CAP 20 - Aruna

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Aruna

Sabia que estava encrencada só pelo olhar de Rico.

Por isso fiz com que o caminho da minha casa seja mais demorado que o normal.

Infelizmente eu fui a primeira a chegar em casa.

Passei pelo portão, já com a ideia de tomar um banho bem quentinho para cair na cama.

Passei pelo varal e peguei uma toalha e uma calcinha que eu tinha pendurado antes de sair.

Fui direto para o banheiro. Tomei um banho relaxante e cuidadoso por causa do meu braço.

Me pego pensando novamente no Rico e em sua proposta.

Não nego que eu estou tentada a ir com ele, mas, será que isso deve ser feito mesmo?

Termino meu banho e vou para meu quarto, deixo minha bolsa no chão mesmo e me deito, apagando logo em seguida.

****

Acordo assustada com um barulho na minha janela.

Era Rico.

Suspiro, sabendo que ele não vai estar fácil.

- Rico, o que faz aqui ? - Pergunta besta, eu sei, mas não sabia o que dizer a ele.

- O que eu faço aqui? Estava esperando alguém, ein? - diz alto bufando igual um boi bravo.

- Fala baixo, o que está dizendo?  - digo chateada pelo seu jeito de falar comigo, mesmo sabendo que esse seria seu comportamento quando viesse ao meu encontro.

Acontece que eu nunca me acostumaria com o comportamento explosivo dele, não entendia como ele poderia mudar de tal forma em tão pouco tempo. Esse é um dos meus medos!

- Estou dizendo que a minha mulher estava de risinho e papinho com macho na porra da rua. - diz tirando o boné e jogando na cama. - Onde você estava? Com aquele caralho de roupa curta? Por acaso você NÃO SENTE FRIO? - Iih surtou.

- Rico pode abaixando a bola, tá legal. - Falo me levantando para ficar frente a frente a ele.

- Ah tá legal, vou abaixar minha pica porra.
Onde você estava?

- No bar do Jorge.

Rico deu um risinho de deboche, mais ainda podia sentir seu ódio junto com seu surto de possessão.

Acreditava que Rico me amava e que nesse momento ele poderia sim estar com ciúmes,  com o fato de ter saído com essa roupa curta e que estivesse com Edu.

Mas conheço Rico o suficiente para saber que ele é territorialista, que não aceitava que ninguém chegue perto ou fique com algo que seja seu, que nesse caso sou eu.

Rico mataria quem pisasse em seu caminho tentando tomar algo dele ou impedisse de ele ter algo que tanto quer. Esse é o meu outro medo.

- Quis sair com aquele viado? - diz se aproximando.

- Amor, eu só sai com a Jojo.  - suspirei, abaixando a guarda - Faz meses que não curtia com ela, precisava desse momento.

- E precisava de um momento com aquele pau no cu. - diz puto se jogando na cama.

- Não Eduardo. Eu não imaginava que iria encontrar ele lá. - me sento ao seu lado. - Edu encontrou a gente e fez companhia, e conversamos apenas isso. - digo suspirando - Olha, eu não vou ficar dando explicações para você, ta legal?

O olhar do Rico para mim é totalmente de fúria, eu não entendia o porque de ele estar agindo dessa forma com uma coisa tão besta.

O que me deixava com mais medo era que, Rico estava normal, ele não estava sobre efeitos de drogas, nem com cheiro de maconha e bebida, esse não é o Rico, esse é o Eduardo.

Em um movimento rapido Rico me joga na cama e me prende. Sinto que a qualquer momento meu peito vai sair pela boca.

- Você me deve satisfação, você é minha! - abaixa o rosto e cheira meu pescoço - Minha mulher. - sua mão direita sobe até o meu pescoço e aperta. - Se eu pegar você de novo com aquele pau no cu, ele vai rodar, na. sua. frente. - Seu olhar era de pura posse e fúria, mas, mesmo assim me sentia excitada com sua pegada. Ele abre as minha pernas e sua mão esquerda vai até a minha calcinha e a coloca para o lado. - Eu fui bonzinho demais com você, hoje você vai implorar para ser fodida pelo meu pau, vou deixar bem explicito que você é só minha, pocahontas. - Eu podia jurar que tinha gozado na calcinha.

Na verdade, eu gozei.

No alto da Rocinha [ PARADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora