O namorado do meu irmão

12

Bucky acorda cedo e demora alguns minutos para lembrar que esse quarto é o de hóspedes que dormiu ontem. Ele realmente já estava acostumado com o sofá e a sala e agora ele lembra de ter dormindo nesse quarto e lembra da última conversa que teve com Sam ontem a noite. Bucky não esperava ser afetado por isso, na verdade nem ele sabe explicar o que está acontecendo.

Logo ele que nunca se importou com nada do que já lhe disseram e agora aquelas palavras de Sam não saem da sua cabeça. O que ele tem que fazer é agir normalmente até entender o que está acontecendo.

Ao aparecer na cozinha, Sam já está lá tomando um copo de iogurte rápido antes de ir ao trabalho.

- Bom dia - Sam cumprimenta.

- Bom dia - Bucky responde sério e anda até a geladeira e pega uma maçã.

Sam está sentado na ilha acompanhando Bucky com os olhos até que ele se sente na ilha também como de costume em todas as manhãs, mas Bucky apenas vai para o balcão e se encosta, leva a maçã até a boca, tira um pedaço e mastiga sem animação.

Toda euforia usual de Bucky parece ter sumido repentinamente e Sam não entende o que está rolando, ele não acredita de fato em seu diagnóstico precoce sobre Bucky.

Bucky mastiga alto olhando tedioso para qualquer lugar.

- Como foi sua noite? - Sam pergunta tentando quebrar o silêncio.

- Ótima - morte mais uma vez.

Antes que Sam tenha outra tentativa de iniciar uma conversa, Bucky fica de pé e fala.

- Vou pegar o carro do Steve.

- Vai sair? - pergunta arrastando o copo para a pia da ilha.

- Sim - veste seu casaco e anda para a sala.

Sam gostaria de perguntar sobre o destino de Bucky, já que ele sempre escolhe ficar em casa pela manhã, mas o bar não pode ser seu programa de hoje. Mas ele não vai perguntar, isso não é da sua conta.

Bucky pega a chave da picape em cima da mesinha de centro da sala e anda para a porta.

- Te vejo mais tarde-

Antes que Sam termine de falar, Bucky bate a porta.

- Okay...

Do lado de fora, Bucky vai para dentro do carro e antes de dar partida, seu telefone toca.

- Falo com o Bucky Barnes?

Uma voz feminina pergunta do outro lado da linha.

- Sim, o próprio.

Responde procurando sua carteira de cigarro deixada no carro na última vez que usou.

- Eu sou Natasha e trabalho no restaurante Vila Red. Seu currículo foi analisado e gostaríamos de fazer uma entrevista com você caso esteja interessado no emprego de cozinheiro meio período.

Ela tem a voz agradável e gentil, mas isso não impede de Bucky negar sua proposta.

- Natasha eu já estou trabalhando em outro restaurante, mas obrigado por ligar.

- Oh, entendo. Certo, senhor Banes, bom dia.

Bucky desliga o celular e acende um cigarro as 7:45 da manhã, dá partida no carro e sai pela rua.

Bucky vai até a loja de Caroline. A loira sempre foi uma imagem de carinho e apoio para Bucky, desde que sua mãe morreu quando ele era criança, Tommy a conheceu quando já tinha Steve como filho e Bucky já era um cara problema. Ela sempre tratou os dois como seus filhos e Bucky não se lembra de ter demorado para confiar na mulher, Caroline nunca foi dura com ele.