*Notas da autora: Direitos autorais da imagem do capítulo: https://www.deviantart.com/juffles/art/--782148544
Na mesma noite de despedida de solteiras...
Em Demacia
Flynn estava guardando todas as coisas que seriam necessárias, principalmente armas para se defender caso seu plano viesse a falhar. Havia reforçado as correntes de Camille, obviamente não pessoalmente, não era idiota a tal ponto. Incumbiu um de seus milhares de yordles para fazer o trabalho por ele, como de costume.
A arma era simples, mas mesmo não tendo nada de magia em suas veias, conseguia sentir o poder exalando daquela flecha. Ele não havia questionado à bruxa sobre o que tinham feito para construí-la, mas não interessava. A única coisa que importava era que Evelynn iria morrer, que Flynn se casaria com Vayne, ela querendo ou não, principalmente depois que seus pais retornassem com um mandato, a forçando legalmente a se tornar sua esposa. E então, nada, nem ninguém o impediria de ser um homem feito.
Camille agonizava em sua jaula, jurando morte e vingança ao que tratara tão mal durante todos esses anos. Humanos asquerosos, nem todos eram assim, Camille sabia bem. Afinal de contas, se apaixonara por um dessa espécie. Mas foi enganada. O cruel homem que a fez cair de amores por ele, a traiu, a conquistou, enganou e depois a entregou para a família ridícula que a escondia agora em seu porão. Desde então, prometeu a si mesma que jamais se apaixonaria por outro. Não se podia confiar em humanos.
Só de pensar que sua irmã, a mais inteligente, ardilosa e sanguinária estava noiva de uma humana, ou melhor, meia-humana, a fazia se eriçar. E se fosse verdade as histórias que estavam sussurrando por aí, que era a mesma menina que teve os pais perdidos aos 16 anos de idade pela Evelynn, a irmã era mais cruel do que imaginava. Estaria a forçando para se casar por pura maldade? A mulher sabia com quem estava prestes a se casar?
Bom, se tudo desse certo com o encontro entre as duas, Camille mal podia esperar para tirar todas as suas dúvidas.
– Mestra Camille, o que será de nós hoje? – perguntou Heimer, usando uma língua adormecida, que há muito não era usada
Ela se espantou pela linguagem usada. Nem mesmo algumas de suas irmãs, exceto Morgana, saberiam compreender o alfabeto.
– Não sei, meu querido – confessou – Temos uma única chance de escaparmos hoje, temos de aproveitar
Heimer parecia cansado, estava visivelmente machucado desde a última tortura que sofreu por culpa da bruxa. Ela se sentia terrivelmente culpada, preferia ter sido torturada do que vê-lo sofrendo.
– A arma realmente a matará? – sussurrou
Camille manteve os olhos atentos, não podia deixar a informação escapar. Preferiu não responder. Então apenas ofereceu um sorriso para o fiel seguidor. Ele compreendeu no mesmo momento e voltou ao trabalho.
Que os Deuses Antigos a ajudassem, pois iria cometer uma loucura.
Vayne
Se Evelynn e LeBlanc a achavam tão burra, não teriam perdido seu tempo criando um clone da demônia para prendê-la à cama. Era muita perca de tempo. Assim que o clone havia aparecido em sua cama, agindo de maneira estranha, quando acendeu uma vela, por um mísero segundo a imagem tremeluziu, e assim chegou a conclusão de que de fato não era sua noiva ali.
– Patéticas – cuspiu
Como se LB tivesse sacado, fez Eve mostrar uma careta e então desaparecer.
Era estranho, a vingança ainda tinha de ser feita. Talvez agora que desconfiasse do desejo e dos sentimentos de Eve por ela, pudesse usar isso contra a bruxa. Mas era arriscado. Estava em território desconhecido, sem nenhum amigo, sem armas. Seria uma missão suícida.
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Doce Vingança: Evelynn e Vayne
RomanceAos dezesseis anos de idade, Vayne se deparou com os pais mortos diante da cama, seus corpos ensanguentados e uma mulher com chifres e um sorriso completamente frio. Diante da agonia de Vayne, a demônia em sua frente só ampliava o seu sorriso. "Por...