A culpa se torna um tormento para os pecadores. Eu estou me odiando por ter feito o que eu fiz, mas também eu me encontro naquele estado de plenitude que preencher o meu coração, me fazendo sonhar de olhos abertos e suspirar, chamado felicidade. Ao me apaixonar eu não sabia que podia sentir mil sentimentos bons e ruins ao mesmo tempo. Nenhum relacionamento é perfeito, não a só momentos felizes em uma relação há também momentos de tristeza e raiva durante uma briga boba por ciúmes ou qualquer outra coisa banal. Mas no meu caso, eu deveria sentir mais raiva por tudo o que Antonie me fez passar. Eu relutei dia após dia para não me envolver, para não entregar o meu coração e aqui estou eu.
Onde foi parar aquele ódio todo que eu estava sentindo por ele? Será que eu realmente o amava? Não é possível amar e odiar ao mesmo tempo. Mas agora eu sei, quanto mais eu desejava ficar longe dele, parar de ama-lo, mas eu o desejava, o amava.
Antonie estava dormindo de bruços, com o seu braço direito sobre a minha barriga. Com todo cuidado, tiro o seu braço de cima de mim e me levanto sem fazer qualquer barulho. Eu estou fugindo do FBI ou de uma pessoa que eu estou com receio e com medo de trocar uma palavra?
Começo a recolher a minha roupa o mais rápido possível.
— Onde você vai? — Escuto a voz manhosa de Antonie ecoar dentro do quarto.
— Eu vou embora. — Respondo pegando os meus sapatos.
— Não! — Antonie se levantou em um piscar de olhos e segurou o meu pulso.
— O que você está fazendo? Me solta!
— Por favor, fica.
— Você deveria ter me pedido isso quando estávamos em Paris, teria feito gosto de ficar.
— Oh! — Ele fez uma cara de surpresa. — Você se arrependeu do que aconteceu. — Afirmou.
— Você não faz ideia. Agora me solta, eu quero ir embora.
— Eu não vou te soltar. Melhor, eu vou junto com você.
— O que? Eu suspeitava que você era louco, mas não burro.
— Eu não sou louco e muito menos burro, eu só...quero ficar perto de você.
— Você já teve essa chance e desperdiçou. — Engulo a seco logo após me afastar dele com muito custo.
Começo a vestir a minha calcinha.
— Eu sei que eu errei.
Dou uma leve risada debochada.
— E se tivesse sido diferente?
— Diferente como?
— E se eu tivesse pedido para você ficar? Ia mudar alguma coisa?
— Eu sei que foi mentira, mas você se declarou para mim, e eu não estou aqui? Não transamos? Não seria diferente em Paris. Os meus sentimentos estavam confusos naquela época, eu não sabia que eu estava...— Sinto os meus olhos lacrimejar.
— Apaixonada por mim.
— Eu prefiro esquecer isso. Mas o fato é que...
— Eu não quero esquecer. — Ele me interrompe.
— O fato é que...— Aumento o meu tom de voz. — Mesmo com os meus sentimentos confusos, eu sabia que a única coisa que eu não queria naquele momento, naquele maldito momento era ficar longe de você. E sim, mais uma vez, eu teria ficado.
— E se eu pedir para você ficar agora?
— Não seja ridículo. — Sorrio irônica e visto o meu sutiã.
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Reta Final • As Cores Do Perdão • Livro II • Trilogia Envolvida
RomanceDepois de um longe período de férias emocionantes em Paris, Ana está de volta a Nova Iorque com um belo sorriso em seu rosto, mas de coração partido. As últimas palavras atrozes que ouviu do homem que ama não sei de sua cabeça, principalmente a pa...