Lei da vida- Coragem não é o meu nome do meio!

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Fomos até ao jardim perto de minha casa, tinha-mos de conversar sobre o que se passava.

“El, ta tudo bem? Já não te via algum tempo?”

Disse com um sorriso rasgado mas matreiro.

“Não, não está tudo bem e tu sabes bem disso.”

Estava farta dos joguinhos que ele fazia comigo, dizia que gostava de mim, tive esperanças e ele aparece com a Bree no baile. Obvio que não estava tudo bem.

  “Eu sei!? De quê? El tem calma eu sei que os problemas com o teu pai têm sido complicados e o rapaz de quem tu gosta não gosta de ti, mas tens de entender que é a vida e eu não ia ficar á tua espera para sempre… tipo, seria uma estupidez.”

“Hum… Então afinal sabes. Eu não tenho problemas nenhuns com o meu pai, e no que toca ao rapaz de quem eu gosto não tens nada a ver com o assunto. Só não entendo uma coisa, poderias esclarecer-me? Porquê que disseste que gostavas de mim, que não te tinhas esquecido de mim e depois deixas de me falar e vais ao baile de mascaras com a Bree?!”

Estava muito chateada, destroçada. Ele disse é a vida?!É a vida a porra da mãe dele, estou farta que me apunhalem pelas costas, estou farta de confiar nas pessoas erradas, e no final com quem fico desiludida não é com eles, mas sim comigo mesma pois a culpa foi minha de ser ingénua e pensar que ele gostaria mesmo de mim.

 “Oh El deixa-te de armar em vítima. Eu fui ao baile com a Bree porque ela estava disponível, e assim já sabes junto mais nomes á minha lista. E já agora desculpa por teres ido sozinha deve ter sido dececionante.” Disse a ultima palavra em tom de gozo e de quem estava nas tintas.   

Estava quase a um passo de lhe partir a cara, de lhe insultar, de lhe dizer que nunca me ia ver mais. Estava tao magoada com o que ele me disse que nunca pensei que ele fosse mesmo dizer o que disse.    

“Ah eu estou-me armar em vítima? Depois do que tu disseste fazes me isto. Olha, não quero saber mais de ti, não te quero ver nunca mais e para que fique bem esclarecido eu não fui sozinha ao baile, fui a Dani o Liam e passei a maior parte do tempo com o Luke. Nunca mais me fales, pois eu nunca te perdoarei. Se tu me achas patética, infeliz, uma coitadinha, feia e que não vale a pena lutar, temos pena pois há muita gente que me ama e que gosta de mim pelo que eu sou. Magoaste-me muito e não penses que te vou perdoar, porque eu nunca te vou perdoar, nunca!”  

Virei-lhe as costas e comecei a caminhar para minha casa, estava cansada da discussão que tive com ele. Mas do nada sinto alguém atrás de mim, agarra-me pelo cotovelo e eu dei meia volta. Era o Leo estava zangado, tenha aquela ruga no meio da testa de quem estava preste a se passar. Ele estava-me a aleijar, estava a apertar-me o cotovelo com demasiada força.

“Leo, larga-me! Estás-me aleijar!”

O que eu disse fez piorar as coisas, apertou-me ainda mais e puxou-me para mais perto dele. Ficamos olhos nos olhos um do outro. Estava nervosa não sabia o que queria, o que ele iria fazer ou dizer. Estava a pensar em gritar se as coisas ficassem mais físicas. A minha casa ficava mesmo perto e havia casa aqui por perto.

“Sei que estas a pensar em gritar minha doçura, então porquê que não gritas?! Não tens medo de mim, El? Vá lá, grita! Quero ouvir-te a gritar!”   

Disse isto tudo muito alto quase mesmo aos berros. Estava com medo obviamente pois os seus olhos transmitiam cólera e perversidade.

  “Estás te a passar! Estás doido, deixa-me ir embora! Larga-me!”

Disse a ultima palavra com a voz a tremer queria gritar-lhe e mostra quem em é que devia ter medo de quem, mas era impossível eu não corajosa o suficiente e eu nunca o vi neste estado por isso não sabia como reagir.

