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Ainda é complicado para Sam dormir sozinho. Na maioria das vezes ele apenas se move pela cama de casal que dividia com Steve, que agora esse espaço está vazio.

Ele procura por um corpo no lado esquerdo, mas não há nada por lá nem em outro lugar. Ele não sabe onde o corpo de Steve está.

Tudo o que ele pode fazer agora é ir até a cozinha tomar algum remédio que o faça dormir rápido.

Quando está pegando um copo e colocando água natural, ouve gemidos vindo da sala, um barulho abafado. Quando se direciona até lá, vê Bucky se mexendo ainda inconsciente de sono no sofá. Aparentemente um pesadelo.

Sam chega mais perto e o vê movendo a cabeça para todos os lados, escorre suor de seu pescoço molhando seu peito. Sam não sabia que ele dormia sem roupa.

Ele então se abaixa a altura do sofá e segura a cabeça de Bucky e chama pelo seu nome para que acorde.

Bucky abre os olhos e se levanta rapidamente fazendo Sam cair para trás sentado no chão.

- Calma, você tá tendo um pesadelo - diz para Bucky ainda atordoado.

- Que horas são? - pergunta olhando para Sam no chão.

- Umas 3 da madrugada, você tá bem?

Bucky volta a raciocinar e se senta novamente, coloca os cotovelos apoiados nos joelhos e cobre o rosto com a as mãos.

- Você me tirou de um pesadelo, obrigado.

Sam se levanta e vai até a cozinha pegar um pouco de água para Bucky.

- Pega, pra você - entrega o copo para Bucky.

- Desculpa ter empurrado você - fala enquanto bebe.

- Sem problemas.

Sam responde sem manter contato visual com Bucky, ele não consegue olhar apenas para o rosto dele.

- Sobre o que você tava sonhando?

- Por que você não tá dormindo? - responde com outra pergunta.

- Tática de defesa - Sam fala baixinho.

- O quê?

- Sem sono - mostra um sorriso.

Um silêncio de repente se instala. Mas logo Bucky tem uma ideia.

- Vamos beber alguma coisa.

- Tem chá e refrigerante na gela-

- Beber em um bar, Sam - Bucky ri fazendo parecer óbvio.

- Ah... claro.

- Ótimo! - Ele se levanta e veste uma camisa qualquer jogada no braço do sofá e seu casaco.

- Não, eu não disse claro pra isso.

- Falou tá falado, uma vez não vai fazer mal. Eu prometo - Bucky se vira para Sam e pisca para ele - Vamos, eu sei que você quer aceitar, não vai conseguir dormir mesmo. Tomei todos os seus remédios pra dormir.

- Em duas semanas? - pergunta surpreso - Bucky, eu tinha três caixas!

- Sinto muito. Pega lá seu casaco também. Eu dirijo.

Bucky dirige pelas ruas vazias até encontrar um bar aberto, o primeiro que encontra.

- Duas cervejas, por favor - pede quando se senta em uma das mesas com Sam.

- Apenas uma.

Bucky balança a cabeça.

- Certo.

O namorado do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora