Arma Secreta

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*Notas da autora: Atenção! Gatilhos sobre violência, escravização e tortura neste capítulo!

Direitos autorais da imagem do Capítulo: https://pin.it/3vBUPSL

Ainda em Demacia...

A família Lavander não fora recrutada pelo reino de Demacia à toa, eles eram os melhores ferreiros conhecidos naquele mundo. Mas nunca ninguém parou para se questionar como apenas três pessoas conseguiam produzir armas tão poderosas em uma velocidade surpreendentemente rápida e em grande quantidade. A produção era em massa, mas não fazia sentido. Madame Lavander tinha as mãos limpas, nem um pingo de sujeira, calos, cicatrizes ou quaisquer marcas que um trabalho ferrenho deixaria. Flynn era magricela, não tinha lá muito físico ou jeito de sequer martelar um prego. O único da família que tinha trejeito de ser um ferreiro era o homem da casa, o Sr. Paul. Sua mão vivia suja, cheia de poeira, calos, cortes fundos.

No entanto, desde que a família fora contratada pela realeza, misteriosamente Lavander começou a mancar. Rumores se espalharam sobre a possível idade da mulher. Afinal de contas, esta tinha mais de 40 anos, mas não tinha uma ruga, uma marca de expressão sequer em seu rosto. Muitos sussurravam que a família tinha feito um pacto, uma barganha. Mas os reis não se importavam, desde que continuassem produzindo as melhores armas, continuariam ganhando bem e se vangloriando em riqueza.

Os pais de Flynn tinham ido viajar. Desde que souberam que Vayne havia sido levada dali, resolveram ir até o reino, cujo qual não tinha informações precisas para os ajudar. Mas nada pararia aquela família em obter êxito no casamento arranjado entre seu filho e a garota desaparecida. Portanto, haviam embarcado numa missão perigosa para confrontar as Covens. A família Flynn iria até os Sabugueiros, possivelmente para fazer uma barganha. Pelo menos era isso que as árvores do Bosque Encantado estavam sussurrando na noite fria.

Enquanto isso, o garoto ficaria responsável por continuar produzindo as armas e até mesmo joias para a realeza, conforme o combinado.

Já completando uma semana desde que havia levado uma martelada na cabeça, o galo já não jazia mais ali, graças aos cuidados de sua protetora e cuidadosa mãe. Pois Flynn não saberia nem mesmo tirar um estrepe de seu dedo. Ou pelo menos era assim que gostava de ser visto. O bobo, tolo, fraco e burro Flynn, todos deveriam ter pena do garoto desajeitado, cujo não fora selecionado pelo exército e descartado como um mero inseto. Fora o que disseram para seus pais.

"Esse verme não merece a honra de sequer segurar nossas armas, não mereceria nem mesmo produzi-las se não fosse bom nisso. Merece ser jogado no Bosque, se bem que é capaz de até eles mesmos recuarem com nojo desse verme. Se é que não confundiriam com um inseto de seu 'jardim'."

Isso ficara gravado na mente de Flynn. Ria com escárnio, tolos, eles eram os tolos, que caíram feito patinhos. Ele era muito inteligente, muito esperto e maligno, se assim podemos dizer.

Ascendendo a lamparina, se preparou para fazer a descida até o porão da casa, onde as maravilhas aconteciam, onde a família suspostamente trabalhava sem parar, construindo tudo que o reino precisasse.

Descendo as escadas velhas, a cada passo um rangido diferente ecoava pelo lugar. Não havia iluminação nenhuma além da luz em sua mão. O caminho era longo, haviam passado anos cavando o terreno para poder lucrar com ele, para mantê-lo escondido até mesmo de magia localizadora. Todo o trajeto até o porão era coberto de ferro, sal e marcas religiosas para afastar qualquer um dali, principalmente bruxas. Porque se as bruxas, principalmente as da Congregação, descobrissem o que habitava ali, elas matariam toda a família, mas lenta, tortuosa e impiedosamente.

Quando chegou, finalmente, ao fim da escada, apenas uma porta o recebia, cuja chave única estava pendurada em seu pescoço. Se a perdesse, perderia tudo e colocaria sua família e sua riqueza toda em risco.

Doce Vingança: Evelynn e VayneOnde histórias criam vida. Descubra agora