Bem estava cansada e demasiado chateada por não ter encontrado o Luke e não estava com paciência para este tipo de jogos.
"Bem, mas devias estar atenta, do nada um mosqueteiro pode surpreender uma linda princesa!"
"Deixa-me em paz!"
"El, sou o Rob o teu amigo da aula de literatura, que quando estás na biblioteca te ensina poesia francesa!"
"Rob, és tu? Desculpa não queria ser mal-educada mas estou cansada e estou á procura de um amigo meu. Depois falamos melhor até logo."
O Rob era um rapaz que estava sempre com um livro na mão e sempre que eu passava por ele recitava-me um poema. Ele era demasiado meloso e um bocado cola. Nos intervalos encontro o sempre a ler ou a escrever é um rapaz reservado mas porem muito romântico e gosta de namoriscar com as raparigas, é misterioso notasse uma ponta de dramatismo no olhar mas eu acho o um rapaz muito interessante e consegue-me explicar a matéria de literatura muito bem, neste momento estamos a dar literatura francesa que para mim é extremamente difícil, e com ele entendo perfeitamente os poemas e os livros de melancolia e de romance da época.
Bem fui-me sentar numa cadeira que estava relativamente próxima de mim. Não sei porquê mas hoje sentia-me um alvo entre os rapazes não porque me sentia deslumbrante ou porque era o meu ego a falar, mas sim porque os rapazes que eu não esperava que me falassem de todo hoje vieram que nem em uma catadupa.
Tirei os tacões dos meus pés e massajei-os com muita suavidade, estavam doridos, eu não estava habituada a calçar sapatos de tacão alto e muito menos daquele tamanho.
Comecei a olhar para a zona exterior para ver se encontrava o Luke mas não via ninguém, lá fora estava demasiado frio e dava a sensação de que poderia estar a nevar. De repente ouço a voz da Bree e de um rapaz a rir-se ao lado dela olhei para eles e fiquei completamente pasmada, chocada, estupefacta tudo e mais alguma coisa que queiram chamar. A Bree estava com o Leo! O meu Leo! Quê já não bastava ter o Luke ela também quer o Leo? Fiquei muito magoada com o Leo pois da última vez que estivemos juntos para além de me prometer que me iria ver em breve disse que ainda gostava de mim. Se ele gostasse de mim não ia a um baile, numa escola, com outra rapariga. E tinha logo de ser com a Bree! Estava de pé, já tinha calçado os meus tacões, a olhar para eles os dois tão amigos tão íntimos como se conhecem á anos. Juro que naquela altura quase que estava prestes a chorar não sei porquê. Não sei se era por sentir que ele me tivesse traído ou se era porque sentia o meu coração traído, ou se era por o ver com ela.
Comecei, de repente, a sentir muito calor e a sentir tudo a andar á roda. Desatei a correr para a zona exterior onde tinham um coberto pequeno onde iam os casais dançar. Cheguei ao beiral onde pus as minhas mãos para me sentir segura a algo e respirei bem fundo. Senti o ar frio na minha garganta e tossi. Olhei para o céu estava limpo e com estrelas imensamente reluzentes ao olhar para elas senti-me tão pequena tão insignificante. E veio-me ao pensamento a minha mãe não sei, eu não costumo pensar nela assim tanto desde que ela me abondou e ao meu pai, não era um habito pensar na minha mãe. Sempre pensei que ela nos abandonara por causa de eu me parecer muito com o meu irmão gémeo que faleceu á alguns anos. Uma noite melancólica, misteriosa e de certa forma sorumbática.
Enquanto estava a pensar no passado, alguém dá me um toque no ombro e diz-me.
"Estás bem El? Vi-te a correr daquela maneira, pensei que estavas a sentir-te mal."
Olhei de relance para o rapaz que estava á minha frente, era alto e muito charmoso.
"Hum, sim estava um bocado mal, acho que estava a ter um ataque de ansiedade, mas já estou melhor.
"Ainda bem, fiquei preocupado contigo eu pedi-te para me procurares. Mas tu demoraste muito tempo comecei a ponderar se tinhas mesmo vindo."
"És tu Luke! Ah que alívio. Tenho-te procurado por todo o lado!"
