Missão de Resgate

35 10 1
                                    

Evelynn

De tantas formas que poderia ter, a succubus preferia a forma humanóide de suas irmãs da Congregação. Os tons de vermelho caiam sempre muito bem sob sua pele clara. Fazia bem sair dos tons de rosa que a faziam claramente não se parecer tão humana.

Chegando próxima de uma vila, o cheiro a atingiu com força. Felicidade, alegria. Era exatamente isso que ela precisava, da luz sendo apagada do olhar do máximo de pessoas que pudesse conquistar.

Lendo uma placa logo na entrada conseguiu identificar o nome do vilarejo, na verdade, do reino. "Bem-vindos a Demacia".

Que tipo de reino a aguardava?

"Precisa se alimentar e rápido", os ventos sopraram trazendo uma voz antiga, a qual Evelynn conhecia muito bem.

Mentalmente rebateu, "Eu sei, papai, eu sei". O Deus Azir era, muitas vezes, protetor demais com sua filha. Ela não reclamava, gostava da atenção, mas às vezes era insuportável.

O que Eve não daria agora por um vislumbre de um rosto amigo para ajudá-la. Podia desmaiar a qualquer momento.

Entrando mais para dentro da vila simples dos cidadãos do reino praticamente mancando, ela tentou canalizar os maiores pontos de felicidade.

Rastros vermelhos foram desenhados pelo mapa, marcando seus alvos com um grande "X". Colheitas que ela deveria fazer de pequenos potes de felicidade, para tornar tudo em um mar de dor e sofrimento.

O alvo estava longe demais, ela não conseguiria, nem mesmo se seus deuses a abençoassem.

A vista ficou turva, as pernas trêmulas e um cheiro de sangue subiu para sua boca. Ela sabia o que isso significava.

Sem ao menos poder proteger-se da queda, Evelynn caiu no chão totalmente desacordada.

Vayne

Era muita informação a ser assimilada. Mas a primeira de todas que mais tranquilizava a ascendente de Aatrox era de que ela não seria condenada pela invasão.

— Por quê? — era tudo o que conseguia perguntar

Não fazia sentido. A lei era conhecida por todos. Quem invadisse o reino, colocando a vida da realeza em perigo cumpriria ou pena de morte ou morreria no calabouço.

— Porque é minha amiga — começou a explicar Lux — e porque perguntamos ao bosque, você foi a única que ele deixou passar em muitos séculos, isso deve significar algo

Vayne sabia. O bosque não era conhecido por deixar qualquer um passar por ele. Se deixasse, cobrava algo, um pedaço de sua alma, um membro, algo que valesse muito para a pessoa, mas nunca nada físico. Não se podia comprar o lugar encantado com jóias e ouro, apenas com coisas não materiais. Pessoas prometiam até mesmo seu primeiro filho.

— Ok, ok, vocês são amigas, houve um reencontro e isso tudo é muito lindo. Mas agora, o que é que a menina veio fazer aqui escondida? — questionou Poppy, ganhando um olhar feio da princesa — Não, eu estou só comentando, porque se ela é sua amiga, poderia ter marcado uma visita

Sylas, o homem das correntes cujo nome Vayne descobrira mais tarde, mandou um olhar de aviso na direção da yordle, que só deu de ombros. Ela era impossível, aparentemente.

— Ela teria marcado uma visita, Poppy, se eu talvez tivesse retornado às centenas de cartas que ela me manda há anos

Então ela sabia.

Inevitavelmente, algo se quebrou dentro de Vayne. Sua melhor amiga a havia ignorado durante anos porque quis.

Lux parecera notar o decair de ombros da amiga.

Doce Vingança: Evelynn e VayneOnde histórias criam vida. Descubra agora