𝐈𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐀𝐑𝐊

NIGHTMARES

- Jake? - S/n perguntou quando terminou de secar alguns pratos.

- Sim? - Jake ergueu seus olhos para S/n.

- Eu pensei sobre aquele convite que você me fez, sobre um jantar fora. - a mulher se aproximou.

- O que houve? - Jake perguntou confuso.

- Talvez eu não quero que a gente vá jantar fora. - disse firme fazendo Jake franzir o cenho. - Eu prefiro que a gente fique em casa, com comida chinesa e nós podemos assistir ao seu filme preferido. GhostBusters!

- Você tá me dando um pé na bunda? - Jake sorriu semicerrando seus olhos para S/n.

- Nunca! - S/n negou com a cabeça de forma brincalhona. - Eu só acho que esse programa é mais a nossa cara, você não?

- Hum, de fato. Mas você não tá fazendo isso apenas por está com medo de encontrar com policiais, está? - Jake tocou a lateral de seu rosto.

- De forma alguma. Como eu já disse: esse programa é muito mais o nosso estilo. - S/n abraçou a cintura de Jake. - Por que se misturar com tantas pessoas se a gente pode ficar aqui sozinhos?

- Você tá me saindo uma ótima manipuladora, isso sim! - Jake beijou sua bochecha diversas vezes, fazendo com que a mulher sorrisse e encolhesse os ombros pelas cócegas que os beijos lhe causavam. - Mas tudo bem, eu concordo completamente.

S/n capturou os lábios de Jake em beijo rápido, antes que os mesmos se dirigissem até o quarto e se acomodassem em sua cama, logo adormecendo juntos. Era mais um das muitas noites frias de Duskwood, aquelas na qual você precisa de muitos agasalhos e possivelmente alguns cobertores na hora de dormir, e claro, um bom banho quente. O clima na cidade estava como o de costume, silencioso e extremamente pesado, deixando qualquer um alerta para qualquer evento improvável e repentino. Você poderia morar ali a anos, mas o clima estranho nunca deixaria de te incomodar. Uma noite perfeita para pesadelos.

O que funcionou perfeitamente para Jake. Com os pulmões vazios e a garganta bloqueando a entrada do ar, Jake se sentou rapidamente na cama, ofegante e atordoado. Sua pele suada e os olhos fixos na porta a frente, seu corpo queimava em medo. A respiração acelerada, a mente girando cada vez mais rápido, suas mãos segurando os cobertores com força absurda, a boca seca e a garganta em nó, estava em pura angústia e ansiedade. A mulher ao seu lado percebeu a movimentação momentânea na cama e abriu seus olhos, virando-se para Jake, o viu petrificado sentado na cama com a respiração desregulada e parecia distante. A mesma se sentou na cama e tocou o ombro de Jake com calma, para não o assustar com seu toque, mas aconteceu completamente o contrário. O homem se virou e se enterrou em seus braços, ainda sem pronunciar uma palavra sequer, apenas se aconchegou ali, abraçando o corpo da mulher com firmeza, não querendo que ela se fosse.

O cenho de S/n se franziu mas não fazia a mínima ideia do que dizer, apenas passou seus dedos entre as madeixas de Jake, o confortando entre seus braços. Deixou sua mão esquerda no cabelo dele e a direita desceu para seu braço, apertando o local com leveza.

- Jake? - sussurrou o fazendo se mexer em seus braços. - O que houve?

Como resposta recebeu um silêncio completo. Logo entendeu perfeitamente o que havia acontecido e não pôde evitar sentir seu peito doer. Então eles voltaram e parecem mais frequentes ainda. Pensou consigo mesma enquanto sua mão se firmou em volta do braço de Jake, seus dedos massageavam o cabelo dele com leveza, tentando ao máximo lhe passar segurança e conforto o suficiente para que ele se abrisse sobre o que havia acontecido. Queria ajudar ele, queria mesmo, mas não podia fazer isso quando ele se fechava e evitava o assunto, sabia que não é exatamente a conversa mais fácil do mundo para ele, mas queria ouví-lo e ter noção sobre como poderia o ajudar nesse momento, com certeza não lhe negaria a mão. Nunca!