"Então quer dizer que me procuraste, mesmo?"
"É claro que sim." Disse gaguejando um pouco.
"Pensei que não aceitasses, vir ter comigo." Disse de uma forma tão sedutora que eu fiquei vermelha e como não estava á espera de o ouvir de novo naquele tom de voz fiquei parada cada músculo do meu corpo parou.
Tinha de mudar de assunto rapidamente.
"Hum... Não estás com a Bree? Tenho a certeza que deve estar á tua procura." Não tinha nada melhor para dizer por isso sim tive de mencionar a Bree.
"Ah? A Bree? Ela disse-me á última da hora que ia com o teu amigo Leo, disse que eles têm estado a falar e que até agora se dão muito bem. Pensei que ele te tivesse dito alguma coisa, querida." Disse a ultima palavra com tanto atrevimento e doçura que se tivesse coragem tinha-lhe espetado um beijo naquela boca. E ele disse querida daquela forma também porque me viu a ficar com o mesmo tipo de cara de ao bocado.
Soltei um riso, e apertei-lhe o nariz.
"Prá próxima que me fizeres andar á tua procura não pode ser num baile de mascaras ou eu ainda sou atacada no meio da pista de dança." Disse isto obviamente para aliviar o ambiente, e definitivamente exagerei no de ser atacada mas era para ter uma certa graça.
Ele riu-se muito alto, riu-se a plenos plumões.
"Não tem piada, o mosqueteiro foi demasiado persistente."
"Olha que às vezes a persistência resulta!"
"Ou pode ser demasiado chato!"
"Ainda bem então que tu pensas-te assim. Queres dançar, El?"
"Hum... Sim, claro."
Dançamos juntos a noite toda, obviamente com algumas paragens no meio, foi divertido ele contou-me como conseguia escapar da Bree e ir ter com o Liam para uma partida de hóquei de mesa e falarem. A Bree não gosta que as pessoas do grupo dela se deem com pessoas como nós. Os diferentes, nerd's, esquisitos isto tudo rotulado por ela obviamente. Só não entendo porquê que ele continua a com ela se não gosta da maneira como ela é e da maneira como os outros do grupo são.
A Dani chamou-me e disse que tinha-mos de ir porque a mãe dela disse que se não estivesse aquelas horas em casa nunca usava o carro outra vez.
"Bem Luke, tenho de ir vemo-nos na segunda."
"Claro, espero que fales mais comigo do que o habitual."
"Isso depende inteiramente de ti já sabes disso."
Despedi-me dele com dois beijos na cara e ao virar-me para me ir embora, ele agarrou-me no braço puxou me para perto dele, olhos no olhos ele disse.
"El, não quero que te esqueças o meu verdadeiro eu pois quando estou contigo é quando consigo ser eu mesmo. Gosto muito de ti e não voltarei a perder-te de novo não pela Bree nem pelo Leo ouviste és demasiado importante para mim." Deu-me um beijo na bochecha e agarrou-me tão apertadamente, tão forte que já sentia os meus braços dormentes.
"Eu também gosto muito... mas Luke? Estás apertar-me. Já nem sinto os braços!"
Largou-me rapidamente mas continuava a tocar-me com as mãos nos meus braços. Olhamos um pró, outro e sentimos que aquele momento era o certo, era aquele momento que como uma peça de um puzzle se encaixa perfeitamente o momento que esperava acontecer, o momento em que se sente aquela eletricidade a percorrer o teu corpo, como se fossemos ímãs, um atrai o outro sentia-me com vontade de ir para mais perto dele mas não podia ceder eu não queria ceder, então virei-lhe as costas e fui-me embora.
Cheguei ao carro da Dani e ela perguntou-me como foi a minha noite e eu respondi-lhe.
"Ah, nada de mais." Quando tudo tinha acontecido!
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Lei da Vida
Teen FictionPor as nuvens, por o vento, por o fogo, por tudo o que vem naturalmente, naturalmente tudo vai, um dia tudo acaba sem ao menos tu saberes. Tudo que era teu, tudo que tu consideravas importante ou especial desaparece sem dizer adeus, e a única coisa...