15. -Passeio no parque.

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Hugo e Levy saem de casa, Hugo não consegue dar um sorriso, Levy tenta de tudo.

L: -Vamos amor dá um sorriso pra mim vai!
H: -Não dá...
L: -Dá sim amor, vamos no parque e você vera as crianças brincando os cachorros correndo e vai sorrir!
H: -Veremos... Espero que seja assim...
L: -E vai ser assim, confie em mim!

Os dois chegam no parque e sentam num banco debaixo de uma árvore, próximos a feirinha que estava tendo naquele dia, Levy sai e volta com maçãs cobertas por chocolate, dá uma para Hugo a maçã que tem um rostinho feliz desenhado com chocolate branco, Hugo dá um sorrisinho.

L: -Num disse amor que você iria se sentir bem aqui e iria sorrir?
H: -Mas não foi as criança nem os cachorros correndo.
L: -O que foi então?
H: -Você, você é muito carinhoso comigo Levy, nem mereço isso tudo!
L: -Deixe de besteira Hugo, venha, vamos na feirinha, olhar as coisas e talvez comprar algo.

Hugo sorri e se levanta acompanhando Levy, lá eles olham varias coisas, Levy acaba comprando alguma coisa para a sua mãe e para a mãe de Hugo, algumas coisas para ele mesmo além de alguns presentes para Hugo, que mesmo ele recusando Levy comprava.
Quando estavam andando na feira uma criança que estava correndo cai no chão, Hugo e Levy vão ajuda-la a levantar-se, ela estava chorando, Hugo sempre anda com alguns curativos, e então põe o corativo no joelho da criança, põe ela nos braços e pergunta cadê a mãe dela, ela diz que se perdeu, os dois andam pela feirinha atrás da mãe da criança, Levy ri.

H: - O que foi?
L: -Nada, mas tipo, você seria um bom pai, vê como tratou com carinhos a criança?
H: -Deixe de besteira Levy, vamos achar a mãe dela seu besta!

A criança aponta para uma mulher dizendo ser sua mãe, ela estava procurando por alguém, quando Hugo e Levy se aproximam, a mulher vê a filha e logo fala.

: -Minha filha!
: -Mamãe!
: -Onde você estava?
: -Eu me perdi mamãe.

Hugo enterrompe.

H: -Não se preocupe ela está bem, eu e meu namorado cuidamos dela.
: -Seu namorado?
H: -Sim...
: -Nossa, como vocês não tem vergonha de ser assim?
H: -Assim como?
: -É... Viados!
H: -A senhora está querendo dizer gays né!?
: -Dá no mesmo!
H: -Não, não dá, veado é um animal, gay é uma pessoa que gosta de uma pessoa do mesmo sexo!
: -Nossa, quanta viadagem!
H: -A senhora está sendo deselegante!
: -Deselegante é vocês, dois viados andando numa feirinha como se fossem um casal normal.
H: -Mas nós somos um casal normal! Anormal é um pessoa ter preconceito de uma coisa que não conhece, por isso se chama PRE-CONCEITO.
: -Conheço muito bem os viados, só querem viver dando o c* para os macho!
H: -A senhora é assim mesmo?! Ou estudou para isso?! Acho que não, se estivesse estudado teria educação, e saberia se comportar na frente das pessoas e de sua filha, e principalmente, na teria o preconceito e entenderia que hoje em dia é completamente normal dois homens ou duas mulheres manterem um relacionamento sério e até constituirem familia, não importa o sexo, o que importa é o amor que a pessoa sente pela a outra, isso que importa, o resto é resto, não é da conta de niguém a não ser do casal, entenda isso! Se a senhora não consegue conviver com isso, tenho pena da senhora, mas tenho mais pena da sua filha, por ter uma mãe como você!

A mulher fica calada, as pessoas que se juntaram para ouvir a discução aplaudem o discurso de Hugo, Hugo não havia percebido que tantas pessoas estavam ali perto ouvindo tudo, a mulher sai sem dizer nada, as pessoas cumprimentam Hugo e o elogiavam pelo o que disse, um casal apareceu dizendo que seu filho se assumiu gay para eles e que não aceitavam, mas naquele dia, todo o preconceito havia acabado, um casal de Homossexuais e um de lésbicas que mantiam um relacionamento escondido dos pais e dos amigos se aproximaram dizendo que criaram coragem para assumir o amor que sentem entre eles, pois nunca tinham ouvido algo que tenha os encorajado tanto, mas naquele dia isso havia mudado! Hugo e Levy sorriram e abraçaram os casais, Hugo e Levy foram embora da feirinha, Levy com o braço sobre o ombro de Hugo e Hugo envolvendo Levy com um braço na cintura e assim foram para casa, felizes por terem vencido uma situação de preconceito como aquela.

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