Daniel e Alex já estavam devidamente equipados, saíram devagar e silenciosamente da van, atravessaram a rua deserta - Depois de todos os incidentes que ocorreram, as ruas perto do Museu foram abandonadas, gerando um ar mais tenebroso.- Eles chegaram até o portão.
- Será que dá pra abrir?
Alex falou mexendo no cadeado.
- Sai da frente.
Daniel falou apontando a espingarda para o cadeado, rompendo ele.
- Acho que agora dá.
Alex sorriu e empurrou o grande portão.
- Entra.
Alex e Daniel entraram no grande campo que circulava o Museu inteiro. Era tudo muito vazio e quieto, perto do chão, uma fina neblina indicava o paranormal.
- Aqui está muito assustador mesmo.
Alex falou se juntando mais ao companheiro.
- Estamos fudidos...
Daniel engoliu seco.
Após uma pequena caminhada, eles estavam na frente da antiga porta de madeira do museu. Toda queimada e destruída.
- Vê se você consegue ver algo pé janela, Daniel.
Alex falou tirando o celular do bolso para enviar à Ordem os primeiros registros da missão.
Daniel foi a janela mais próxima e ligou a lanterna no vidro, o museu parecia estar calmo, ele voltou.
- Tudo calmo, Alex.
- Pronto, enviei.
Daniel se posicionou na frente da porta.
- Vou abrir.
Daniel falou pegando a maçaneta.
- Espera.
Alex colocou a mão por cima do outro.
- O que foi?
Alex olhou no fundo de Daniel.
- Você sabe que... Depois dessa porta, a gente vai passar pelo o que a gente já passou outra vez, e tudo que a gente já viveu.
Daniel começou a suar frio.
- Mas eu quero que você saiba que eu estou aqui com você, até o fim dessa missão... E pra todo sempre, tá??
Daniel soltou a maçaneta e colocou no rosto do outro.
- Pra todo sempre?
Alex encostou sua testa na do ruivo.
- Pra sempre. Eu te amo.
Daniel riu.
- Depois de hoje, eu te pago um sorvete.
- Eu aceito....
Eles entraram no Museu. As lanternas passavam iluminando subitamente as bijuterias antigas, queimadas e desgastadas com o tempo.
A neblina era densa e o cheiro era insuportável.
- Onde vamos começar a investigar?
- Vamos começar por aqui mesmo.
Daniel e Alex foram andando pela sala.
Pelo chão, tanto lixo, era difícil ver as coisas com a neblina. Podia se ver muitos entulhos de coisas de antes e depois do incêndio.
Era difícil distinguir. Alex olhava os papéis que por um acaso estavam por aí.
- Panfletos...
Era panfletos de algum passeio de escola, havia muitos, mas todos muito desgastados.
- Estranho.
Daniel encontrou algumas coisas que podiam ser dos exoterroristas, coisas de rituais e etc.
Daniel tentou procurar mais.
Achou alguns fios negros estranhos, com se fossem veias pulsantes.
Ele se afastou.
- Alex você precisa ver isso.
Alex se aproximou.
- O que houve?
- Olha isso.
Falou apontando para as veias.
Alex se ajoelhou e olhou mais de perto.
- Parece algo vivo.
- Vamos seguir??
- Podemos fazer isso mesmo.
- Estão vamos mesmo.
Enquanto seguiam, puderam ouvir a respiração de mais alguém no ambiente.
Foram andando com cautela, Daniel passou a frente, ao atravessar a porta.
- Atrás de mim, Alex.
- Tudo bem, mas toma cuidado...
Daniel parou na frente de uma porta de onde as veias negras, que agora estavam espessas e gigantes saiam.
- O que pode ser isso????
Daniel olhava assustado.
- Eu não sei... Não sei... Não vi nada disso nos arquivos da Ordem, só pode ser algo muito recente...
Daniel suava frio, tateou a arma.
Num golpe forte, ele deu uma bicuda na porta e apontou a arma.
A sala aparentemente vazia, nas paredes era dominada das grandes veias viscosas, e na parede da frente, um grande coração negro pulsante parecia dar vida.
- Mas que porra.
Daniel falou entrando na sala com um pé, Alex segurou ele pelo braço e o puxou.
- Espera!
Quando virou, rapidamente viu um zumbi negro atrás de seu companheiro pronto pra atacar. Em um movimento involuntário ele apontou o cano de sua espingarda para o mesmo. Atirou. As balas passaram por cima do ombro de Alexander, explodindo o rosto do outro.
- Daniel!!
Alex gritou e se assustou com o zumbi.
- O que é isso???
- Um zumbi...
Alex olhava fixamente para o zumbi enquanto Daniel se aproximava do que parecia ser o coração.
- Será que ele morre se eu der alguns tiro?
- PARA DE ATIRAR EM TUDO!!!
- Funcionou uma vez, né??
- Vamos usar o cérebro alguma vez em vez da arma???