Riu-se tao alto que até me arrepie.

“El, meu amor, já devias de me conhecer! Eu não te vou deixar em paz enquanto tu não me deres o que eu quero! Esse tal de Luke não é nada comparado comigo, sebes do que eu sou capaz para te ter e do que faria para nunca te perder. Sabes disso, não sabes?!”

Arrepiei-me novamente ele estava tão perverso e tao rude, os olhos dele estavam colados nos meus, eu sabia o que ele queria mas nunca, nunca lhe iria dar nem se quer uma ponta do meu amor ele iria sentir. Ele quer que eu o ame mas eu nunca fui capaz disso, e o que ele também quer é que o meu nome esteja naquela maldita lista de com quem ele vai prá a cama.  

“Tu já me perdeste Leo!”

Consegui-me soltar das mãos dele e vim me embora o mais rapidamente possível para que ele não me apanha-se novamente.

Abri a porta de casa, e rapidamente, dei uma olhadela para ver se ele estava a seguir-me. Não estava ninguém, ninguém, nem de longe o via. Ele estava de casaco preto com o capuz posto na cabeça.

“Então El, como foi a conversa?” Disse o meu pai todo entretido a comer as rabanadas.

“Foi boa. Olha, tenho de ir para o meu quarto, tenho de fazer a dissertação de Inglês.”

Subi as escadas e deixei-me cair não cama e envolvida pelos pensamentos mais horríveis e mais tristes que tive deixei-me adormecer.

Ao acordar, olhei para o relógio e levantei-me sobressaltada tinha de fazer o jantar.

Desci as escadas a correr.

“Pai! Pai! Esta tudo bem? Já comes-te?”

“El pára com a gritaria!”

 “Oh, desculpa não sabia que tinhas adormecido também!”

“Bem me parecia que haveria algum motivo para estares assim histérica.”

“Eu não estou histérica.” Disse-lhe num tom de voz zangada um pouco amuada vá.

Fui fazer uma coisa rápida. Jantamos, muito rápido estava-mos chateados e não queria-mos estar mal por isso mal acabei de comer, fui para o meu quarto. E arrumava a cosinha amanhã.

Atendi o telemóvel mesmo no momento certo.

“Estou então chuchu falas-te com o Leo?”

“Como sabes? Falei.”

“Oh já sabia que não passava de hoje. Como coreu?”

“Mal.”

“El, o que se passa estás com uma voz.”

“Falei com ele… mas correu mal e ele ameaçou-me.”

“Ele o quê? Ameaçou-te? Não acredito?!”

“Ele disse se eu tinha gostado de ir sozinha ao baile, e eu disse-lhe que fui com o Luke. Ele passou-se e disse-me que era capaz de tudo para não me perder e que o Luke comparado a ele não era nada… E disse-me que não me deixaria em paz se não lhe desse o que ele queria. E eu acho que ele estava-se a referir-se á lista e a querer que eu o ame. Dani, não sei o que fazer.”

Estava mal, muito mal, não queria que isto entre mim e o Leo tivesse acontecido. Porquê que ele me faz isto? Eu… Nunca mais eu nunca mais vou falar com ele, nunca mais o vou querer ver á minha frente ele que fique com a Bree e que me deixe em paz.

“El, querida não acredito, que ele te disse isso! Tu tens de o ignorar, não podes voltar a fazer o que ele quer. Ele vai-te obrigar a fazeres o que ele quer, babe, ele está obcecado por ti! Rapaz obcecado nunca é bom. Tens de o deixar, de o esquecer.”

“Eu sei, mas não vai ser fácil. Mas eu tenho de o esquecer.”

“Isso, eu vou estar sempre contigo, chuchu nunca te vou deixar. Podes contar comigo babe! Agora tenho de ir nanar, beijo ate amanha.”

“Até amanhã, beijo babe.”

 Não conseguia dormir, estava sempre a pensar na mesma coisa, no Leo estava com medo do que ele poderia fazer a seguir.

Fui á casa de banho e tomei uns comprimidos para dormir melhor, deitei-me na cama e dormi que nem um cordeirinho. 

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