29. -A Conversa.

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   Francis não conseguia dormir, além de pensar em Hugo, ele pensava no o que faria com Eduardo, as vezes ele começa a ter pena de Eduardo, mas lembrava da situação em que Hugo estava e o que eles passaram, além disso tem o Diego, que acabou virando um ótimo amigo, apesar de eles terem se conhecido a menos de um dia eles entendiam o que o outro estava passando e isso ajudava bastante na hora.
   Francis estava deitando, ouvindo Come Back Home versão acústica(2NE1) no fone de ouvindo, e pensava como estaria Hugo naquele hospital, ele resolve ligar para Chris, mãe de Hugo.
F: -Alô, Dona Chris?
C: -Sim, sou eu, Francis?
F: -Sim, sou eu, como a senhora está?
C: -Você sabe, preocupada com Hugo estou muito triste com a situação em que ele está e você?
F: -Do mesmo jeito, estou sem conseguir dormir, sei que foi um dia cheio, me esforçando, mas a preocupação com Hugo é maior do que o cansaço, eu queria tanto que ele estivesse aqui comigo, nos meus braços, bem, mas ao invés disso, ele está lá, naquela cama desconfortável de hospital.
C: -Eu te entendo meu querido, você não quer vim para cá? Não estou conseguindo dormir, você pode dormir no quarto de Hugo se acabar pegando no sono, a gente toma um chá e conversamos um pouco.
F: -É... Pode ser, mas não está muito tarde para eu estar perturbando a senhora a essa hora?
C: -Não, o que é isso, venha!
F: -Ok, até daqui a pouco, tchau.
C: -Ok, tchau.

  Francis ficou sentada na cama um tempo e depois foi tomar banho, não importava onde estava, ele pensava em Hugo, não suportava a ideia de que ele pudesse morrer, ele não suportaria ver o enterro, ver ele descer naquele caixão era a ultima coisa que ele gostaria de presenciar.
   Chegando a casa de Dona Chris ele aperta a campainha, quando entra vê Levy e Angel no sofá da sala.
F: -Vocês!?
A: -É, a gente também não conseguiu dormir.
C: -Ai eu chamei eles para virem pra cá, estamos aqui juntos, é melhor ainda, a dor vai ser compartilhada...
L: -Mas se você quiser eu posso ir embora.
F: -Claro que não, é ótimo que estejam aqui...
C: -Pois então sente-se aqui, vamos tomar um chá e conversar, nós temos muita coisa para conversar, mas antes, eu vou na cozinha e volto já.
F: -OK.

Dona Chris sai.

F: -Eae gente, como estão?
A: -Como eu deveria estar? Estou horrível, não consigo pensar em nada a não ser em Hugo, imaginar que foi ele que me defendeu das pessoas no dia em que eu cheguei na escola, tá eu sei que meu estilo não é muito legal, mas eu sou feliz assim e não vou mudar só porque as pessoas não conseguem conviver com isso, ele realmente é muito importante pra mim, quando eu disse pra minha mãe o que aconteceu e como Hugo tinha "Salvado minha vida" naquele dia, ela disse assim, "Guarde esse menino em seu coração, ele vale mais doque qualquer outra pessoa, ele realmente é um amigo, uma pessoa boa, minha filha, você achou um amigo certo.", eu chorei quando ela disse isso, hoje fui dizer da situação de Hugo, ela não conseguiu acreditar, ela ficou me perguntando se os exames estavam certos, e eu repetia "infelizmente sim mãe" e ela continuava sem querer crer, acho que nem eu quero...
F: -Nossa... E você Levy?
L: -Hum... Como a Angel, estou triste, mas acima de tudo acabado, sei que o que a gente teve, foi bom, um relacionamento, eu realmente gostei dele, mas acima de tudo, ele é meu amigo, eu lembro do dia em que, você Francis, me derrubou na sala e ele foi me ajudar, eu realmente não acreditei que uma pessoa que conheci a minutos me ajudaria e fosse tão carinhoso comigo, por ele realmente vale a pena lutar, cheguei em casa falando pra minha mãe sobre o Hugo, igual a Angel, ela me abraçou e me disse para ser forte, e que rezaria por ele, ela disse:  "não é fácil passa por isso, eu sei como é, quando sua tia Jessica era mais nova, ela teve câncer, eu nunca contei a você por que achei que não precisaria, nos sofremos muito, mas olha ela ai, tá viva, venceu o câncer, teve os gêmeos e está casada, Hugo vai ficar bem, tenha fé.", Eu achei tão lindo ela falar isso, não falei nada para o meu pai, ele não precisava saber, além dele estar trabalhando, ele não gosta dessas coisas, ainda mais se for que os ex-namorado do seu filho está com câncer.
A: -Ele não te aceita Levy?
L: -Não é que ele não aceite, mas as vezes parece que ter um filho bissexual pra ele é a pior coisa do mundo, espero que um dia fique tudo bem pra ele...
A: -Entendo, meu pai não aceita esse meu estilo, mas minha mãe, ela vive me dando dinheiro e apoio quando digo que eu quero comprar uma roupa pra mim, é engraçado isso, uma vez perguntei por que ela me ajuda com minhas loucuras, ela disse que não importa se eu saio com saiu com o cabelo colorido ou se eu saio careca, se eu saio de botas altas ou se eu saio nua, o que importava pra ela é que eu estava me sentindo bem, não entendo por que os pais tem tanto problema com isso.

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