Vingança Noturna Atemporal - Parte I

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*Notas da autora:

AVISO: Neste capítulo contém violência, abuso sexual que podem despertar gatilhos! Estejam cientes disto antes de dar início à leitura, por favor.

Boa leitura!

Direitos autorais da imagem deste capítulo: https://aminoapps.com/c/wiccaebruxaria/page/blog/deusa-nemesis/X0d2_BzeFgujXNNPw5GqP2GJYgXmLgZzvQ5

Camille passou a unha pela bochecha de Flynn, deixando uma risca de sangue no lugar. Sorriu diabolicamente, colocando de volta a coroa metálica na cabeça, uma espécie de capacete para sua armadura. Ele conseguia escutar as engrenagens na cabeça dela, rodando, imaginando as melhores e as piores coisas que poderiam acontecer naquele dia. Afinal de contas, ainda era horário de almoço, a festa iria até o alvorecer, o que só o mantinha mais aflito com a ideia de ninguém estar por perto para controlar a mulher com olhos sanguinários em sua frente.

Os olhos vermelhos sangue olharam o arranhão que havia deixado no rosto dele. Riu, escárnio transbordando de sua língua.

– Vou te contar uma história, Flynn

Ele engoliu em seco.

– Aliás, duas histórias... sente-se, endireite seu corpo!

Não era um pedido. Ele obedeceu.

– Há milênios atrás, quando os egípcios pensavam que as deusas tinham poderes quando na verdade nós que as abençoávamos com permissão dos nossos deuses, a deusa da noite fez um pacto com uma das irmãs covens – sorriu sombriamente – Conhece a deusa Nix?

Silêncio recaiu na cela.

Camille avançou tão rápido na direção de Flynn, que ele se engasgou com a própria saliva diante do susto.

– Eu te fiz uma pergunta, seu verme – cuspiu aos pés dele – Quando sua deusa perguntar, você deve responder!

– Co-co-conheço – gaguejou

Ela fez biquinho.

– Bom, a Nix tinha uma dívida comigo por eu a ter livrado do marido depois dele ter lhe concebido dois herdeiros, Éter e Hemera. Mas... como posso dizer? Eles nasceram "errado" – riu consigo mesma – Ambos possuíam as feições do pai, o que só a enfureceu mais.

"Então, ela matou os dois e exigiu que eu lhe fornecesse mais herdeiros. Na época, os deuses ainda andavam por estas terras, então nossos diálogos eram mais diretos, nossas perguntas e preces eram respondidas no mesmo instante. Então, no mesmo segundo, o Carneiro de Ébano me respondeu, com uma voz suave, como se seda tocasse minha pele, sussurrando: "faça o que tiver de fazer". E então eu o fiz. Colhi de cada homem de variadas espécies seu esperma e gerei os filhos de Nix. Moros, Tânato, Hipnos, Oniros, Momos, Oizus, Hespérides, Ápate, Filotes, Geras, e as minhas duas queridinhas, Éris e Nêmesis.

"Éris foi a deusa da discórdia, a usamos para criar a guerra rúnica, daí surgiu minha irmã, se lembra dela? Aquela que você me fez quase matá-la? Então, é essa." – ódio brilhou em seu olhar com a lembrança

Flynn se encolheu mais para o fundo da cela.

"Já Nêmesis, ah... doce e linda Nêmesis, ela era divina! Ela representava a vingança. No entanto, não era uma vingança limpa, sabe? Não eram discussões, reuniões, acordos sendo realizados para prender alguém em seu calabouço até que ele morresse cumprindo pena. Não. Era mais divertido, mais diabólico, mais... – lambeu os lábios – ... mais sanguinário!

"Então, Nix estava satisfeita com a manada de crias que lhe concedi e ficou em dívida eterna comigo, cuja até hoje não quitamos. E é então que eu começo a contar a segunda história.

Doce Vingança: Evelynn e VayneOnde histórias criam vida. Descubra agora