Coração Esmeralda || Danilex 🌸✨

Companheiros

Depois de um tempo ainda passando por esses dias, Alex continuou com certo receio de falar com o Daniel, Ele passou mais umas semanas apenas vendo ele de longe, nas fisioterapias, tinha fugido algumas horas de trabalho para ver ele melhorando.
Num dia, Daniel já tinha passado por umas sessões de fisioterapia, ele já estava andando com auxilio de muletas, com dificuldades e bem devagar.
Alex o observava ele de longe, era notável a felicidade do ruivo. Daniel olhou de longe o negro se aproximar. Se virou em direção a ele com as muletas.

— Oi, Alex.
Alexander sorri.
— Oi, amigo. Você tá bem?
Daniel sorri de volta.
— Eu tô andando...
— Eu vi, tá quase bem. 
—Eu tô feliz.
Alex sorriu.
— Eu tô percebendo. Logo logo... Você vai poder ir para uma missão.
O sorriso do Daniel se desfez no seu rosto.
— Não fala disso Alex.
Daniel engoliu seco e ficou um pouco tonto.
— Eii.
Alex segurou o amigo.
— Vamo andar um pouco, você quer?
Daniel fez que sim com a cabeça. 
Depois de um tempo conversando com a fisioterapeuta, conseguiram fazer eles saírem por um tempo. 

Foram a praça que haviam ido na primeira vez que o Daniel pôde sair. Dessa vez, Eles andavam um do lado do outro. Alex andava devagar para o seu amigo poder o acompanhar, e Daniel, com agora, uma leve manha e esforço, parecia não se importar com as muletas.
Alex olhava de canto para Daniel, tentava puxar algum assunto.  
— Você pelo menos leu algum dos livros que eu lhe dei?
— Eu lia todos os dias. precisava ocupar a cabeça, viver o dia todo naquele hospital tava me deixando louco.
— Mais do que você já era?
Daniel olhou com um olhar de desprezo.
— Idiota.
Alex riu.
— Você vai falar quando?
— O que?
— Por que você tava daquele jeito? Naquele dia?
— Porq--

De repente, surgiu alguns jovens, vinham em direção ao Daniel.
— MEU DEUS, VOCÊ É O DANIEL HARTMANN??
Daniel se assustou um pouco, tinha perdido o costume da fama, Alex viu o amigo tentar fugir de alguma forma, mas os jovens o cercaram e tiraram umas fotos. 
— Com licença meus jovens, Daniel Hartmann não está podendo ficar muito tempo, podem manter distancia?
Alex falou pra tentar causar alguma intimidação.
Um dos jovens se virou pro mesmo.
— Fica na tua negão.
Alex se calou e olhou pra baixo, de novo isso.
Daniel se enfureceu, empurrou o garoto pra longe.
— Não ouse falar essas coisas e depois falar que é meu fã, eu não quero ser ídolo de idiotas como você.
Daniel pegou o braço do Alex com uma mão e foi se forçando com a outra.
— Daniel, seu pé.
Falou Alex preocupado com o amigo que mancava.
— Eu só preciso te tirar de perto daquela gente.
— Não precisa se preocupa--
— É CLARO QUE EU PRECISO.
Daniel gritou fazendo Alex virar o rosto de medo.
Daniel respirou fundo.
— Desculpa Alex, eu só não queria ficar ali também.
—Quem é Alex?
Falou o negro.
— Não acredito, Ricard--
— Eu mesmo cara, quem é Alex? Onde eu tô? Eu tava jogando Tetris...
Daniel urrou alto.
— RICARDO AGORA NÃO.
— Opa cara, desculpa, eu também não sei como eu vim pra cá.
Daniel pensou mais um pouquinho, como ele traria Alex de volta. Como ele havia trazido ele de volta da ultima vez?
— Ricardo, amor.
— Eu?
— Tem mais algum mais gostoso que você aqui?
Ricardo tocou o próprio peitoral e fez um bico de que havia se convencido. Daniel puxou ele para perto do seu corpo... Deixou o rosto do amigo a centímetros do seu.
— Você é um sonho sabia?
Ricardo foi fechar os olhos para beija-lo mas Daniel deu um grito que assustou Ricardo, que já não era mais o Ricardo, Alex tinha voltado no meio do susto.
— O que aconteceu?
Daniel corou.
— Nada, vamos continuar...
Daniel mentiu para abafar o quase beijo.
— O que aconteceu? Cadê aqueles idiotas?
— Bem longe de nós.

Daniel continuou caminhando, dessa vez, mais quieto.
— Você se machucou na correria, né?
 — Eu tô bem Alex...
Daniel cortou o amigo.
Os dois continuaram caminhando, quietos, com o silencio mais constrangedor possível.
— Me desculpa por gritar com você, Alexander.
— Você tava nervoso, eu te entendo. 
Daniel parou e se sentou num banco. Alex se sentou ao seu lado.
— Eu tava com medo...
Alex falou olhando a paisagem a frente.
— Do menino lá trás?
— Não, de você.
Daniel olhou para Alex com repreensão.
— Como assim?
— Antes... Na missão.
Daniel começou a sentir tontura.
— No começo, você era legal. Eu até...
— Eu fui babaca, eu sei. Peço perdão.
— A gente quase morreu. Eu quase te perdi.
Alex respirou fundo.
— Amigo.
Daniel segurou a mão dele.
— A gente tá aqui.
Daniel viu uma lágrima escorrer no rosto do amigo. Com a ponta do dedo, limpou. 
— Eu não devia tá lá. Mas eu estava Dani. Eu não queria...
— Nem eu Alex.
Alex fechou o pulso e respirou fundo.
— Eu tô aqui, com você... Eu não vou deixar nada te machucar, eu prometi pra Liz e pro Thiago. 
Alex olhou pro amigo e sorriu.
— Obrigada.
Por milésimos de segundo, Daniel desviou o olhar para a boca do amigo, balançou a cabeça. Queria evitar certos pensamentos.
— Esta na hora de voltarmos. 
Daniel se levantou, Alex ficou mais uns segundos sentados até Daniel estender a mão.
— Vem Alex.
Alex levantou o olhar e seus olhos encontraram os de Daniel.
— Obrigada Daniel.
Alex segurou a mão do amigo e ele se levantou, ficando frente a frente do outro. 
Alex sendo um pouco mais alto, fez Daniel e ele se encararem e corarem, mesmo nervosos, continuaram se olhando, Alex até ousou se aproximar um pouco.
— E-eu, acho-o que deviamo-os ir, Alex.
Daniel falou se afastando no mesmo instante.
— sim, devíamos. 
Eles saíram daquele momento constrangedor e continuaram o caminho para voltar ao hospital.
 Quando estavam na esquina do hospital, estavam passando por um beco, Daniel parou e olhou para o beco escuro, Alex olhou pra trás e viu o amigo paralisado, olhando para a escuridão. Se aproximou do mesmo e tocou seu ombro.
— Dani-- Você tá bem?
Daniel olhou pra ele com um ar de medo, mas tentou disfarçar.
— Todo esse tempo, você pensou sobre eu morar com você. 
Alex olhou para onde o amigo olhara. 
— Sendo sincero, pensava que tinha esquecido isso. Do que cê tem medo?
— Alex, eu te peço...
— Eu vou pensar, eu prometo. Agora vamos.
Falou puxando ele pelo braço.

O que Daniel viu no beco? Não procure saber, não procure respostas, você vai se arrepender, e você sabe disso, mas eles não.