CAP 8 : Aruna.

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Sinto meu coração parar quando sinto a respiração acelerada dele no meu rosto. Parece que correu uma maratona.
Seu perfume me invade, me sinto fraca. É incrivel como o Rico mexe comigo, nenhum homem mexeu com o meu corpo da mesma forma que o Rico mexe com ele. E ele sabe disso.

Estava sem camisa, deixando seu peitoral e barriguinha trincada amostra exibindo suas tatuagens. Em seu rosto, com o boné para trás, presto atencão nas tatuagens que ele tem, uma cruz, típico de bandido, em cima de sua sombrancelha bem feita, tinha uma frase. Em seu nariz tinha um piercing em argola, igual na sombrancelha. O homem é lindo.

- Acabou sua varredura? - diz com um sorrisinho de ladinho convencido.

- É ... Hum... O que .. Quer ? - digo com vergonha.

- Você. - E eu quero você. Mas não vou me render.

- É... Não dá. To atrasada. - Digo tentando sair do beco. Mas, é muito estreito e só cabe nosso corpo, e ele se aproveita disso me prendendo mais na parede.

- Vai para aonde ? Tu ta vindo de onde ? - diz nervoso. Rico muda de temperamento tão rapido.

- Para escola. Tenho que ir em casa. - digo rápido querendo sair dali logo.

- Ta fugindo de mim?

- Na..Não. - ta gaguejando porque caralho.

- Ta sim. Não quis dormir comigo, não me responde. Por que ? Eu te machuquei ontem ? - fala me prendendo mais na parede. Jesus, vai me afundar na parede.

- Não me machucou, a nossa noite foi ótima. Eu não vi mensagem sua. - minto. De manhã realmente tinha uma mensagem dele. - Eu tinha que trabalhar hoje, por isso não fiquei. Eu tenho que ir.

- Fica comigo essa noite. - Pede, com uma carinha de safado.

- Não dá. - Ele bufa. Ta perdendo a paciência. Eu já estava com isso na cabeça, não iria render para ele. É casado, é furada! Não quero me machucar nessa. Vou seguir meu caminho.

Me sinto quente quando ele começa a dar beijinhos no meu pescoço, aperta minha cintura. Vai subindo os beijos pelo meu queixo, bochecha e finalmente chega na minha boca, me roubando um beijo de lingua. Sinto seu hálito quente misturado com o gosto da cerveja. Sua lingua dança com a minha, como se fosse já ensaiado. Um beijo de possessividade, como se tivesse marcando território, é uma forma de dizer que estou no seu nome. Me rendi a ele, mas não queria isso. Esse homem está me enlouquecendo, estou caindo no papinho dele, sei que vou me ferrar.

Interrompemos o beijo por falta de ar, mas Rico foi descendo os beijos pelo meu pescoço, abaixando um pouco o decote da blusa e me dando mordidas e chupadas no meu colo.

- Rico, para! - Mando, mas minha voz sai manhosa e fraca. - Rico! Tenho.. Que.. Ir - falava com dificuldade, já sentia minha intimidade quente e molhada.

- Porra, quero te comer de novo, sentir sua buceta apertadinha esmagar meu pau, te ouvir gemer. - Sussurrou no meu ouvido, me deixou fraca. - Você me deixou louco morena, tô viciado em você igual drogado é viciado em crack. - Disse olhando nos meus olhos, consigo ver sinceridade e desejo. - Mas tá tranquilo, cê ta fugindo de mim, vou te dar um tempo. Mas ta ligada já - Olhou bem dentro dos meus olhos e completou - Ta no meu nome já. - e saiu. Me largou e saiu. Sem olhar para trás, me deixando com as pernas bambas e louca de tesão.

Procuro me recuperar e saio do beco. Vou para loja, encontrando moradores no caminho, vou cumprimentando todos.

Chego, finalmente, na loja.
- Oi mãe! - disse meio ofegante.
- Oi filha. Ta bufando igual búfalo porque ?
- Foi a subida mãe. - Eu não vou dizer que o traficante que tirou minha virgindade me prensou em um beco.

- Cadê as meninas? - Pergunto notando que elas não estão na loja. Só tem uma mulher loira, de vestido tubinho e salto alto, no canto da loja vendo umas roupas no cabide.

- Jojo foi lá atrás pegar umas encomendas da moça ali, e Lili foi para casa, seu filho pequeno está doentinho. Aí liberei ela.

- Ah, tá. - Me sentei em um puff que tinha no canto. - Estou moida, queria dormir o resto do dia.

- Também, não ficou em casa o final de semana inteiro. - Falou com um olhar de deboche. - Filha, deixa eu te apresentar - disse chegando perto da mulher - Essa aqui é a Valéria - A mulher me lança um sorrisinho de ladinho, falso, enquanto levantava a mão para me comprimentar.

- Olá, Aruna certo? - disse me olhando de cima abaixo, metida.

- Isso mesmo, prazer! - como posso ser falsa também, dei um sorrisinho de ladinho a olhando de cima abaixo.

- Sua mãe falou muito de você, disse que iria vir morar com ela, ficou toda feliz. - comenta olhando sorrindo para minha mãe, agora, sendo verdadeira. Valéria é uma mulher bonita, peituda siliconada, com a cintura bem marcada e um bundão, de longe percebe que é fruto de academia. Seus cabelos longos e loiros em um corte reto, mega hair. Sua roupa é um vestido vermelho estilo midi tubinho curto, já vi dele aqui na loja. - Ela me disse que você faz unha !? - saiu dos meus pensamentos com a sua pergunta.

- Ah sim, faço.

- Quero marcar uma hora com você, você vem até a minha casa ?

- Claro!! Pega meu número com minha mãe, estou atrasadissima agora. Tchau!!

Nem esperei responder, sai em direção a porta que dá na escada.

Entro no meu quarto ja tirando a roupa, e abrindo meu quarda roupa, pego a farda e vou para o banheiro.

No banho, coloco minha depilação em dia e acabo lavando e hidratando meu cabelo. Desligo o chuveiro e me seco. Visto minha roupa e coloco um tenis preto. Deixo meu cabelo secar naturalmente, passo apenas desodorante.

Arrumo minha mochila, pego meu celular e vejo a hora. 17h45 minutos. Jesus cristinho, tenho que está na escola as 18h.

Pego um dinheiro, para pagar um moto taxi.

Desço até a loja e minha mae já está fechando a mesma.

- To atrasada maezinha, fuiiiiiii. - sai correndo.
- TCHAAAAAAAAAAU - escuto o grito de minha mãe.

Na esquina da loja tem um ponto de moto taxi, vou em direção a esse ponto.

- Iai novinha, Moto taxi??

- Simm, quanto é para ir até o Baker ali em baixo.
- 5 pila e um lanche com tu. - acabo rindo da forma que ele fala.

Até aceitaria o lanche, mas, to correndo de problema. - Ixiii, o lanche vou passar ein.

- Pode vim comigo, gata. - disse um garota, da onde ela saiu que eu não vi? - Te deixo lá por 5 conto.

- Bora então. - subo na moto, por ser uma mulher não vejo problema e me segura nela.

Cheguei lá em baixo tontinha e descabelada.

A mina desceu o morro igual bala.

E eu ? Se levantasse o braço Jesus me puxava logo.

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Me falem, estão gostando ?

No alto da Rocinha [ PARADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora