Adeus...

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Antes de se levantarem.
— Eu quero tacar fogo nesse lugar.
— Precisamos investigar...
— Não, o Veríssimo nos contratou para por um fim nesse lugar, em tudo. Vamos colocar fogo, foda-se.
— Daniel...
— Alex...
Daniel se levantou e estendeu a mão para o outro.
— Seria ótimo se a ordem desse arma de fogo.
— Essa ideia de novo?
— Não é uma má ideia.
O telefone tocou no bolso de Alex.
Ele pegou, era uma mensagem.
" Alexander, isso é um ser de lodo, não encosta, você pode colocar fogo para acabar... Mas pode se resolver de outro jeito. Investiguem."
Alex leu mostrou a mensagem para Daniel.
— Investiguem... Leu a mensagem?
Daniel revirou o olho.
— Então vamos logo. Quanto menos tempo aqui, melhor pra mim... Melhor.
Daniel falou respirando fundo e andando lentamente para dentro daquele lugar, Alex parou e ficou observando ele se afastar.
— Ele é tão frágil...
Sorriu. 
— Preciso cuidar dele, no fim das contas.
Ele seguiu os passos de Daniel e também entrou no Museu.
— Ei, esqueceu a espingarda.
Alex falou estendendo a mão que segurava a arma.
— Obrigada.
Alex aproveitou e deu um beijo na bochecha suja do mesmo.
— Vamos continuar.
Ele seguiu por outra sala, parecia ter muitos quadros queimados e rasgados.
 — É estranho como esse lugar é tão vazio, não é Daniel?
— Sim. Parece que já fizeram uma varredura.
Era incrível como parecia ter algo chamando eles, pedindo para que eles estarem ali. Daniel passou a frente do namorado. 
— Toma cuidado Daniel. 
Ele passou por uma coluna grega e viu nitidamente mais daqueles veias viscosas se arrastarem pelo chão. Ele parou. Alex percebeu.
— O que foi?
— Tem mais daquilo por aqui. 
— Vamos seguir?
— Não podemos ignorar, né?

Alex e Daniel seguiram mais daquele troço nojento, Daniel até ousou pisar em um, explodindo em lodo.
— Cuidado com o lodo, Daniel.
— Eu tô tomando. 
Logo viram outro "coração" de lodo preso em outra parede.
— O que são essas coisas?
Alex perguntou.
— Não sei, só sei que não aguento mais.
Falou dando um tiro de espingarda no coração, o perfurando.
— Daniel!!
Alex gritou o alertando.
Um barulho saia daquele treco. Era como se estivesse se corroendo e se desgastando.
O chão começou a rachar e a cair pedaços do teto.
— Mas que porra é essa, Daniel??
— Não sei...

Alguns zumbis de sangue, 5 no total, surgindo de outra porta andando lentamente em direção a eles, Alex tirou as duas pistolas dos coldres e atirou sem medo para os monstros, alguns tiros foram fatais e outros passaram raspando, uma parte do teto caiu em cima de um zumbi, o espremendo contra o solo. Daniel continuou ignorando aquela cena e atirava no coração. 
— DANIEL!! PARA COM ISSO!!
Alex falava enquanto andava de costas para ficar distante dos zumbis até tropeçar e cair raspando num vergalhão e fazendo sangrar.
— Arrh...
Um zumbi pulou em cima dele, mas como reflexo ele deu um tiro dentro da boca do monstro.

—Daniel!! Pelo amor de Deus!!! 
Daniel olhou pra trás e viu o mesmo jogado no chão e com uma mancha de sangue no moletom amarelo.
— Alex-- 
Ele correu em direção ao mesmo.
— Desculpa, desculpa... Me perdoa.
Falou levantando o namorado enquanto examinava o arranhão.
— Talvez depois, eu falei para não atirar naquela porra.
— Agora a gente já sabe que esse negocio é o que mantem o museu em pé. 
— Você é teimoso.
— E você é chato. 
— Não é você que tá sangrando.
— Desculpa, vamos ir para um lugar seguro.
Daniel colocou Alex no seu braço e foi para uma sala distante e que parecia estar mais calma, o deitou no chão e puxou o kit de primeiros socorros.
— Tá ardendo...
— Mas vai passar...
Alex derramava algumas lágrimas.
— Me perdoa Alex...
Daniel falou encarando o rosto do negro que estava sujo.
— Tá Daniel, está tudo certo.
Daniel sabia que ele ainda estava chateado com sua teimosia, após terminar o curativo.
— Qual é o plano?
Questionou enquanto se sentava a frente de Alexander.
O maior respirou profundamente enquanto pensava.
— Precisamos destruir todos os supostos corações para poder revelar o que está por trás deles.... Precisamos examinar os dois andares e localizar todos esses corpos. Sugiro que nos separemos.
Alex olhou fixamente para os olhos do outro.
— Já quer terminar?
— Que?
— Nada, esquece kkkk
Alexander se forçou a entender o que Daniel havia dito:
— Você é um idiota sabia?
Daniel ria da cara do maior que corou.
— E você me ama.
— Você estragou minha concentração investigativa.
— Eu não podia deixar essa chance passar.
—Vai se foder, Daniel.
Depois de Daniel rir mais um pouco, Alex se levantou sozinho.
— Eu procuro aqui em cima. Você procura lá em baixo.
Falou ligando a escuta e se afastando.
— Nossa que rancoroso. 
Daniel viu ele se afastar e se viu obrigado a descer a escada se não quisesse levar um tiro. 

Daniel desenhou no caderno as salas onde tinham os corações e Alex usou a cabeça mesmo, os dois viram alguns poucos zumbis e foi fácil mata-los, difícil era saber mesmo se eram as crianças ou policiais, ou até os próprios ocultistas. 
Eles se encontraram na sala principal do museu.
— Fizemos a limpa, terminou nosso trabalho, num era pra ser só isso Alex?
— Precisamos terminar esse problema.
— Se falarmos pro Verissimo ele pode mandar uma equipe mais experiente.
— Se falarmos, pode demorar o tempo suficiente para acontecer algo com o Museu. 
— Por que você tem tanta certeza?
— Por que você deu um tiro em um dos corações.
— Okay, você tem um ponto, mas antes de qualquer coisa, diz pro Verissimo que vamos fazer isso, e ele vai poder vir com suporte.
— Tá.
Alex tirou o celular do bolso e mandou a mensagem para a Ordem.
— Vamos esperar?
— Acho que deveríamos já pensar no que fazer.
— Que tal, tacar fogo?
— Tem gasolina?
— Tem um tanque reserva no porta malas do carro.
— Pode ir buscar?
— Se você me der um beijo, talvez. 
Daniel falou dando um sorriso.
Alex fechou o olho e deu um selinho, mas Daniel segurou seu corpo para demorar mais aquele momento, Alex não resistiu, se entregou ao momento. 
— Eu te perdoou Daniel..
Falou no fim do beijo.
— Eu também te amo.
Daniel falou se virando para a saída, indo buscar o tanque. Alex sentiu algo no beijo, algo diferente, mas se negou a falar algo para Daniel. Que voltou tempo depois com o tanque. 
— A equipe disse que está quase chegando. 
Alex falou.

Coração Esmeralda || Danilex 🌸✨Onde histórias criam vida. Descubra agora