Acordo no meio da tarde, fico deitada por um tempo, preciso pensar no que ocorreu nas minhas últimas 24 horas, e não foi pouca coisa, isso eu posso garantir.
Instantaneamente começo a pensar no Eric, olhos verdes, o cabelo dele é uma bagunça negra, e nossa, ele tem sotaque francês, e sim, meu ponto fraco são franceses. Ele é indesifravel, tem um jeito meio arrogante, ele sabe que é lindo, por isso está acostumado a ser babaca, mas que babaca!
Penso no Jonanthan, o oposto do Eric, ele tem a pelo morena, natural, mas parece que sempre pega sol, olhos negros, selvagens. Ele usa corte militar, na verdade, ele tem a postura de quem já serviu no exército, mas creio que ele é, bem, acho que ele não é do exército.
Começo a pensar na coisa mais bizarra que me aconteceu. Lilins, sim, eu conheço muito sobre o inferno e tudo mais, mas é maluquice demais, até mesmo para mim, que lilins existam!
E digo o mesmo sobre aquele anjo maluco. Talvez eu estava vendo coisas, eu bati com a cabeça, certo?
Errado, não sou burra, pude perceber que tanto Eric quanto Jonanthan viram, eu tenho certeza, certeza absoluta.
Eric e Jonanthan. Eles não são grandes amigos, isso é visível, mas os dois falaram da minha mãe, parece que eles já me conheciam, mas não lembro deles, bem, eu não os conheço, mas eu senti algo quando vi o Eric, um tipo estranho de formigamento, como se uma corrente elétrica tivesse passado pelo meu corpo.
Me levanto, tenho que parar de pensar nisso antes que eu fique louca, mas me lembro de algo que deixei passar.
"Nem tudo é só luz."
Essa foi a última frase que ouvi antes de ir à nocaute. A voz, a voz que disse isso despertou algo em mim, mesmo que quando depois de ouvir isso eu tenha praticamente entrado em coma, me senti acesa como uma árvore de natal. Eu nunca ouvi essa voz, mas eu a reconheci, não sei de quem é, mas ao mesmo tempo eu sei.
Desço e almoço, para variar papai já foi para o trabalho e Kathe, bem, onde está ela?
-Kathe?- pergunto ao pé da escada.
Nada.
-Catherine?- subo três degrais.
-Clarisse!- escuto uma voz estranhamente familiar me chamar.
Subo as escadas e entro no quarto da minha irmã, paro bruscamente na porta do quarto de Kathe.
-Clarissa.- cuspo essa palavra, cerro os punhos, mas continuo parada na porta.
-Filha!- ela se levanta.
-Cadê a Catherine?- minha voz soa fria.
-Bem- ela abre um sorriso presunçoso. -, ela foi passear no bosque!
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A Queda dos Céus
ParanormaalE se tudo fosse verdade, todas as histórias de anjos e demônios? Agora pense nisso tudo e acrescente o fato de você estar nesse meio, você surtaria certo? Acho que estou surtanto, porquê? Porque estou no meio de uma batalha em que tudo depende de mi...