yeji and his beautiful eyes.

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"Existe um pássaro que acha que morre sempre que o sol se põem. De manhã, ao acordar, ele fica chocado de ainda estar vivo. então canta uma linda canção. Eu canto todas as manhãs desde que te conheci. - Inquietos. "

Hwang Yeji.

Deixei o livro aberto ficar sobre minha barriga enquanto eu me perdia em tantos pensamentos, que pra falar a verdade eu não estava nenhum um pouco acostumada. Fazia dias que eu estava me sentindo estranha, bem mais do que eu já era. Mas pra mim, tudo o que eu fazia, já era completamente normal.

Me levantei da cama quando deixei o livro ao lado e empurrei as pernas para ficar sentada a beira do colchão macio. Aquela sensação de desespero se alastrando tão comum como todas as outras vezes. Suspirei pesadamente tentando acalmar as batdas do meu coração contra o peito, tentando conter a vontade ensandecida de me levantar e ir limpar as minhas mãos. Já estavam limpas!

Não estão! Qual foi a última vez que você trocou esse curativo?

Franzi o cenho com aquela pergunta que minha mente empurrava ao meu inconsciente, me fazendo levantar em um pulo só. Em passos afobados, eu empurrei a porta do banheiro do meu quarto tentando não tocar em nada. Puxei a pequena porta do espelho, tirando os pequenos produtos que sempre usava para desinfeta-las.
Na mesma afobação, eu consegui desfazer a atadura uma de cada vez, tendo minhas mãos livres para respirar e poder ver como estavam meus machudos. Estavam do mesmo jeito de sempre. Nunca melhoravam ou pioram, era um estado que havia estagnado já. Liguei a torneira, colocando um pouco de sabão entre elas e as lavei, sentindo arder no fundo da minha alma. Depois de limpa-las direitinho, peguei o desinflamatorio e espirrei nas palmas, dentro dos pequenos machucados e feridas. Não queria pegar nenhuma infecção, muito menos morrer por causa daquilo.

Rapidamente, as enfaixei com novas ataduras em ambas, podendo respirar fundo e me acalmar quando sai do banheiro, bem melhor agora.

Já foi, Yeji, nós já estamos limpos.

Sorri suavemente e peguei o livro que havia terminado, colocando na prateleira onde a maioria deles ficava. Ela estava perto da janela, me dando visão do jardim pela frente de casa em baixo da árvore e a rua, também me mostrando a residência da frente, aquela que por diversas vezes me peguei olhando para lá. Não para aquela casa esquisita em si, mas sim para o quarto da frente no segundo andar, onde eu podia vê-la.

Acho que posso tentar começar a explicar porque eu estava me sentindo tão estranha.

Fazia três semanas que, repentinamente, Ryujin se aproximou de mim e Hyujin. Eu não era muito fã da companhia dela, para ser sincera. Isso no início, porque Ryujin tocava nas coisas e pessoas, falava muito, andava naquele skate de rodas sujas e vivia sempre com alguma machucado. Essa última parte sempre me deixava muito curiosa, mas não a ponto de tentar puxar algum assunto a mais com ela.

Mas dado os últimos dias e a última semana, eu passei a aturar sua pessoa. Ryujin era muito só, fora o fato de eu só ver sua irmã apenas no fim do dia. Ela sempre parecia estar estressada ou cansada de tudo, mas Ryujin sempre falava muito bem dela e era possível se ver o orgulho que ela tinha da irmã em seus olhos. Também havia uma outra garota que morava naquela casa monstro, Park alguma coisa e era namorada de Lalisa. Ela parecia ser a mãe da casa.

Eu observei tudo aquilo por ficar quase horas na janela do meu quarto observando a rua. Sim, eu observava a rua, não Ryujin. Porque eu poderia perder meu tempo com ela? Chegava a ser hilário apenas aquele pensamento.

Havia feito uma amiga na escola nova, ela se chamava Yuna e era o oposto de mim. Não sei porque nós nos aproximamos. Ela era carinhosa e sem eu precisar dizer, ela respeitava o meu espaço.

Amor em meio ao caos. (ryeji, itzy)Onde histórias criam vida. Descubra agora