Capítulo 16

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Aconselho a ouvir a música durante o capítulo para uma melhor amplificação das sensações.
Tenham uma boa leitura :)
...

Oh, eu simplesmente não consigo parar
Quanto eu preciso pra me completar?
Isso é tão bom que só pode ser amor
— Colbie Caillat, You Got Me

EDA

Segurei a firme a alça de couro da mala de viagem, amaldiçoando o peso da bagagem ao arrasta-lá pelo chão. Parei, tentando frear a minha respiração ofegante. Eu não deveria ter tanta coisa assim.

Bufei. Malditas indecisões da moda!

Aposto que Serkan era decidido acerca do seu vestuário. Sempre elegante e bem vestido, deve ter escolhido cada peça precocemente, pensando em cada dia que passaria fora dos limites territoriais britânicos.

Serkan.

Esse nome em minha mente outra vez. Praguejei baixinho e fechei os olhos apertado, tentando desacelerar o ritmo dos meus pensamentos acerca dele, principalmente, sobre a noite de ontem. Em seus lábios quentes, macios e... Merda!

Quando acordei horas antes, meu cérebro já havia começando a arquitetar cenários diversos em relação à maneira de como eu deveria agir, se é que eu deveria agir. Porém, isso não queria dizer que eu estava pronta, embora ansiasse em vê-lo.

— Bom dia.— A voz de Serkan me recebeu na porta da hospedagem e me vi travar por um instante por sua aparição.

— Bom dia.— Prendi a respiração ao vê-lo tomar a mala de minhas mãos com uma facilidade impressionante.— Obrigada.

— Dormiu bem?

— Sim. E você? — perguntei sem jeito, colocando minhas mãos dentro dos bolsos traseiros da minha calça jeans enquanto o observava colocar a mala dentro do porta-malas.

— Ah, dormi muito bem, obrigado.— Ele coçou a nuca, hábito que descobri que sempre fazia ao estar sem graça ou envergonhado, e deu uma risadinha.

O olhar dele se prendeu em meu rosto. Seus orbes esmeraldas passeavam por cada milímetro de mim e senti-me aquecer pelo desejo ardente de que me tocasse. Umedeci os lábios e seu olhar baixou para minha boca e o escutei arfar, seu pomo de Adão mais evidente após engolir em seco.

Olhei para suas mãos agora abaixadas nas laterais de seu corpo grande tal como uma fortaleza e me vi tentada a me jogar em seus braços, porque sabia que lá encontraria o abrigo que tanto procurava e que agora eu conhecia bem.

Quando Serkan percebeu que seu olhar estava demorando-se tempo demais para o devidamente aceitável, desviou o olhar para qualquer ponto que não fosse o meu rosto e soltou um suspiro de alívio ao deslumbrar algo atrás de mim.

— Bom dia.— Ele refez seu caminho até a entrada.

— Bom dia! — Aydan exclamou sorridente, aparecendo mais animada que o habitual. E invejei por um momento esse seu bom humor matinal.— Bom dia, querida.— Ela beijou minha bochecha e me derreti diante de seu alento maternal.— Que dia lindo!

Concordei com um acendo e ajeitei-me no banco traseiro do carro após Serkan guardar a mala da mais velha e segurar a porta para a minha entrada.

— Ah, Eda! — Aydan chamou.— Você se importa de ir na frente? Eu realmente adoraria esticar um pouco as pernas aí atrás.

Pisquei, aturdida com o seu pedido repentino.

Depois dos curtos cumprimentos recentes entre mim e Serkan, encarei a distância do assentos como uma barreira protetiva. Mas agora, sentar ao lado dele...

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⏰ Última atualização: Nov 04, 2021 ⏰

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