Por uns cinco segundos eu prendo minha respiração para tentar assimilar o que estava acontecendo.
Sangue.
Tiros.
Gritaria
Jesus me socorra.
Rico está dentro meu quarto trocando tiro com sei lá quem na rua.
Na sua perna esquerda está sangrando muito, percebo que ele esta meio fraco.
Ele rapidamente fecha a janela e deita do meu lado. Que eu nem ao menos pensei em levantar e ir ajuda -lo.
Rico geme de dor ao meu lado, coisa que está me irritando.
Mas, acabo entrando em desespero.
Ele pode morrer no meu quarto, logo no meu tapete felpudo que eu mais amo.- Vai ficar aí com essa cara banana amassada porra? Vem me ajudar caralho. - diz irritado e com careta de dor, puxando uma blusa branca minha da cadeira e enrolando no seu ferimento. Porra, tinha que ser a blusa branca?
- Eu não sei o que fazer Rico.
- Tem nada que eu possa passar aqui não?
- Tem, vou pegar.
Vou me arrastando para o banheiro, ainda abaixada eu pego uma garrafinha de álcool.
Volta rapidinho para o quarto e destampo o ferimento que jorra sangue na minha cara, o que faz Rico dar risada, mas não presta atenção no que eu faço. Abro a garrafa e jogo tudo de uma vez no seu ferimento.
Tenho que me afasta correndo dele pois ele começou a se bater como uma lacraia quando é pisada.
- aí caralho, buceta inferno que porra Aruna, puta que pariu.
- Não xinga!
- Não xinga meu pau, esse caralho ta ardendo demais, porra.
Dou um risinho, era obvio que Rico estava fora de risco de morte, o que me traz um grande alivio, pois apensar de tudo eu me apaixonei por ele e ele vai ser pai.
E, aquele sofrimento dele me deixa um pouco satisfeita, como se fosse o pagamento de tudo que eu senti essa semana de lixo depois de ele ter me abandonado.
Naquele mesmo dia, uns vapos vinheram e levaram o Rico para o postinho do morro. E eu não soube mais dele.
Assim que parou os tiros minha mãe veio no meu quarto e se surpreendeu em ver o Rico estirado no chão do mesmo. Com calma eu expliquei a ela que ele pulou a primeira janela que viu e assim ficou, já que eu não podia fazer muita coisa.
Mais tarde, veio um cara na minha casa, dizendo que tinha uma entrega para mim, estranhei, pois aquele cara era do movimento e que fazia a segurança do Rico no dia do baile, até que o mesmo me esclareceu que era uma recompença do " patrão" por eu ajuda - lo.
Eu procurei negar, pois eu não queria aquele dinheiro sujo. Mas, o garoto disse que Rico poderia mata -lo.
Com o medo de se a culpada da morte daquele garoto, eu aceitei.
Quase cai dura em ver a quantia tinha ali.
20,000 mil.
A firma é forte mesmo!
***
Olá, me desculpem.
Minhas aulas voltaram e com isso veio muitos trabalhos a serem feitos e acabei deixando o livro de lado.
Minha semana está sendo muito corrida e isso me atrapalha muito.
Esse cap está bem curto, mas foi feito com muito carinho.
Obrigada a todos que estão votando, e ao que só visualizam, por favor, deem estrelinha e interagem, me sinto bem em saber que vocês estão gostando.
Um xxxxxxeiro em todos e fiquem com Deus.
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No alto da Rocinha [ PARADA]
RomanceAruna é uma menina frágil demais para a pouca idade, e sonhadora demais para pouca oportunidade. Seu jeito gentil sempre foi seu ponto forte, e onde ela passava sempre arrancava suspiros dos homens, e até mesmo de algumas mulheres. A morena sempre...