Alex segurou a mão dele.
- Vamos com calma. Vamos deixar isso aqui, vou tirar uma foto pra mandar pro pessoal da Ordem.
Ele sacou o celular do bolso e tirou uma foto.
- Então senhor esperto, o que você acha que devíamos fazer com isso?
- Por enquanto nada, mas vamos olhar pra outras partes do Museu.
Daniel foi o primeiro a sair da sala, pisou propositalmente no zumbi:
- Não tenta pegar o Alex de Nov, viu, filho da-
- Tá falando sozinho é?
Alex passou na sua frente.
- Nã-não.
Ele corou, seguindo o mesmo.
Foram adentrando mais naquele local.
A neblina parecia mais densa.
O frio deixava aquele lugar mais assustador.
Daniel se aproximou de Alex.
- Quer meu casaco?
- Eu já tô de moletom...
- Mas não tá ajudando.
Falou apontando pro mesmo que aquecia as mãos.
- Daniel, isso não importa...
- Claro que importa Alexander, se você gripar eu que vou ter que cuidar de você.
- Eu não vou gripar, seu bocó.
- Vai logo, continua a investigação.
Eles continuaram a andar.
Encontraram uma sala, parecia muito diferente de todo o museu, era pequena e não tinha registro de nenhuma peça lá.
Parecia ser a secretária, que com certeza estava sendo usada pra algo de rituais, o sangue espalhado pelas paredes era muito aparente, parecia que não tinham medo de mostrar o que faziam.
Tinha uma mesa bem no canto da sala, parecia ter alguma coisa importante, Alex foi andando pra mesa enquanto Daniel anotava os símbolos no caderno e ficava de guarda da porta.
Alex começou a vasculhar a mesa, pegando papéis que estavam muito mais conservados que todos os outros.
Um pequeno livro caiu da mesa enquanto ele passava a mão.
- Achou algo??
Daniel falava na escuta. Alex ignorou.
Se agachou e pegou o livro, passou a mão para limpar o livro.
- Daniel, acho que você vai querer ver isso.
Daniel se aproximou.
- O que---
Daniel paralisou, vendo nas mãos do outro... Aquilo que mais o aterrorizava.
- Alex larga isso...
Falou dando um passo atrás.
- "O espreitador e outras histórias de terror... Por Daniel Hartmann..."
Ele leu o título.
- Eles torturavam as crianças com suas histórias para assusta-las e enfraquecer membrana...
Daniel estava paralisado olhando para o livro, ele podia ver, agora com nitidez, frases dos livros escritas com sangue nas paredes, páginas penduradas... Uma sala de tortura.
-... Tudo faz sentido, eles enfraqueceram a membrana e pra ninguém descobrir do desaparecimento... Queimaram esse local....
Alex falava sozinho enquanto Daniel saia devagar da sala, sem piscar... Sem olhar pra nada.
Ele era, indiretamente culpado. Sempre ele. Isso era a vida dele.
- E-eu... Eu-eu, não consi--sigo...
Ele soltou a espingarda no chão, sua vista se encheu das lágrimas que negava derramar.
- Daniel!!!
Alex pegou a espingarda e saiu correndo com tudo seguindo o menor.
Aquilo não podia acontecer.
Daniel abriu a porta com força, foi correndo até tropeçar numa pedra e cair de joelhos no chão.
- Sai... Sai... Para de me perseguir...
- DANIEL!!! PARA!!!
Alex se sentou no chão do lado de Daniel que engolia as lágrimas.
- Dani... Dani...
- Ele me persegue... Ele me persegue.
- Quem te persegue? Fala pra mim...
- Tudo... Tudo que eu fiz... Isso.
Falou apontando para o livro.
- Tantas coisas me perseguem...
- Daniel. Sei que é difícil - segurou sua mão. - Mas você precisa deixar seu passado no passado. Tudo que ficou no passado. Está no passado. Não vai te machucar.
- Então por que isso sempre volta?
- Por que não é passado, é você. Você vai lutar, você é forte.
Daniel se aninhou no corpo do outro.
- Você é especial pra mim Daniel, eu preciso que você seja forte.
- Você vai cuidar de mim?
- Vou.
- Como namorado.
Alex se calou.
Daniel levantou o rosto curioso.
Alex o encarava, tentando sorrir.
- Melhor não né...
Daniel falou desanimado.
- Você tinha tantos dias pra me pedir em namoro. E você me pedi isso numa missão. Você não é nada romântico.
Beijou ele.
- Te amo, tá.
Daniel deitou no corpo do outro.
- Eu também...
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Coração Esmeralda || Danilex 🌸✨
FanficE se... Eles ainda estivessem vivos? Se eles tivessem sobrevivido? Se a vida desse pra eles uma nova chance? . " It's not your fault I ruin everything And it's not your fault I can't be what you need Baby, angels like you can't fly down hell with me...