e bêbada?

— Eu quebrei a chave do meu carro no contato.

Antonie me encara surpreso.

— Como conseguiu fazer isso?

— Eu estava com pressa de ir embora.

— Imagino. Você se colocou em perigo hoje, sabe disso não sabe?

Reta Final • As Cores Do Perdão • Livro II • Trilogia EnvolvidaOnde histórias criam vida. Descubra agora