O namorado do meu irmão

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- Sim. Ele saiu do hospital há uns dois dias.

Sam responde a pergunta de Steve. Depois de quase duas semanas sem querer conversar com Sam, Steve cedeu. Pesando sobre a situação, Steve sabia que não poderia nunca apagar os acontecimentos decorrentes em sua falta repentina, afinal todos acharam que ele tinha morrido e em algum momento todos seguiriam em frente. Steve só não imaginava que seu namorado seguira em frente com o seu irmão.

Ele está sentando em uma das mesas na área de visita do instituto olhando para Sam que está sentando em sua frente.

- Eu sabia que ele usava heroína - Steve fala.

- Você não achou que era tão grave?

- Eu sempre achei isso perigoso.

- E por que não falou nada?

- Guardei o segredo do Bucky porque ele me pediu. Simples assim.

A relação entre Steve e Bucky sempre foi de lealdade mútua, eles sempre se ajudaram e se apoiaram. Moralidade não entra no acordo, quando Bucky pede, Steve faz e quando Steve pede, Bucky também faz.

- Como está indo suas consultas com o terapeuta? - Sam muda de assunto.

- Pergunta o que você quer saber, Sammy - Steve sorri para ele.

- Você me contou que tinha matado o Tony - fala baixinho - eu só queria entender-

- Eu não devia ter digo aquilo naquele momento.

- Mas você disse e agora eu quero saber o que você passou de verdade. Por que você tá se punindo?

- E você se importa?

- Eu sempre me importei e sempre vou me importar, Steve!

- Depois de alguns dias de tortura comigo e o Tony... Os terroristas por algum motivo me escolheram - Steve começa a explicar.

- Escolher pra que?

- Eles ajoelharam o Tony na minha frente e depois me deram um pedaço de madeira.

Sam suspira e imagina o quão ruim essa história vai ficar. Steve parece tranquilo falando sobre isso agora, já que ele passou muito tempo mentalizando sobre isso, pior, se culpando e punido.

- "Mata ele ou matamos você" eles me falaram com uma arma apontada pra minha cabeça.

- Meu Deus! E o que você fez?

- Eu fiquei parado. Fiquei parado olhando para os olhos de Tony, ele sussurrava pra mim, me dizendo para não obedecer.

- E então?

- Eu joguei o pedaço de madeira no chão e disse que não ia matar meu melhor amigo, foi isso que eu fiz.

Sam não compreende. Se Steve fez isso, era para ele ter morrido também. Mas ele está aqui vivo e contando como matou seu melhor amigo.

- Bateram na minha cabeça com o cano da arma e eu desmaiei. Quando acordei no cativeiro de novo, eu mal conseguia me mover de tanta dor e Tony ainda estava lá, machucado também. Foram dias horríveis, Sam. Torturas e mais torturas por três dias até que ele me disseram "é você ou ele" e eu só conseguia pensar em voltar pra casa e em ver você de novo. Então eu peguei aquele maldito pedaço de madeira e bati com força na cabeça de Tony e mesmo quando ele gritou para que eu parasse eu não parei. Eu estava zangado por estar sendo forçado a matar o meu melhor amigo, estava triste por saber exatamente o que Tony pensava sobre eu ser um fraco, eu queria matar aqueles terroristas de merda, eu só queria voltar pra casa então eu só parei de bater quando ele não se movia mais.