Lei da Vida - Esclarecimentos

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Hum… domingo, e lá fora chovia imenso estava mais frio que os outros dias parecia que uma tempestade tinha acabado de se instalar na cidade e tão cedo não se ia embora.

Desci as escadas, devagar para ver se o meu pai estava em casa ou se tinha ido ver o jogo de basquete, da equipa favorita dele. Não ainda estava cá, estava na garagem a dar uns retoques no seu chevy impala. Então decidi ir tomar um banho e depois ir comer, hoje acordei esfomeada. Como ia ficar sozinha, liguei á Dani para saber se ela queria ir dar uma volta.

“El, o Liam ligou-me a convidar-nos para irmos a um café perto da escola o Torres, sabes? É um café novo, e acho que o Luke também vai, o Liam convidou-o.”

“O Liam convidou o Luke para ir ao café connosco? A serio?” Tava parva porque é que ele fez isso, ele sabe que eu gosto do Luke vai ser tão constrangedor tipo a Dani a fazer-se ao Liam de corpo e alma e eu ali atentar conter-me com o Luke.

A Dani disse-me que falou com o Liam e admitiu que se sentia apaixonada por ele, o Liam disse-lhe que não sentia o mesmo por ela mas que podia lutar por ele pois nunca se sabe quando pode florescer o amor numa pessoa.  Então casmurra como a Dani é, não vai desistir dele tão cedo, não, se gosta dele como diz gostar.

  “Sim El, ele convidou-o porque o Luke perguntou se ele ia a algum lado no domingo então e o Liam para não ser mal-educado convidou-o. O que eu acho que fez muito bem, assim não ficas a segurar a vela chuchu.”

“Tens muita piada, sabes perfeitamente que fico muito nervosa na presença do Luke e tê-lo mesmo ali á minha frente a socializar vai ser constrangedor!”

“Não era para ter piada, podias era agradecer-nos por o convidar, se não ias ficar a chuchar no dedo minha cara!”

“Obrigada.” Disse com um desagrado patente na voz.

“Às três vê se estás pronta, eu vou-te buscar a casa, esta bem?”

“Sim, claro chuchu.”

Arranjei-me o melhor que pude, vesti uma saia azul escura e uma camisola da lã quentinha, meias calças pretas e as minhas sapatilhas favoritas, amarrei o cabelo e maquilhei-me pus batom de dar brilho, rímel e uma sombra castanha clara.

Estava decente, desci eram para aí duas e meia. Estive a ouvir música estava nervosa por ir ao café ter com o Luke e falar com ele. Eu gosto mesmo muito dele, e o pior disto tudo é que ele confunde-me imenso diz que quer ser meu amigo e que quer falar e estar comigo, mas raramente o faz. Talvez seja por causa da Bree mas ele não pode se centrar só nela. Ela faz-lhe a vida num autêntico pesadelo e ele ainda faz o que ela diz.

A Dani deu duas buzinadelas e eu saí da casa. O tempo estava esquisito, nevoeiro e vento, não chovia como choveu de manha torrencialmente. Entrei no carro da Dani e senti o odor forte a tabaco e a alfazema.

“Não sabes comprar um ambientador para este carro?”

“Oh já comprei mas não fez efeito então decidi parar de comprar.”

“Ah, então vais falar com o Liam sobre gostares dele? Ou hoje vais mais namorica-lo?” Disse, a rir a ultima palavra só de pensar a vê-los a namoriscar, minha nossa, seria demasiado esquisito.

  Bem chegámos ao café, o Liam já lá estava como sempre ele é o primeiro a chegar. O Luke não tinha chegado.

Sentei-me no banco oposto onde o Liam se encontrava, a Dani sentou-se ao lodo dele, eu fiquei no lado da janela a ver se o Luke chegava.

Vi um rapaz bem-parecido alto, pele morena e cabelo muito loiro, a sair de um jeep vermelho igual ao qual a Dani estacionou ao lado, no outro dia.  Estava a dirigir-se para o café. Era o Luke! Ele estava mesmo lindo, parece um anjo vindo céu, olhei atentamente para a roupa trazia vestida era uma camisa e umas calças de ganga azuis escuras, um casco de lã muito grosso, e trazia uns óculos de sol pretos.

Estava extremamente irresistível e eu mal o vi, a entrar por aquela porta, comecei logo a ficar irrequieta.

“Bom dia minha gente, esta tudo bem?” Cumprimentou enquanto se sentava ao meu lado, e virava a cabeça para mim.

Lançou-me um daqueles sorrisos de orelha a orelha, que eu fiquei tão nervosa que lhe sorri de través para não repara na minha cara vermelha como um tomate.

“Então já pediram alguma coisa?” Perguntou o Luke.

“Não, ainda não, o empregado desta parte ainda não veio aqui.” Respondi-lhe com um á vontade esquisito.

“Ah então eu vou chama-lo.”

O rapaz chegou, tomou nota dos pedidos e saiu a correr como se não houvesse amanhã. O Liam e a Dani estavam muito sorridentes e entretidos a falarem de como a Dani gosta do Liam e como seria engraçado namorarem.

“El, como tens andado? Tenho tido saudades de conversar contigo pequenina.”

“Estou bem, e tu? Oh tu é que deixas-te de falar comigo, lembras-te?”

“Tenho andado, eu sei desculpa a culpa é minha eu passei uma faze complicada e afastei-me um pouco das pessoas El não é nada de pessoal.”

“Eu pensei que tinhas te afastado mais de mim, do que propriamente de mais alguém.”

“Eu sempre gostei de ti El, sempre foste uma rapariga relaxada e divertida, porque motivo sem ser o que aconteceu comigo, iria eu deixar de falar contigo?”

 “Sei lá, pensei que eu te tinha dito algo que não gostasses e então fiquei um bocado preocupada, se disse alguma coisa que não gostas te, desculpa foi sem querer.”

“Não El, não te preocupes, tu nunca disseste algo de mal. Muito pelo contrário eu sempre gostei muito de falar contigo e da tua companhia.” Ele disse a ultima frase num tom baixo e pareceu-me… nervoso? … Sim nervoso.

“Eu também gosto muito de falar contigo, e é algo que sinto falta.” Disse estas palavras gaguejando tanto que parecia uma profissional.

“Sabes El, quando as pessoas perdem alguém é quando dão o devido valor a elas.”

“Não precisas de perder ninguém para dar valor.”

Bem o resto da tarde foi hilariante porque o Liam começou a contar as piadas que ouviu na radio a caminho do café. Podia ter sido pior, mais constrangedor, mas até que gostei foi uma tarde bem passada na companhia das pessoas certas. Pois o amor aprece de várias formas e uma delas é a amizade, e sem esta primeira forma nunca pode existir a segunda. O amor verdadeiro. Baseado na confiança e na vivacidade de uma paixão.

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