3

472 69 11
                                    

             A semana passa rápido e quando Sam percebe, já está voltando do aeroporto Internacional da cidade sozinho. Ele sabe que talvez em dois meses Steve esteja de volta, o que ele espera que seja o mais rápido possível, não só por sentir saudade, mas porque Steve lhe deixou uma missão: verificar se Bucky está indo bem na condicional.

Sam não está nada feliz em ser a babá de um homem crescido que acha que ainda tem 17 anos, isso é muito ridículo e apenas pelo amor que sente por Steve, fará esse favor a ele.

Sam prometeu, mas o máximo que fará é algumas ligações durante a tarde, uma hora que espera que Bucky esteja sóbrio para ao menos dizer que está bem.

Steve também deu passe livre para Bucky ir a sua casa sempre que estivesse precisando de algo, coisa que Sam também não gostou.

Sam vai ao hospital duas vezes por semana, lida com pacientes com diagnóstico depressivos, problemáticos ou com transtornos, ele sabe lidar com essas pessoas e tecnicamente Bucky é um deles, mas Sam sinceramente não enxerga semelhança. Ignorar sua presença é o melhor que ele pode fazer.

--------

São 3 da manhã do 4 dia sem Steve, quando Sam recebe uma lição de Bucky.

Bucky: Te acordei?

Sam: O que você acha?

Bucky: Você precisa urgentemente de uma vida noturna.

Sam: O quê é que você quer? Por que tá me ligando?

Bucky: Eu estava me divertido no bar do Jonas e fui longe demais... Eu ia sair sem pagar, mas acho que o Jonas já tá me manjando... Eu... preciso de 47 dólares.

Sam desliga o celular e vai atrás de Bucky no tal bar. Quando chega vê Bucky de gracinha com o dono do lugar.

- Seu nariz é enorme! - Bucky tenta cutucar o nariz do homem com o dedo.

- Para seu idiota. - ele responde dando um tapa na mão de Bucky.

- Deixa eu tocar, por favor! - ri e tenta mais uma vez enfiar o dedo no rosto do homem.

Sam então se aproxima e joga o dinheiro no balcão.

- SAMM! Você veio... - Bucky está claramente bêbado e se joga para abraçar Sam.

- Sinto muito, Jonas. Vou ficar com essa mala. - Sam faz um esforço para tirar Bucky do banco.

- É todo seu. - Jonas pega o dinheiro do balcão e se afasta dos dois.

- Você acabou de salvar um homem em condicional. - Bucky continua rindo.

- São 4 da manhã, Bucky! Acha isso mesmo engraçado? - briga com ele.

Bucky se cala e sai praticamente carregado do bar por Sam que se sente obrigado a levá-lo para sua casa, mesmo com sua vontade de jogar em qualquer rua dessas.

Quando chega, põe Bucky no sofá. A casa tem um quarto de hospedes, mas Sam não vai carregar esse cara pelas escadas. Então sobe só para pegar uma coberta, quando volta para sala, Bucky já está desmaiado de sono. Sam joga o cobertor em cima dele de qualquer jeito e volta para o seu quarto.

----------

Na manhã seguinte Sam espera encontrar um semi morto no sofá da sala, mas pelo contrário, encontra Bucky muito vivido fazendo o café da manhã. A única explicação para Bucky não estar com uma dor de cabeça horrível é que já bebeu tanto na vida que se tornou imune aos sintomas de ressaca.

- Precisa dar um jeito nesses armários. - diz ao perceber a presença de Sam na cozinha.

- Ainda tá vivo? - se senta na ilha.

- Um morto seria capaz de fazer essas panquecas? - joga os pratos em cima do balcão da ilha.

Sam fica realmente impressionado com as habilidades culinárias do irmão ruim, mas claro que não vai fazer nenhum elogio.

- Você sabe onde o Steve deixou a chave da picape dele? - pergunta sem cerimónia.

- Steve nunca vai te deixar dirigir o carro dele. - Sam enfia uma panqueca na boca. - Uau, isso tá muito bom.

- Atividade extracurricular da prisão. - Bucky ri com ironia. - Eu devolvo amanhã a noite, prometo.

- Quando você planeja ir?

- Com a picape?

- É.

- Agora mesmo.

- Beleza, fica naquela caixa antiga em cima da mesa de centro da sala.

Sam quer que Bucky suma o mais rápido possível de sua casa, quanto menos tempo tiver que lidar com o garoto problema será melhor.

- Não vai se livrar de mim assim tão fácil. Vou detonar essas panquecas com você.

Sam revira os olhos e aceita passar mais alguns minutos com Bucky.

- Você sempre me odiou, não é?

- Eu não odeio você Bucky.

- Já é cultural, desde a escola você nunca foi com a minha cara.

- Deve ser porque você sempre foi inconveniente.

- E você era maluco.

- Maluco?

- Sim. Comprava briga com os garotos maiores só pra defender o Steve magricela.

- Você também brigava com eles e só pra ficar claro, você apanhava mais. - Sam usa seu sorrisinho superior.

- Mas ele é meu irmão. É meu dever cuidar dele e você apanhava de graça.

- O nome disso é amor, seu otário. Amava o Steve logo não gostava de ver apanhando de caras mais fortes.

- Logo você via nisso uma oportunidade de chamar atenção. É sua cara querer ser o mais popular.

- Chamar atenção de quem?

- Oras... Você salvava o Steve de uma surra e apanhava no lugar dele, tudo pra que no final o Steve limpasse o sangue da sua roupa e cuidasse dos seus ferimentos. Eu usava isso com as garotas.

- Sim... Elas te batiam e a professora de história te dava papel toalha pra você se limpar sozinho. - Sam se levanta sabendo que ganhou a discussão.

- Não me lembro disso. - Levanta a mão mesmo sabendo que Sam não vai olhar por estar de costas.

- Talvez você estivesse muito chapado pra lembrar de qualquer coisa. - vira e dá uma piscadinha.

Sam pega seu jaleco de cima da mesa da cozinha e vai caminhando para a porta.

- Pra onde você vai? - Bucky pergunta com a boca cheia.

- Hospital, pessoas normais costumam ter um emprego, você devia tentar qualquer hora dessas...

- Hmm, acho que vou passar.

- Devolva a picape amanhã as 22 horas, entendeu? - Sam grita da porta.

O namorado do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora