*Notas do autor: Conteúdo sensível e explícito, pode conter gatilhos... "calientes", estejam preparados para retorcer os pés.
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Vayne
Ela iria vomitar a qualquer momento. Não sabia se por ter comido além do que precisava ou se pela troca de olhares constante entre sua velha amiga e o homem de correntes. Mas de certa forma, ficava feliz por ela ter encontrado alguém.
Já quanto a mulher misteriosa que tinha sido resgatada, Vayne não sabia explicar o porquê, mas sentia que já a tinha visto antes, em algum lugar. Aqueles chifres também traziam más lembranças, mas não podia julgar, não era ela, não era nem parecida, os chifres eram vermelhos, enquanto os da demônia de sua lembrança eram rosas.
– Então, você ficou quieta o jantar inteiro, não gostaria de se apresentar para nós?
A moça lançou um olhar profundo na direção de Shauna, como se ali contivesse uma mensagem que só ela pudesse desvendar. Que estranho. Ela a olhava da cabeça aos pés, mesmo estes estando escondidos debaixo da mesa. Se sentiu intimidada, pressionada, observada. Parecia que sua alma estava sendo lida ali, como um livro aberto. Engoliu em seco antes de desviar os olhos.
– Desculpe, vossa alteza, mas não confio em sua amiga para dizer meu nome, ela trabalha pra você?
Mas quanta ousadia...
– Ahm... creio que não seja da conta de ninguém quem trabalha em minha corte, mas sim, ela trabalha aqui, esta é a Vayne, minha melhor amiga
Vayne se sentia desconfortável pela mulher ter escutado sua história narrada por Lux durante o jantar, afinal de contas era uma estranha descobrindo mais do que o necessário sobre outra estranha.
Mas o que mais incomodava era o olhar que toda hora ela sentia em sua direção.
A contragosto, a mulher em sua frente era muito bonita. Seu corpo estava coberto por um vestido azul, cores da corte de Demacia. Os seios fartos não conseguiam ficar escondidos nem pela grossa camada do tecido de suas vestes. Alguns músculos se sobressaltavam nos seus braços e nas coxas. Uma longa tatuagem subia por sua perna e não tinha fim, pelo menos não com o vestido tampando a completa visão. Para ter este físico, deveria treinar, seria uma guerreira de outro reino que veio por alguma missão até aqui?
Luxanna e a moça misteriosa continuaram conversando, mas algo muito estranho aconteceu. Algo atingiu seu corpo enquanto seus olhos estavam travados. O mais estranho era que mesmo enquanto elas conversavam, os olhos mel, quase amarelos, continuavam fixos em seu rosto. Um formigamento surgiu pelo corpo de Vayne e parecia se espalhar sem parar, fazendo-a contorcer os dedos do pé. A mulher apenas sorriu de lado. Será que ela sentia a umidade se formando nas coxas de Shauna?
– Bom, Srta. Lynn, é uma honra recebê-la em meu reino, quer dizer então que há anos estava procurando pela espécie de Shyvana e encontrou outros? Poderia mostrar aos meus homens a localização? Shyv procura sua família há anos, ela não vai se conter de alegria, tenho certeza
Com os olhos ainda fixos em Vayne, mas declinando disfarçadamente o queixo para observar o pequeno decote em "V", ela respondeu.
– O prazer e a honra são todos meus – praticamente ronronou
Shauna tinha certeza absoluta que quando engoliu em seco mais uma vez, todos na mesa a escutaram.
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Andava de um lado para o outro no seu novo quarto sem parar. Princesa Luxanna tinha dito que ela poderia conviver com ela sem problemas, contanto que prestasse serviços ao reino. Isso significava que seus treinos começariam amanhã.
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Doce Vingança: Evelynn e Vayne
RomanceAos dezesseis anos de idade, Vayne se deparou com os pais mortos diante da cama, seus corpos ensanguentados e uma mulher com chifres e um sorriso completamente frio. Diante da agonia de Vayne, a demônia em sua frente só ampliava o seu sorriso. "Por...