Lei da Vida-Concerto Parte 2

595 17 2
                                    

Eram quase oito horas, liguei á Katte para saber se não se importava de jantar comigo, num restaurante perto do bar.

“Estou, El?”

“Sim, estou-te a ligar para saber se não te importavas de ir jantar comigo, é que eu ainda não comi nada.”

“Não, na boa vamos ao Friendly’s não são muito caros e fica lá perto.”

“Por mim tudo bem, então até já.”

O meu pai tinha-me deixado as chaves do carro no balcão, ele é que costuma andar com o meu carro, porque como se está a desfazer aos poucos e o meu pai é um medricas, não me deixa andar nele se não tiver outra alternativa. É bom o meu pai ser assim, pois como ele não gosta que ande num carro que seja um perigo para mim e para a humanidade, ele pondera muito bem em eu comprar um carro novo, e que tenha um sistema de segurança do mais alto nível. Enfim, o que posso fazer? Nada.

Peguei nas chaves, e dirigi-me ao carro ferrugento. Estava uma noite bastante agradável, não tinha nuvens e não havia nenhum sinal de que estivesse a aproximar uma chuva daquelas que tem dado nos últimos dias. Ainda bem pois assim posso conduzir descansada este monte de lata velha. Bem, demorava cerca de um quarto de hora a chegar ao restaurante e ainda não eram oito horas. Estava tudo a correr bem, tudo a tempo. Mas só de pensar que iria ver um concerto com a estupida, manipuladora, burra e falsa da Bree, quase que me dava um ataque de raiva.

Não gosto dela por variadíssimas razões, ela é: falsa diz que gosta de ti, elogia-te, e por trás diz precisamente o oposto. Tem muito dinheiro e por ter já se acha melhor que toda gente. Tem tudo o que quer, sem fazer o mínimo de esforço. Rebaixa as pessoas sejam elas quem forem. É a pessoa mais burra mas mesmo burra que já vi em toda a minha vida, copia sempre em todos os testes e obriga sempre os alunos mais espertos da turma que façam os trabalhos de casa dela, e caso ela tenha de entregar um trabalho faz exatamente o mesmo. E porque já me insultou a mim e á Dani. E porque, todos os rapazes de quem eu gosto ela põe sempre as mão em cima. Não sei como, mas ela consegue ter os rapazes todos que quer… Tento não lhe dar importância mas é impossível já que ela é impossível de aturar e completamente irritante o máximo que posso fazer é sair da beira dela e não frequentar os mesmo sítios que ela, se não, á fogo. E onde á fogo, alguém acaba por se magoar.

Cheguei aos Friendly’s a Katte já estava á minha espera dentro do restaurante. Cheguei á beira dela e dei-lhe o dinheiro para os bilhetes e ela agradeceu-me. O empregado chegou á nossa mesa e perguntou-me o que iri comer. Ainda não sabia muito bem, pedi o que me chamou mais a atenção. Como não tinha muita fome.

“Hum, era um bife bem passado com batatas fritas.”

“E o que vai desejar para beber, menina?” Disse o empregado meio nervoso, titubeando a ultima palavra.

Não entendi muito bem, o porquê do seu nervosismo se ele era um empregado de mesa já devia estar habituado a estas andanças.

Olhei para ele e respondi firmemente.

“Era uma cola se faz favor.” De repente os olhos do empregado de mesa eram-me familiares. Mas logo de seguida não me lembrei de quem era.

“Com certeza, já a trago.” Com um sorriso muito malandro despediu-se de mim.

Pronto o meu mundo acabou. Era o Helliot. Era o Helliot, e ele tinha-me acabado de ver vestida desta maneira que vergonha! Eu mal o conhecia e… Ah (suspirei). O que é que ele estava a fazer a trabalhar no restaurante? Será que me mentiu o sacana?

“El, está tudo bem?” Ela estava agora a olha para mim.                    

“Ah nada, não se passa nada.” Soltei uma gargalhada no fim para ela pensar que estava mesmo bem, mas o problema é que saiu uma gargalhada nervosa em vez de ser alegre e contagiante.

Lei da VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora