RODOLFFO
Ao final da aula da Juliette nós saímos para jantar, olha, tenho que reconhecer que ela vai muito bem em suas aulas. Com certeza ela seria uma boa advogada, mas como agora ela ganhará uma grana das boas, na certa ela nunca mais vai querer trabalhar na vida, nem eu vou aceitar, afinal, ela terá um filho para criar.
Chegamos ao restaurante, o garçom nos acompanha até a mesa onde ficaremos. Não é uma mesa muito escondida pois quero que nos vejam juntos, pra não ser muita surpresa quando anunciarmos o casamento.
- O que vão pedir? – ela olha pra mim e começa a pedir.
- Quero o medalhão de filet mignon com legumes no vapor.
- Eu quero o mesmo. Traga um champanhe. Obrigado. Vejo que você conhece as comidas daqui.
- Sim, eu conheço comidas chiques também, eu já trabalhei diretamente para o presidente de uma empresa e ele me levava para as reuniões de negócios e jantares.
- Cada dia me surpreendo com você.
- Sim, imagino, mas eu já tive e tenho uma vida fora da Rios Publicidade.
- Juliette, pare de ficar na defensiva comigo, seremos marido e mulher em pouco tempo.
- Só no papel. Mas tudo bem. O que você quer saber sobre mim?
- Tudo. O que gosta e o que não gosta. Essas coisas, as de mais importância.
- Bom, tenho vinte e cinco anos, tenho quatro irmãos homens, já casados e, filhos só do meu pai. Eu tinha uma irmã mais nova que morreu aos dezessete anos.
- Nossa, sinto muito.
- Obrigada. Minha família veio da Paraíba pra cá quando ainda éramos criança, meus irmãos ainda moram lá, tenho muitos sobrinhos que quase não os vejo. Minha comida preferida é todas. – ela sorri, eu também. Até que ela fora dessa carranca ela é simpática. – gosto da cor azul claro, pois me lembra o céu. Sempre gostei de estudar, meu sonho sempre foi ser advogada, e consegui uma bolsa de cinquenta por cento na faculdade, portanto, uma parte do meu salário é para pagar ela e a outra parte ajudo nas despesas de casa. Minha mãe é cabeleireira e tem um salão lá onde moramos e meu pai é mecânico lá na comunidade também. Agora você, o que posso saber sobre o senhor?
- Agora que vamos ser marido e mulher, não pegaria bem você me chamando de senhor, então, vamos parando com isso. – ela assente. – Bom, sou filho do Juarez e de dona Vera, que por sinal é muito ciumenta comigo, no começo com certeza, ela não vai gostar nada de você, ela é superprotetora. Gosto da cor verde, adoro comer tudo, mas adoro umas comidas japonesas. Tenho um cachorro da raça Golden, o Thor, ele é o meu companheiro de horas boas e ruins. Tenho dois melhores amigos, o Israel e o Caio, que você os conhece. Tenho a minha irmã que você também já conhece e está a um passo a nossa frente, pois já está até noiva. Acho que é isso. E você, o que faz nas horas de lazer?
- Eu não saio, nos finais de semana eu ajudo minha mãe no salão dela e faço meus trabalhos da faculdade.
- Nossa que vida chata em.
- Não, eu só tenho que ajudar minha família financeiramente e em casa mesmo, não nasci rica.
- Calma Juliette, não precisa ficar na defensiva comigo, só quero quebrar o gelo entre a gente.
- Mas então você não sabe quebrar o gelo. Mas tudo bem, vou tentar ser mais sociável com você.
- Sabe Juliette, gosto desse seu jeito família, eu não sei se é porque eu nunca fui muito próximo das pessoas da minha família, minha mãe sempre me deixou com as babás, praticamente fomos criados por elas e meu pai só vive trabalhando. Também por isso que escolhi você, pelo menos essa criança que vamos ter acredito, que terá uma mãe de verdade e nascerá bem... Diferente do outro. – falo essa última frase bem baixo pra ela não escutar.
- O que você falou?
- Nada não.
Eu não gosto de falar dessa história, pra ninguém, nem minha família sabe.
Juliette e eu jantamos e fui levar ela em sua casa. Quando chegamos a mãe dela me faz entrar para tomar o café que eu havia prometido. Estamos na cozinha, o pai dele Juliette não para de me encara e do nada pergunta:
- Qual é a sua intenção com minha fia?
- Pai!
- O quê fia? Esse cabra chega aqui dizendo que é seu namorado, quero saber das intenções dele.
- Seu Lourival, eu tenho as melhores intenções com a Ju, por isso, queria conhecer os senhores para pedir ela em casamento.
- O que você acha disso fia? – pergunta seu Lourival a filha. Ela para pensativa, olha pra mim, e eu faço uma expressão de “responde logo um sim”.
- Eu quero me casar com ele pai.
- Ah que maravilha fia. – Grita dona Fátima, indo abraçar a filha. Pronto, consegui!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Contrato de Amor
RomanceRodolffo Matthaus é filho de Juarez Rios, dono de uma grande empresa de publicidade. Sr Juarez está prestes a se aposentar e decide que vai deixar um de seus filhos no comando da empresa. Rodolffo é um homem de trinta e dois anos e solteirão convict...