— Ana! Ana! Hey, acorda! — Escuto Antonie me chamar.
Saio do meu transi e o vejo agachado a minha frente.
Quer porra, eu estava sonhando com esse cretino acordada?
— Hum? O que foi?
— Estava sonhando acordada?
— Não, eu... não é da sua conta. O que você quer?
— Eles vão abrir a porta do elevador.
— Ai meu deus. — Eu o empurro para trás. — Eu preciso colocar as minhas... — A porta do elevador se abre. Cinco homens, um deles o concierge nos encaravam assustados. — Não, não é nada disso que vocês... estão pensando. Nós só estamos assim porque... — Engulo a seco. — Passamos muito calor dentro desse elevador.
— Senhora, não temos o direito de pensar em nada. — Disse, o concierge educadamente.
Antonie se levanta do chão e pega as suas roupas.
— Demorou em? Mas um pouco alguém teria morrido aqui dentro de desespero. — Antonie me encara com um sorriso maquiavélico, antes de sair do elevador e seguir em direção a porta do seu quarto.
Pego as minhas roupas. Entro no quarto onde Antonie estava hospedado. A fama faz jus ao que eu estou vendo. É clássico, deslumbrante, magnifico e luxuoso. Melhor do que as minhas teorias e as cenas de filmes.
— Esse quarto é muito bonito. — Elogio.
— Vale o preço. — Ele sorri.
— É muito caro assim?
Antonie sorri debochado.
— Se é caro? O dinheiro que eu pago na diária desse quarto compraria uma minivan.
— Então porque você está aqui?
— Porque eu gosto do hotel. Sempre me hospedo aqui. Mas estou pensando em comprar um apartamento. O que acha?
Dou de ombros. Finjo não me importar.
— Faça o que quiser com o seu dinheiro. Onde fica o banheiro?
Ele gesticula.
— Eu vou... pegar uma roupa para você.
— Você não pode simplesmente colocar as minhas roupas na secadora?
— Você não está com pressa de ir embora?
— Sim. Muita pressa.
— Então.
Antonie me guia em direção ao banheiro. Tomo um banho quente. Vou para o quarto enrolada na toalha. As roupas que Antonie havia me emprestado estava sobre a cama.
— Cinco copos? — Escuto Antonie questionar.
Olho em direção a porta do quarto assustada.
— O que?
— Você está cambaleando enquanto tenta vestir a calça.
— Foram cinco copos.
— Hum... — Ele se aproxima. — Então você era uma mulher sozinha, em uma rua deserta e bêbada?
— Eu quebrei a chave do meu carro no contato.
Antonie me encara surpreso.
— Como conseguiu fazer isso?
— Eu estava com pressa de ir embora.
— Imagino. Você se colocou em perigo hoje, sabe disso não sabe?
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Reta Final • As Cores Do Perdão • Livro II • Trilogia Envolvida
RomanceDepois de um longe período de férias emocionantes em Paris, Ana está de volta a Nova Iorque com um belo sorriso em seu rosto, mas de coração partido. As últimas palavras atrozes que ouviu do homem que ama não sei de sua cabeça, principalmente a pa...